Israel bombardeou dezenas de alvos iranianos na Síria nesta quinta-feira. A ação foi uma represália a disparos de foguetes de Teerã contra território controlado por Tel-Aviv nas colinas de Golã, região anexada pelo país em 1981, mas reivindicada pela Síria.

Os ataques noturnos mataram pelo menos 23 combatentes (cinco soldados sírios e 18 membros das forças aliadas ao regime), informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ONG com sede no Reino Unido. Os mísseis atingiram a capital Damasco e Homs, no Oeste do país, mas não há detalhes da situação nas duas cidades.

A ação representa a mais pesada investida militar israelense na Síria desde o início da guerra civil, em 2011. "Atacamos quase todas as infraestruturas iranianas na Síria e não devem esquecer o ditado de que 'se uma chuva cair sobre nós, uma tempestade cairá sobre eles'", afirmou o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, aliada do líder Bashar al-Assad e de Teerã, o Exército israelense utilizou 28 aviões e disparou 70 mísseis contra posições iranianas. Moscou disse que metade dos foguetes foram abatidos pelo sistema de defesa antiaéreo.

Segundo o coronel Jonatham Conricus, porta-voz militar de Israel, os alvos do bombardeio foram os locais de onde, horas antes, o Irã disparou cerca de 20 foguetes contra bases israelenses nas colinas de Golã. Os disparos não provocaram vítimas e foram feitos pela Força Quds, um braço externo da Guarda Revolucionária do Irã.

Os disparos iranianos não provocaram vítimas. Quatro projéteis foram interceptados pelos sistemas de defesa antiaéreos, e os outros não atingiram o território israelense.

O aumento da tens�o entre Tel-Aviv e Teer� � uma consequ�ncia do an�ncio do presidente norte-americano, Donald Trump, na ter�a-feira, de que os Estados Unidos deixar�o o acordo nuclear com o Ir� - a sa�da tem o apoio de Israel. No mesmo dia, bases iranianas foram bombardeadas na S�ria, deixando 15 militares mortos. Teer� atribuiu o ataque a Israel.

Nesta quinta-feira, o governo Trump disse que apoia o premi� israelense, Benjamin Netanyahu, e voltou a criticar Teer�. O ataque em Gol� foi "s� mais uma demonstra��o de que o regime iraniano n�o � confi�vel e outro bom lembrete de que o presidente tomou a decis�o certa de sair do acordo com o Ir�", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

J� o coronel Jonatham Conricus, porta-voz militar de Israel, afirmou que seu pa�s n�o quer uma escalada na viol�ncia, mas que vai responder aos ataques iranianos. Aliada do governo s�rio, a R�ssia pediu di�logo.