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HISTÓRIAS DO COMÉRCIO E DOS SERVIÇOS

- Publicada em 09 de Abril de 2012 às 00:00

Auxiliadora Predial é pioneira no mercado imobiliário


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
Quatro jovens profissionais retornam de um período de formação no exterior e mobilizam as famílias mais ricas do Rio Grande do Sul para dar início a uma empresa inovadora. Em 1931, essa foi a gênese da Auxiliadora Predial, de Porto Alegre, e da APSA, do Rio de Janeiro. Os personagens centrais dessa história foram Charles Germano Luiz Voelcker, natural de Porto Alegre, Pedro Bruno Dischinger, nascido em Novo Hamburgo, e dois alemães radicados no Brasil, Friedrich Wilhelm Adam Schlander e Otto Heylmann. “Fora do País, eles conheceram novos modelos de negócios e perceberam que tinham encontrado um jeito de preencher a lacuna do financiamento imobiliário”, explica Christian Voelcker, neto de um dos fundadores e atual diretor de operações da Auxiliadora Predial. Os quatro fundadores reuniram cerca de 70 a 80 investidores das famílias mais abastadas da época para criar uma sociedade anônima dedicada à oferta de consórcios.
Quatro jovens profissionais retornam de um período de formação no exterior e mobilizam as famílias mais ricas do Rio Grande do Sul para dar início a uma empresa inovadora. Em 1931, essa foi a gênese da Auxiliadora Predial, de Porto Alegre, e da APSA, do Rio de Janeiro. Os personagens centrais dessa história foram Charles Germano Luiz Voelcker, natural de Porto Alegre, Pedro Bruno Dischinger, nascido em Novo Hamburgo, e dois alemães radicados no Brasil, Friedrich Wilhelm Adam Schlander e Otto Heylmann. “Fora do País, eles conheceram novos modelos de negócios e perceberam que tinham encontrado um jeito de preencher a lacuna do financiamento imobiliário”, explica Christian Voelcker, neto de um dos fundadores e atual diretor de operações da Auxiliadora Predial. Os quatro fundadores reuniram cerca de 70 a 80 investidores das famílias mais abastadas da época para criar uma sociedade anônima dedicada à oferta de consórcios.
A empresa, criada em Porto Alegre, tinha o nome de Auxiliadora Predial Sociedade do Crédito Real e era conhecida como Caixa Construtora do Lar Próprio por ser o primeiro consórcio imobiliário do Brasil. A proposta, de tão inovadora, não poderia ficar restrita ao Estado por muito tempo. Já em 1932, foram inauguradas filiais no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Ainda na primeira década de existência, a empresa foi autorizada a atuar como banco, no financiamento imobiliário, e por demanda dos clientes estendeu suas atividades para a área de locação. “Como hoje, nos anos 1930 havia duas demandas importantes no Brasil. A primeira era a aquisição da casa própria. E, depois, a necessidade de garantir renda na aposentadoria. Juntando isso, muitos clientes, quando compravam o segundo imóvel, deixavam o primeiro (que também tinha sido adquirido conosco) para que administrássemos a locação”, conta ele.
Nos anos 1940, Auxiliadora Predial inovou outra vez. Foi nesse período que teve início a verticalização das cidades, com a construção de edifícios e a formalização de condomínios, sobretudo na zona Sul do Rio de Janeiro. A empresa foi a primeira a responder à demanda nascente por regramentos e administração dos prédios, em 1942. A mudança foi sacramentada em 1962, quando a empresa trocou o direito de operar como Sociedade de Crédito Real por duas cartas patentes, que deram início ao Banco Auxiliadora Predial S.A. (que centralizou a atividade bancária), e a Auxiliadora Predial Administração - Comércio e Indústria, que gerenciava as operações de construção, incorporação, loteamento, administração de bens e condomínios.
O passo final para que a antiga Auxiliadora Predial chegasse à atual formatação foi dado em 1983, quando os principais mercados da empresa – Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – cindiram os negócios. “Um dos reflexos dos diversos pioneirismos que tivemos ao longo do tempo é que hoje as maiores carteiras de clientes do mercado imobiliário brasileiro estão com as duas empresas criadas naquele ponto, nós aqui no Sul e a APSA no Rio”, observa Voelcker.

Estratégia atual inclui especialistas de bairro e inspiração internacional

Assim como a formatação do primeiro consórcio imobiliário do Brasil teve inspiração trazida de outros continentes, a estratégia de franquear as lojas de venda de imóveis também foi baseada em casos de sucesso internacional.
A empresa entrou no mercado de vendas em 2006 (até então a atuação era dedicada aos aluguéis e à administração de condomínios) e, no ano seguinte, começou a franquear. “Estamos sempre de olho no que acontece no mundo e existe, internamente, um entendimento que marca profundamente as nossas ações: precisamos manter a confiança de nossos clientes”, afirma Christian Voelcker.
A empresa  atua administrando patrimônio e recursos de terceiros, e entende que o mais importante é manter a segurança de quem confia a ela o seu patrimônio. “Isso se traduz, em grande medida, no conservadorismo das nossas decisões cotidianas.” Com as franquias de vendas, a proposta da Auxiliadora é ter lojas especializadas.
“Não nos interessa apenas atrair o investimento do franqueado, mas sim selecionar pessoas com um histórico de sucesso. Já temos 60 lojas implantadas, nos três estados do Sul e em São Paulo, o que dá uma noção do acerto desse foco”, afirma Voelker.
A empresa, explica ele, conta hoje com uma força de trabalho de mais de 1,5 mil pessoas, entre funcionários diretos e corretores independentes. Desde 2006, a Auxiliadora Predial está presente em São Paulo também com as operações próprias de gestão de condomínios e aluguéis. “Trabalhar em São Paulo é um grande aprendizado. Há coisas que sempre mudam de um mercado para outro, mas a bagagem cultural que se adquire num lugar beneficia os demais, nos dá chance de fazer o que deu certo sem repetir os erros, o ganho é enorme”, diz ele.
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