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CONJUNTURA

- Publicada em 07 de Maio de 2012 às 00:00

Mercado quer juro menor para casa própria


Jornal do Comércio
A queda dos juros não chegou com força ao crédito imobiliário - até agora, só a Caixa Econômica Federal anunciou redução nas taxas. O movimento, porém, deve ser seguido por outros bancos. O momento é propício para revisão nas taxas do imobiliário, considerado produto estratégico para fidelizar o cliente por até 30 anos.
A queda dos juros não chegou com força ao crédito imobiliário - até agora, só a Caixa Econômica Federal anunciou redução nas taxas. O movimento, porém, deve ser seguido por outros bancos. O momento é propício para revisão nas taxas do imobiliário, considerado produto estratégico para fidelizar o cliente por até 30 anos.

O governo anunciou na semana passada a redução no juro da poupança  - principal fonte de recursos da habitação. Com isso, os bancos terão de pagar menos pelos recursos captados e poderão cobrar menos dos clientes. “A probabilidade de as taxas caírem está vinculada ao custo do dinheiro e à estratégia competitiva dos bancos para não perder espaço para a Caixa. É provável que as taxas se nivelem mais para baixo”, afirma João da Rocha Lima Jr., professor da Universidade de São Paulo (USP).

Mas os bancos privados só devem reduzir juros quando a pressão da Caixa e do Banco do Brasil for muito forte, o que deve levar um tempo. Octavio de Lazari, presidente da Abecip, associação do crédito imobiliário, acredita que a redução da Selic deve estimular a queda dos juros. O consultor financeiro Valter Police Junior afirma que os juros do crédito imobiliário vão cair, mas não na mesma proporção de outras linhas. “Você vai tirar mais de onde tem mais gordura, como o cheque especial. O financiamento imobiliário é o mais barato que existe; não tem muita margem para reduzir. Se cair, vai cair pouco.”

Ele diz que os consumidores devem ficar atentos antes de fechar um empréstimo só porque as taxas foram reduzidas. “Não tome em minutos uma decisão que vai comprometer 30 anos.” Police lembra que existem outros custos no financiamento. “Alguns bancos podem baixar os juros, mas ‘compensar’ em outros pontos”, como na análise de crédito e na avaliação do imóvel.

Na primeira etapa do Feirão Caixa da Casa Própria, neste final de semana, foram movimentados R$ 3,1 bilhões em negócios apenas entre sexta-feira e o sábado entre contratos assinados no local e os já negociados. Nos dois primeiros dias do feirão, foram atendidas 138.923 pessoas nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador. Esta foi a primeira edição do evento organizado pela Caixa após o banco reduzir os juros do crédito imobiliário em até 21%.

Participam da oitava edição do feirão, que acontece até a primeira quinzena de junho, mais de 760 construtoras, quase 400 imobiliárias e 460 correspondentes da Caixa. No total, serão ofertados mais de 430 mil imóveis usados, novos e em construção. Na última edição desta iniciativa, foram negociados R$ 10 bilhões em contratos assinados e encaminhados.

As próximas cidades a receberem o evento são Curitiba, Fortaleza e São Paulo, entre os dias 18 e 20 de maio. No final de semana seguinte, de 25 a 27 de maio, será a vez de Uberlândia, Campinas e Porto Alegre sediarem o evento. Belém e Florianópolis encerram o cronograma do oitavo Feirão Caixa. Nestas cidades, a iniciativa acontece de 8 a 10 de junho.

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