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Exploração Sexual

- Publicada em 09 de Maio de 2012 às 00:00

Alto índice de denúncias de exploração sexual motiva pesquisa na Capital


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
Dentro da programação da Semana de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, que se iniciou na manhã de ontem e vai até o dia 18 de maio, a Secretaria de Coordenação Política e Governança Local de Porto Alegre anunciou a realização de uma pesquisa intitulada “Avaliação das Estratégias Governamentais Municipais no Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O estudo deve auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas mais adequadas a cada população, a fim de combater o abuso e a violência sofrida por crianças e adolescentes.
Dentro da programação da Semana de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, que se iniciou na manhã de ontem e vai até o dia 18 de maio, a Secretaria de Coordenação Política e Governança Local de Porto Alegre anunciou a realização de uma pesquisa intitulada “Avaliação das Estratégias Governamentais Municipais no Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O estudo deve auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas mais adequadas a cada população, a fim de combater o abuso e a violência sofrida por crianças e adolescentes.
O mapeamento, que será realizado neste e no próximo ano, tem a coordenação da pesquisadora Suely Deslandes, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e contará com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O levantamento de dados será feito em cinco capitais brasileiras. “A escolha de Porto Alegre se deve ao fato de ser uma das capitais que mais apresentam denúncias pelo Disque 100, e em virtude dos altos investimentos que são feitos na área”, justifica Suely.
A seleção dos municípios ocorreu com base em informações do Disque Direitos Humanos (Disque 100), considerando a soma de denúncias no período 2003 a 2010. Os relatos são referentes a exploração sexual com e sem intermediários, prostituição, turismo sexual e exploração por terceiros em situação de escravidão. A pesquisadora ressalta que a Capital tem uma forte atuação governamental no enfrentamento aos diversos tipos de abusos contra crianças e adolescentes.
“Durante a pesquisa, contaremos com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que nos auxiliará na coleta de dados”, explica Suely. Este levantamento foi feito no Rio de Janeiro. “A ideia é apontar os pontos fortes e fracos das ações governamentais e dos demais setores para realizar ajustes ou novas políticas”, acrescenta.
Cezar Busatto, titular da secretaria, destacou o trabalho feito pelas organizações que combatem os diversos tipos de violência sexual contra as crianças. “Esses grupos tentam levar um pouco de amor para a vida de vítimas e seus familiares, algo que está inexistente na área pública”, comenta. O secretário acredita que o envolvimento de conselheiros tutelares e outros atores sociais encorajam as vítimas a pedirem socorro e denunciarem seus agressores.
A coordenadora dos Conselhos Tutelares da Capital, Salete Basso, avalia a pesquisa como uma excelente ferramenta de identificação para o governo definir melhor as políticas públicas necessárias para atender aos casos de exploração sexual. “A região do Porto Seco, por exemplo, apresenta um índice elevado de prostituição infantil. A miséria, associada ao consumo de drogas, motiva as crianças a se prostituírem”, relata Salete. “A identificação destes e de outros episódios podem receber um auxílio maior por parte das organizações governamentais”, conclui a conselheira tutelar.
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