Comentar

Seu coment�rio est� sujeito a modera��o. N�o ser�o aceitos coment�rios com ofensas pessoais, bem como usar o espa�o para divulgar produtos, sites e servi�os. Para sua seguran�a ser�o bloqueados coment�rios com n�meros de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Porto Alegre, quinta-feira, 22 de mar�o de 2018.

Jornal do Com�rcio

Opini�o

COMENTAR | CORRIGIR

artigo

Not�cia da edi��o impressa de 23/03/2018. Alterada em 22/03 �s 21h42min

Precisamos falar sobre �gua

Mario Pino
Em 2016, o relatório Living Planet, elaborado pela World Life Foundation, indicava que em 2012 o ser humano consumia o equivalente aos recursos de um planeta Terra e meio. Um dos recursos que mais sofre é a água. Irrigação, geração de energia, consumo industrial e demanda doméstica são áreas de alta demanda e em expansão. Dados recentes da ONU mostram que até 2025, dois terços da população mundial poderão enfrentar falta de água.
Utilizando 22% de toda a água no mundo, o setor industrial sabe que contribui para este cenário. Por isso, as empresas investem em novas formas de tratar e reusar seus efluentes. Na Braskem, o Projeto Aquapolo, no ABC Paulista - parceria com a Sabesp, prevê a aquisição e o tratamento da água de esgoto doméstico nas atividades industriais. Ampliou o índice reuso na região perto dos 100% e permitiu funcionar normalmente durante a estiagem no Sudeste em 2015.
A indústria também pode usar a inovação para criar soluções que visam maior eficiência no consumo. É o caso da tecnologia Mulching, um filme plástico para cobrir o solo que pode ajudar o setor agrícola a reduzir o consumo de água doce. Outro exemplo é uma nova resina de polietileno, desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da Braskem, destinada a tubos e adutoras. Com durabilidade de 100 anos (contra 50 da resina convencional), contribui para solucionar as perdas no sistema de distribuição.
É preciso que o setor privado busque apoios para debater políticas públicas que incentivem o reuso de esgoto e efluentes tratados, o reaproveitamento da água de chuva e outras medidas do tipo. Um modelo a ser seguido é o do projeto Movimento Menos Perda Mais Água, lançado pela Rede Brasil do Pacto Global, ligada à ONU, que, desde 2015, trabalha para reduzir as perdas na rede de distribuição.
A questão, agora, não é mais "se", mas quando vamos lidar com o problema. Usar os recursos hídricos disponíveis de forma racional e planejada é possível. Passa, contudo, por um esforço conjunto para criar novas soluções na velocidade em que precisamos delas.
Gerente de Desenvolvimento Sustentável/Braskem
 
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia