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Porto Alegre, quinta-feira, 22 de mar�o de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Tecnologia

Not�cia da edi��o impressa de 22/03/2018. Alterada em 21/03 �s 20h40min

Cometemos erros, admite presidente do Facebook

Uso de informa��es sigilosas de usu�rios na campanha de Donald Trump deflagrou pior crise da rede social

Uso de informa��es sigilosas de usu�rios na campanha de Donald Trump deflagrou pior crise da rede social


/Daniel LEAL-OLIVAS/AFP/JC
O cofundador e presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, rompeu ontem o silêncio sobre o escândalo de vazamento de dados de usuários que foram usados para influenciar na eleição de Donald Trump. "Cometemos erros", disse Zuckerberg, em publicação na rede social.
"Temos responsabilidade em proteger seus dados, e, se não conseguimos, não merecemos servir a você", escreveu. "Estou tentando compreender exatamente o que aconteceu e o que fazer para que não ocorra de novo", disse Zuckerberg.
No sábado, o jornal The New York Times revelou que a Cambridge Analytica, que participou da campanha de Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as informações para ajudar a eleger o presidente norte-americano em 2016.
Segundo o jornal, o roubo dos dados foi feito por meio do aplicativo thisisyourdigitallife, da empresa GSR (Global Science Research), que pagava usuários para responderem uma série de perguntas e, em troca, a pessoa consentia que o programa tivesse acesso às suas informações no Facebook, como localização e "likes".
O aplicativo, porém, não avisava que, além dos dados dos usuários, também captava as informações de todos os amigos, chegando ao total de 50 milhões de pessoas. Esses dados foram vendidos, então, pela GSR para a Cambridge Analytica.
Na terça-feira, a Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou que está investigando o Facebook sobre o suposto uso ilegal de dados pessoais.
Ontem, o cofundador do aplicativo de mensagens WhatsApp Brian Acton incentivou os usuários do Facebook a deletarem suas contas na plataforma, em meio à pior crise vivida pela rede social desde sua criação.
Em postagem no Twitter na terça-feira, Acton escreveu: "It is time. #deletefacebook" ("É hora. #deletefacebook").
A manifestação de Acton tem peso porque ele e Jan Koum, fundador do WhatsApp, venderam o aplicativo para o Facebook em 2014 por cerca de US$ 20 bilhões. Mesmo depois da venda, Acton trabalhou até 2017 no WhatsApp.
 

Minist�rio P�blico apura se brasileiros foram atingidos

O Minist�rio P�blico do Distrito Federal abriu inqu�rito para apurar se as suspeitas de uso ilegal de dados de usu�rios do Facebook pela consultoria brit�nica Cambridge Analytica atingiram os brasileiros com contas na rede social.
O Inqu�rito Civil P�blico (ICP) foi instaurado por meio da Comiss�o de Prote��o dos Dados Pessoais, da 2� Promotoria de Justi�a Criminal e da 1� Promotoria de Justi�a de Defesa do Consumidor, "considerando que existem suspeitas de que a Cambridge Analytica pode estar fazendo uso, de forma ilegal, dos dados pessoais de milh�es de brasileiros, usu�rios do Facebook ou n�o, para fins da constru��o de perfis psicogr�ficos em escala nacional e regional".
Para a abertura do inqu�rito, o minist�rio diz ter considerado "a gravidade dos fatos, o risco de preju�zos relevantes aos consumidores e a quantidade de poss�veis titulares dos dados pessoais afetados. "Al�m disso, cita que foram abertas diversas frentes de investiga��o para apurar o caso pelo mundo, como a da Comiss�o Federal de Com�rcio dos EUA.
Segundo os promotores Frederico Meinberg Ceroy e Paulo Roberto Binicheski, deve ser intimado para depor Andr� Torretta, presidente da Ponte Estrat�gia, que anunciou, em 2017, um acordo operacional com a Cambridge Analytica no Brasil.
Torretta disse ter sido surpreendido pelo notici�rio envolvendo a Cambridge. "Tomei um susto", declarou o empres�rio. "N�o tive nunca acesso aos dados que est�o dizendo por a�."
Em nota no s�bado, a Ponte Estrat�gia havia anunciado a suspens�o do acordo com a Cambridge "at� que tudo seja esclarecido". O presidente da empresa deu a entender que n�o h� perspectiva de retomada: "dif�cil a galinha voltar para o ovo".
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