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Porto Alegre, segunda-feira, 09 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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S�ria

Not�cia da edi��o impressa de 09/04/2018. Alterada em 08/04 �s 21h34min

Ataque qu�mico mata ao menos 40 pessoas na S�ria

Crian�as est�o entre as v�timas de a��o atribu�da �s for�as do governo

Crian�as est�o entre as v�timas de a��o atribu�da �s for�as do governo


/SYRIA CIVIL DEFENCE/HO/AFP/JC
Um ataque químico em Douma, cidade controlada pelos rebeldes no Leste de Ghouta, subúrbio de Damasco, matou dezenas de pessoas, informou a Defesa Civil e uma ONG que trabalha na região. Uma declaração conjunta da organização de ajuda médica Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS) e do serviço de Defesa Civil, que opera em áreas controladas por rebeldes, informa que ao menos 40 pessoas morreram no ataque.
A ação ocorreu na noite de sábado e pode ter sido o último de uma série de supostos ataques químicos no Leste de Ghouta, que já havia sido atacada com gás cloro e sarin. Vídeos postados pelos Capacetes Brancos (como é conhecida a Defesa Civil síria) mostravam as vítimas, incluindo bebês, respirando através de máscaras de oxigênio em hospitais improvisados.
O governo sírio, em um comunicado divulgado pela agência estatal Sana, negou as acusações de ser responsável pelo ataque a civis. O governo disse que as alegações eram "invenções" do Jaish al-Islam (Exército do Islã), chamando-o de "tentativa fracassada" de impedir avanços do governo. "O Exército, que está avançando rapidamente e com determinação, não precisa usar nenhum tipo de agente químico", disse o comunicado.
Socorristas disseram que encontraram famílias sufocadas em suas casas e abrigos, com espuma em suas bocas. A Defesa Civil Síria, ligada à oposição, foi impedida de procurar mais vítimas por causa dos fortes odores que causaram dificuldades de respiração, disse Siraj Mahmoud, porta-voz do grupo.
Alguns corpos já sem vida de crianças, mulheres e homens, alguns deles com espuma na boca, foram mostrados em um vídeo compartilhado por ativistas. "Cidade de Douma, 7 de abril, há um forte cheiro aqui", uma voz pode ser ouvida dizendo.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que relatos de vítimas do ataque foram "horripilantes" e que, se confirmados, "exigem uma resposta imediata da comunidade internacional". O presidente Donald Trump usou o Twitter para condenar a ação e responsabilizou a Rússia e o Irã por apoiar o regime de Bashar al-Assad. "O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por apoiar o animal Assad. Alto preço a pagar", escreveu Trump. O presidente do EUA ainda acusou seu antecessor. "Se o presidente Obama tivesse cruzado sua linha vermelha demarcada na areia, o desastre sírio teria terminado há muito tempo!"
O governo russo respondeu negando que o regime sírio tenha usado armas químicas em Duma. A Rússia, no entanto, rejeitou os relatórios. "Nós decididamente refutamos essa informação", disse o general Yuri Yevtushenko, chefe do centro russo de paz e reconciliação na Síria.

Ofensiva em Ghouta � uma das mais violentas de todo o conflito

O presidente sírio, Bashar al-Assad, recuperou o controle de quase todo o Leste de Ghouta em uma campanha militar apoiada pelos russos que começou em fevereiro, deixando apenas Douma em mãos rebeldes. A ofensiva de Ghouta tem sido uma das mais mortíferas da guerra de sete anos da Síria, matando mais de 1,6 mil civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Enfrentando derrota militar, grupos rebeldes em outras partes do Leste da cidade tomaram passagem segura para outras áreas controladas pela oposição na fronteira turca. Até agora, combatentes do grupo Jaish al-Islam rejeitaram essa opção, exigindo que fosse permitido ficar em Douma.
Ainda ontem, militares russos disseram que os combates em Douma foram interrompidos e que um comboio de ônibus foi transferido de lugar para retirar rebeldes e suas famílias. O general Yuri Yevtushenko disse que um acordo com o grupo Exército do Islã foi realizado para retirar cerca de 8 mil de seus combatentes e cerca de 40 mil de seus familiares.
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