Depois de passar a maior parte do pregão no terreno negativo nesta quarta-feira, a bolsa encontrou tração na virada dos papéis do setor financeiro e conseguiu sustentar o suporte dos 83.800 pontos, que havia largado mais cedo. No câmbio, o fortalecimento do dólar no mercado internacional e a cautela do investidor com questões domésticas mantiveram a moeda americana em alta ante o real na maior parte da sessão de negócios. Depois de ter superado o patamar dos R$ 3,34, pela manhã a moeda dos EUA acabou por fechar perto da estabilidade no mercado à vista, aos R$ 3,3293 ( 0,02%).
O Ibovespa passou a maior parte da sessão de negócios em trajetória distinta de seus pares do mercado acionário americano e encerrou o dia rondando a estabilidade ( 0,08%) aos 83.874,13 pontos. A virada ocorreu quase ao final do pregão, com as ações que compõem o setor bancário se alinhando com alguns correlatos e também com o índice Nyse Financial, que fechou em alta de 0,42%.
Por aqui, lembra um analista de renda variável, esse bloco tem peso significativo na carteira teórica, em torno de 25%, e ajuda tanto para os ganhos quanto para as perdas. Assim, Itaú Unibanco PN encerrou com alta de 0,92 %, Bradesco PN ganhou 0,65% e as Units do Santander, 1,62%. Na contramão, Banco do Brasil ON (-0,32%).
Notícias corporativas da Petrobras não agradaram muito. A gerente executiva de Finanças da estatal, Bianca Nasser, anunciou inédita operação de hedge da produção de petróleo da Petrobras. A ação tem por objetivo garantir o atingimento da meta de 2,5 vezes da dívida líquida sobre o Ebitda, prevista no Plano de Negócios da companhia. Apesar de ter foco no cumprimento do plano, os investidores acabaram priorizando a ponta vendedora. Assim, os papéis ON tiveram queda de 1,24% e o PN recuo de 1,12%.