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Porto Alegre, quinta-feira, 22 de mar�o de 2018.

Jornal do Com�rcio

Opini�o

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Not�cia da edi��o impressa de 22/03/2018. Alterada em 21/03 �s 21h23min

Passo Fundo no passado, vis�o de futuro

�Fernando Carrion
Hoje, março de 2018, Santa Catarina tem as finanças mais em ordem que as do Rio Grande do Sul. Não tem funcionários atrasados, como os do Executivo do RS. Quero me referir hoje a um ponto importante que é a comparação entre mobilidade urbana de quatro cidades de SC e RS, ressaltando o valor da administração municipal que tem a visão e a coragem de pensar o seu município com os olhos voltados 50 anos para frente. Chapecó, 5ª cidade de SC, tentou fazer seu Anel Viário em 1978. Não fez.
Hoje o custo é de 150 milhões, 114 propriedades a desapropriar, 23 km de asfalto a fazer, não há recurso, nem da prefeitura, nem do estado. Pesquisa da Furb, mostra que o morador de Blumenau, 3ª cidade de SC, gasta 1,5 hora por dia, em deslocamentos. Em 20 anos, o tempo investido vai triplicar, indica a pesquisa da Universidade de Blumenau. Não tem perimetrais. Caxias do Sul, 2ª maior cidade do Rio Grande, com quase 500 mil habitantes, ainda não completou seu anel viário, suas perimetrais.
Como contraponto às três cidades citadas, com populações variando de 220 a 450 mil, mostra o exemplo da cidade de Passo Fundo, hoje detentora do 6º PIB do Estado e a 9ª em população do RS. Com trabalho diligente e contínuo iniciado ainda no final da década de 1960, integrado entre o Estado e o Daer e uma administração municipal nos anos 1980, foi possível fazer o prolongamento da avenida Brasil Leste até a BR-285 e realizar todas as alças das perimetrais da cidade, totalizando 32 km, todas em harmonia com o futuro plano diretor aprovado em Lei Municipal de 1984. Hoje, a obra seria de difícil execução pelo custo das desapropriações. A visão naquela época, de ter olhado pensando 50 anos para frente, permitiu desviar todo o trânsito pesado de caminhões do centro de Passo Fundo, ao contrário do que acontece ainda nos dias atuais em Chapecó, onde os moradores reclamam do cheiro de suínos transportados ao atravessarem a cidade, o que ocorria em Passo Fundo em 1968.
A mensagem que pretendo deixar é que todos os administradores das prefeituras do Brasil devem programar suas cidades com o olhar voltado sempre 50 anos para frente.
Ex-deputado federal e ex-prefeito de Passo Fundo
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