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- Publicada em 27 de Julho de 2012 às 00:00

Tumultos marcam greve de caminhoneiros


Jornal do Comércio
Diferentemente do primeiro dia da greve dos caminhoneiros, iniciada na quarta-feira, a quinta-feira registrou mais incidentes, com manifestações intensas nas rodovias gaúchas. “Foi um dia mais tumultuado, porque houve a tentativa de agressão a outros motoristas que não quiseram aderir ao movimento”, relata o chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Sul, Alessandro Castro.
Diferentemente do primeiro dia da greve dos caminhoneiros, iniciada na quarta-feira, a quinta-feira registrou mais incidentes, com manifestações intensas nas rodovias gaúchas. “Foi um dia mais tumultuado, porque houve a tentativa de agressão a outros motoristas que não quiseram aderir ao movimento”, relata o chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Sul, Alessandro Castro.
Na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, caminhões que se recusavam foram apedrejados. Na ocasião, a PRF, com a Brigada Militar, negociou a retirada da maioria dos cerca de 200 caminhões que estavam parados em um posto de combustível como forma de protesto. Não houve prisões, porque ninguém foi flagrado jogando as pedras. Também foram registradas no Estado queimas de pneus durante a madrugada de quinta-feira. Apesar dessas ocorrências, Castro informa que não houve interrupção de rodovias.
O Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) tem utilizado o seu site para atualizar as ações que estão sendo realizadas pelo País. Conforme o Movimento, a manifestação foi mais intensa nas estradas dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Paraná. Nas demais localidades, ainda de acordo com o MUBC, a paralisação fora das estradas atingiu percentual elevado e muitos estão se preparando para se manifestar nas rodovias.
O site também divulgou que em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, 4 mil caminhões pararam e tiveram o apoio da Polícia Rodoviária, da população e dos supermercados, que forneceram alimentos gratuitos. Em Porto Alegre, os grevistas realizaram uma carreata, e os caminhões passaram pelas avenidas Assis Brasil, Sertório, Farrapos e Castelo Branco. No Paraná, a Justiça Federal proibiu caminhoneiros em greve de bloquear a BR-277 em Guarapuava (a 256 quilômetros de Curitiba). A decisão ocorreu após mais de 20 caminhões serem apedrejados por manifestantes inconformados com colegas que não aderiram à paralisação nacional liderada pelo MUBC. A proibição foi concedida pela juíza Cristiane Maria Bertolin Polli em favor da Ecocataratas -concessionária que administra a rodovia - e prevê multa de R$ 1 mil por hora de bloqueio para cada um dos manifestantes identificados em caso de desobediência à ordem judicial. Durante os protestos, dois caminhoneiros ficaram feridos. Um deles foi socorrido com lesões graves, mas não corre risco de morrer.
No início da noite de quarta-feira, cerca de 80 manifestantes queimaram pneus para bloquear a rodovia e depois passaram a atirar pedras nos motoristas que seguiam viagem. A Polícia Rodoviária Federal orientou os manifestantes a realizarem protestos pacíficos, mas parte deles decidiu radicalizar. A PRF informou que, se houver novos bloqueios, vai solicitar auxílio da Polícia Militar para retirar os manifestantes do local.
“A manifestação fugiu do controle das pessoas que a organizaram”, disse o policial rodoviário Haroldo Luis Rauch Jr. O coordenador nacional do movimento, Nélio Botelho, disse que a paralisação é pacífica e que este foi o único incidente registrado no Brasil. O MUBC quer derrubar as novas normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o setor de transporte, como a substituição da carta-frete pelo cartão-frete e a lei que limita a jornada de trabalho dos caminhoneiros. No total, oito itens adotados pela ANTT são questionados pelo movimento. “A partir do momento em que a agência revogar esses oito itens, a paralisação acaba”, diz Botelho.
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