Patr�cia Comunello
fotos: PREFEITURA DE CAMAQU�/DIVULGA��O/JC
Em 2013, chineses afirmaram que entregariam a unidade at� 2016
Um caderno idílico com desenhos tridimensionais de um robusto complexo fabril de caminhões e ônibus é tudo o que o prefeito de Camaquã, João Carlos Machado (PP), tem em mãos até agora. Nenhum sinal sobre a prometida e até hoje não executada montadora da Yunlihong Brasil, ligada ao grupo Shiyan Yunlihong Motors, com sede na província de Hubei, no Leste da China. Machado cobrou ontem de um dos donos do grupo, que chegou da China nesta semana para a reunião no município, distante 107 quilômetros de Porto Alegre, garantias de que o empreendimento vai sair. O diretor-proprietário da montadora, Xiang Bairin, justificou ao prefeito que problemas com renovação de vistos de pessoal técnico para ficar mais tempo no Brasil teriam adiado a elaboração de projetos e também o cronograma da unidade.
A meta, anunciada em 2012 e validada pelo grupo em 2013, era finalizar a instalação da linha de montagem de chassis de micro-ônibus e implementos rodoviários até 2016. A empresa recebeu a doação de um terreno de 22 hectares pertencente ao município para implantar o projeto, que geraria 200 empregos na primeira fase. Neste momento, não haveria a fabricação efetiva de peças, mas sim a importação de componentes. Fornecedores (sistemistas) também seriam atraídos para o complexo. Em uma segunda etapa, seria a vez de caminhões. Os aportes estimados totalizariam mais de US$ 100 milhões (ou cerca de R$ 300 milhões). Uma área de 100 hectares chegou a ser comprada em 2013 pela prefeitura por R$ 2,7 milhões, paga em 15 parcelas, e que seria repassada para a fase dois do projeto. Com as incertezas sobre o primeiro empreendimento, o prefeito não autorizou a transferência.
Visualize essa mat�ria em nossa edi��o para folhear: