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TURISMO

- Publicada em 02 de Julho de 2012 às 00:00

Altos Montes desperta para o enoturismo


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Diversidade nos varietais, na forma de elaboração do vinho e na arquitetura das cantinas e adegas. Assim é a rota dos Altos Montes, que abrange os municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua. É a região mais alta da Serra gaúcha, com picos de 885 metros acima do nível do mar e com grandes amplitudes térmicas. A altitude, além de proporcionar belas paisagens com paredões e vales profundos, também define um terroir único, o que levou a Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes) a solicitar, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o reconhecimento da Indicação de Procedência. E, claro, definiu o próprio nome da rota Altos Montes. O presidente da Apromontes, Deunir Argenta, considera que a IP irá reforçar entre os consumidores a percepção da qualidade dos vinhos dos Altos Montes.
Diversidade nos varietais, na forma de elaboração do vinho e na arquitetura das cantinas e adegas. Assim é a rota dos Altos Montes, que abrange os municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua. É a região mais alta da Serra gaúcha, com picos de 885 metros acima do nível do mar e com grandes amplitudes térmicas. A altitude, além de proporcionar belas paisagens com paredões e vales profundos, também define um terroir único, o que levou a Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes) a solicitar, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o reconhecimento da Indicação de Procedência. E, claro, definiu o próprio nome da rota Altos Montes. O presidente da Apromontes, Deunir Argenta, considera que a IP irá reforçar entre os consumidores a percepção da qualidade dos vinhos dos Altos Montes.
Um passeio entre as vinícolas de Flores da Cunha e Nova Pádua pode ser feito em um final de semana. São 11 vinícolas (veja quadro), com distâncias pequenas entre si, facilitando o deslocamento. Geralmente, quem recebe são as famílias que produzem as bebidas, por isso, prepare-se para mergulhar no mundo do vinho, com explicações apaixonadas de todas as etapas de produção.
Assim é na Vinícola Salvador, onde a família do proprietário Antônio Salvador abre as portas de segunda a sábado durante todo o dia. É só chegar e apertar a campainha. Assim, simples, e com toda a hospitalidade dos descendentes italianos. O prédio de 101 anos foi todo remodelado para guardar os “tesouros” dos Salvador, como o Salvattore Chardonay 2011, o Salvattore Reserva Cabernet Sauvignon 2010 e o Gran Báculo Cabernet Sauvignon.
Instalada em um prédio antigo com arquitetura moderna, a Casa Venturini é aberta à visitação. Vale degustar o Casa Venturini Reserva Chadornnay, que recebeu distinções em concursos na Espanha e em Israel; e o Casa Venturini Reserva Merlot 2011, com produção limitada e aroma de frutas vermelhas maduras, chocolate e especiarias.
Em estilo contemporâneo, a Vinícola Viapiana recebe visitantes de segunda a sexta e, nos finais de semana, com agendamento. Tem espaço para degustações e cursos, restaurante sob reserva para grupos e uma loja de importados. Questionado sobre a concorrência dentro da vinícola, o sócio-diretor Eumar Viapiana responde tranquilo: “É uma forma de diversificar, mas vendemos muito mais nossos rótulos”.
Entre os vinhos, o enólogo e sócio Elton Viapiana destaca o Viapiana Via 1986 Marselan 2009 e o Viapiana Expressões Sauvignon Blanc 2011, que na boca traz uma sensação picante e final refrescante. Até o final do ano chega ao mercado o espumante demi-sec, junto com o segundo lote do Viapiana 192 Dias Brut, o primeiro da vinícola feito pelo processo champenoise.
Ao chegar à Fabian Vinhedos e Vinhos Finos, prepare-se para ouvir um entusiasta do vinho, o proprietário Guerino Fabian. Única vinícola dos Altos Montes de Nova Pádua, possui vinhedos próprios e, mais do que uma empresa, é a paixão de Fabian. Perguntado se é o enólogo da vinícola, ele brinca: “Não sou enólogo, mas não me aperto”, diz, mostrando um de seus vinhos com 25 varietais. Outra criação sua é o Gran Fabian 2004, com cortes de Cabernet Sauvignon, Merlot, Carmenere e Ancellota.
A Mioranza criou a Alvise para lançar seus vinhos varietais. A marca faz parte do nome do proprietário Antonio Alvise Mioranza. Experimente o Alvise Chardonnay 2008 e o Alvise Merlot 2008. Também merece destaque o suco de uva Mioranza.

Culinária típica das cantinas faz a harmonização perfeita com as bebidas

Nas vinícolas dos Altos Montes é possível experimentar o melhor da culinária local, mas ampliar a oferta de restaurantes qualificará ainda mais a recepção dos turistas. A Casa Venturini é aberta à visitação e degustação. Para experimentar a gastronomia, junte um grupo e agende um almoço ou jantar, somente com reserva. Vale a pena harmonizar a bebida com o prato típico oficial da culinária de Flores da Cunha, o menarosto.
Preparado com carne de galeto, coelho, leitão e codorna, o menarosto tem como temperos manjerona, sálvia, cebola, alho, sal e vinho, intercalados com toucinho. As carnes são assadas entre quatro e cinco horas no calor de brasa de madeira carbonizada ou in natura, em espetos em forma de rolete.
Tanto a Casa Venturini como a Vinícola Viapiana são especialistas em uma sobremesa que dá água na boca: uma maçã assada ao vinho, com calda da mesma bebida, e servida com sorvete de creme. O vinho faz uma harmonização perfeita com a uva, surpreendendo o paladar de quem ainda não experimentou essa sobremesa.
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