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CONSUMO

- Publicada em 04 de Julho de 2012 às 00:00

Sem frio, lojistas antecipam liquidação de roupas na Capital


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Em um inverno no qual o frio de renguear cusco vem dando espaço ao forno alegre, os lojistas da Capital gaúcha amargam prejuízos. As altas temperaturas das últimas semanas fizeram com que os estoques permanecessem cheios e, de quebra, anteciparam as promoções. Por causa da situação atípica, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) vai rever a projeção inicial de crescimento nas vendas em relação ao mesmo período do ano em 2011. Antes de a estação começar, a expectativa era expansão de 8% a 10%. No momento, o desempenho de 2012 é uma incógnita.
Em um inverno no qual o frio de renguear cusco vem dando espaço ao forno alegre, os lojistas da Capital gaúcha amargam prejuízos. As altas temperaturas das últimas semanas fizeram com que os estoques permanecessem cheios e, de quebra, anteciparam as promoções. Por causa da situação atípica, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) vai rever a projeção inicial de crescimento nas vendas em relação ao mesmo período do ano em 2011. Antes de a estação começar, a expectativa era expansão de 8% a 10%. No momento, o desempenho de 2012 é uma incógnita.
“Ainda não temos uma ideia do impacto do calor nas vendas de inverno, mas há um prejuízo claro. Estamos acostumados com variações de temperatura, porém, não do jeito que está ocorrendo neste ano”, afirma Alcides Debus, vice-presidente da CDL-POA. De acordo com Debus, o cenário atual faz com que os vendedores zerem ou reduzam o máximo possível as margens de negociação. Tudo para o artigo levado pelo cliente por um valor diferenciado reponha o dinheiro no caixa e não gere custo com estocagem.
Nos estabelecimentos porto-alegrenses é possível verificar a adoção dessa estratégia. As vitrines ostentam cartazes com letras garrafais informando os descontos de até 70%. Paralelamente, os artigos de frio também passaram a dividir espaço com itens de outras estações. Na Datelli, as botas e sapatos de couro compartilham o ambiente com sandálias. “As vendas de botas caíram de 30% a 40%. Estamos com uma procura maior por sapatos leves e abertos”, diz Jéssica Kahl, subgerente de uma das unidades da marca. Para driblar a situação, a empresa oferece reduções de até 30%.
O benefício é ainda maior para os itens de vestuário. O clima desfavorável à venda de roupas quentes estimulou diversos lojistas a oferecerem casacos pesados com um preço menor. “Tivemos que antecipar a nossa liquidação em duas semanas. Fomos mais radicais nos descontos e isso chamou a atenção das pessoas. Os clientes estão começando a nos procurar um pouco mais”, menciona a gerente da loja de moda feminina Graciosa, Nerci de Castro.
Quem ainda não adotou uma redução mais agressiva nos preços já começa a mudar de ideia. É o caso da Rainha das Noivas, que, a partir de hoje, começa a dar 50% de desconto em todos os produtos de inverno, como edredons e cobertores. “Normalmente, nossa liquidação de inverno começa em agosto, mas agora não podemos esperar muito”, define Magda Rizzon, gerente de uma unidade localizada no Centro. No local, as vendas reduziram cerca de 30% na comparação com o ano passado. O pico de movimentação foi na semana mais gelada do ano até então, no início de junho. Na ocasião chegaram a serem vendidos 500 cobertores em um dia, média que despencou na sequência.
Enquanto os comerciantes se mobilizam, os clientes saúdam a variedade de promoções. Vinda da Bahia para morar na Capital em fevereiro, a professora mineira Cristhiane Ferreguett se surpreendeu com o calor fora de época. “Quando cheguei, comprei cobertores, casacos e blusas quentes para passar o meu primeiro inverno. Está tudo no armário. Agora, pretendo aproveitar as liquidações para comprar mais. Vai fazer frio na próxima semana, segundo a previsão do tempo”, aposta.

Design é explorado ao máximo nos artigos eletrônicos

Mayara Bacelar, de São Paulo
De pranchas para alisamento capilar a fogões, passando por notebooks e aspiradores de pó, os eletroeletrônicos, eletrodomésticos e artigos de tecnologia estão cada vez mais interligados por um ponto em comum: o design. Seja para dar mais funcionalidade ou beleza aos produtos, esse é um investimento que está consolidado como prioridade das empresas, diante de um consumidor que não está em busca apenas do que precisa, mas do que quer. Pelos corredores da 7ª Eletrolar Show, que acontece até sexta-feira em São Paulo, essa é uma tendência evidente. Os estandes estão cada vez mais arrojados, e a culpa não é da arquitetura, mas dos produtos que em breve estarão colorindo o varejo e a casa dos brasileiros.
A explicação para o movimento é clara. Os consumidores, principalmente da classe média, já tomaram consciência do que o seu dinheiro pode comprar. Além de suprirem as necessidades básicas, as aquisições da população com renda ascendente querem também alimentar o ego e dar sinais da mudança de status que o incremento financeiro gera nas famílias. “Estamos trabalhando com foco muito claro de que o consumidor brasileiro valoriza o design e que ele é um ponto chave para a decisão de compra de todos os públicos”, justifica o diretor-comercial do grupo Mabe, Eduardo Cortez, sobre as novas características dos artigos produzidos.
Depois de uma reformulação em 2011, que eliminou as marcas Bosch e Mabe, o grupo detém hoje a GE, a Dako e a Continental, esta última responsável por boa parte da absorção de público das marcas extinguidas. É da Continental - que cresceu 60% em faturamento com a nova disposição do grupo - um dos principais lançamentos que o grupo leva à Eletrolar nesta edição, uma linha de fogões com todas as características do alto padrão, porém, a preços populares. As versões da família Innovazione incluem até modelos em inox, que há tempos caíram no gosto da classe C, mas nem sempre cabem no bolso.
A CCE, que tradicionalmente dialoga com a classe média, aproveita a facilidade operacional da unidade fabril da Zona Franca de Manaus para desenvolver alternativas em design. A gerente de desenvolvimento de produto da companhia, Veridiana Couto, destaca que independentemente do volume do extrato bancário, os consumidores anseiam por diferenciais, como forma de valorizar sua melhoria de vida. “Precisamos de flexibilidade para dar à nossa produção a mesma rapidez que o consumidor busca para diversificar suas compras”, assinala. Um exemplo citado por Veridiana são as televisões de LCD brancas lançadas pela CCE, ou os ultrabooks (notebooks ultrafinos) da marca que continuam trazendo leitor de CD e DVD, diferentemente de boa parte do mercado. São alternativas simples, segundo a gerente, mas que acertam em cheio a preferência de um cliente que busca fugir do tradicional.
Na Mallory, o pretinho básico está ficando para trás. Já está em estudo de viabilidade a produção de uma linha de secadores de cabelo que é quase um arco-íris, ou mais, já que se for aceita pelo mercado, mais de dez cores do produto serão disponibilizadas. O diretor de produto, Luis Sancho, lembra que a ascensão social precisa ter seus símbolos, muitas vezes sinalizados pelo upgrade nos itens comprados pelas famílias. Focando nessa máxima, a Mallory está apostando na tendência do branco, do inox e de peças conceito. “É difícil se diferenciar em funcionalidade, então investimos na aparência”, diz. “Na linha de cozinha, produzimos itens que não servem para ficar guardados e acabam sendo a decoração do ambiente”, completa.
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