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- Publicada em 19 de Março de 2012 às 00:00

Bourbon Wallig altera o trânsito na zona Norte de Porto Alegre


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Mais que movimentar o consumo em Porto Alegre, a criação do Bourbon Wallig promoverá uma série de alterações na mobilidade da região. Na carona do investimento de R$ 250 milhões na estrutura, a Companhia Zaffari, responsável pelo projeto, se comprometeu em injetar R$ 20 milhões no acesso local, dinheiro aplicado principalmente na expansão da avenida Grécia, que cortará as duas partes do shopping em construção e culminará na avenida do Forte. No entanto, o novo espaço de compras deve ser inaugurado sem a abertura completa da via, que ainda tem pendências a serem resolvidas.
Mais que movimentar o consumo em Porto Alegre, a criação do Bourbon Wallig promoverá uma série de alterações na mobilidade da região. Na carona do investimento de R$ 250 milhões na estrutura, a Companhia Zaffari, responsável pelo projeto, se comprometeu em injetar R$ 20 milhões no acesso local, dinheiro aplicado principalmente na expansão da avenida Grécia, que cortará as duas partes do shopping em construção e culminará na avenida do Forte. No entanto, o novo espaço de compras deve ser inaugurado sem a abertura completa da via, que ainda tem pendências a serem resolvidas.
Atualmente, as máquinas e os guindastes tomam conta da paisagem do bairro. O fluxo de operários é igualmente intenso, transformando as ruas em canteiros. A previsão para a abertura da primeira parte do estabelecimento é 26 de abril, data repassada pela administração aos lojistas. Esse é o terceiro prazo fornecido. A meta inicial era de conclusão até o final de 2011, transferida, depois, para os últimos dias de março. O mesmo cenário se aplica para a finalização das obras no entorno, um requisito para o funcionamento do shopping.
“Como as vias são uma contrapartida da Companhia Zaffari, a prefeitura não libera a abertura do empreendimento se elas não estiverem prontas. A não ser que haja alguma coisa simples e que possa ser finalizada em pouco tempo”, explica o secretário municipal de Obras e Viação, Cássio Trogildo. Segundo dados da pasta comandada por Trogildo, a avenida Grécia está 85% feita. Nas cercanias, foram adicionadas novas quadras e ampliadas outras. Faltam acabamentos no trecho em frente ao Bourbon, onde há 30% do meio-fio pronto, e a instalação de toda a sinalização, que deve ocorrer até o final de abril.
No entanto, o principal gargalo está na parte derradeira, idealizada como um acesso à avenida do Forte. Passando a rua Visconde de Macaé, uma área situada entre os dois prédios da Forjas Taurus terá de ser desapropriada para permitir a passagem, tarefa dificultada pelo fato de o ambiente ser regido por lei militar. Trodilgo destaca que, nesse caso, não será colocado empecilho para o início das atividades do estabelecimento. “Essa parte não depende do empreendedor, pois a desapropriação é responsabilidade da prefeitura. Assim que isso for resolvido, os operários contratados pelo Zaffari estarão prontos para executar o trecho”, pondera.
A Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico se encarregou de negociar com a indústria a cessão do terreno. Segundo o titular do órgão, Urbano Schmitt, prefeitura e Taurus se encontram em tratativas avançadas. A saída para não infringir as normas do Exército foi a criação de um túnel subterrâneo entre as dependências, possibilitando o transporte de munições e armas. O município pagará uma indenização, de valor ainda indefinido, e financiará a obra.
Para possibilitar a alternativa, a prefeitura comprará outros dois pequenos terrenos laterais pertencentes à iniciativa privada, que estão em processo de avaliação técnica. O desfecho de toda a situação, porém, não tem data marcada. “Todas as negociações talvez sejam feitas no primeiro semestre. Mas é necessário mais tempo para as desapropriações e a obra”, constata Schmitt. O dirigente também lembra que “a prefeitura tem uma demanda grande de desapropriações referentes às obras da Copa do Mundo de 2014, que estão sendo priorizadas.”
Além da avenida Grécia, outros trechos na localidade estão sofrendo modificações. A remodelação da avenida Francisco Trein está 70% acabada, restando implantar a sinalização e finalizar o acabamento em alguns pontos. Situação semelhante à da rua Antônio Joaquim Mesquita, cuja pavimentação começou a ser feita recentemente. Até mesmo a avenida Assis Brasil está sendo adequada para receber o novo shopping, com a remoção de postes e alterações na calçada.

Reparos terão função estratégica para o trânsito de Porto Alegre

Orçadas em aproximadamente R$ 8 milhões, as modificações na avenida Grécia permitirão que o trânsito de outras ruas e avenidas no entorno seja melhor distribuído, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Os reais impactos, entretanto, só poderão ser constatados com a abertura completa da via e a consequente ligação com a avenida do Forte. “Quando a Grécia ficar totalmente concluída, ela vai ter uma função estratégica na alternativa de fluxo, principalmente na Assis Brasil”, define o diretor-presidente do órgão, Vanderlei Cappellari.
O projeto de sinalização do local está sob análise da EPTC, que deve manifestar uma posição ainda neste mês. Enquanto isso, a empresa pública se prepara para o aumento do fluxo esperado com a inauguração do Bourbon Wallig. Baseando-se na abertura de outros estabelecimentos, Cappellari espera uma movimentação no local dividida em etapas. “Sempre que se inaugura um empreendimento desse porte temos um afluxo muito forte de pessoas, que depois se estabiliza. Por isso, vamos tomar cuidados para que a Grécia esteja liberada em sua primeira etapa (o trecho em frente ao shop-ping)”, planeja.

Lojistas mantêm boas expectativas com abertura do empreendimento

A elevada expectativa criada com a provável melhoria no trânsito na zona Norte de Porto Alegre se repete quando os lojistas falam de outro assunto ligado à inauguração do Bourbon Wallig: a abertura dos seus estabelecimentos. Não é diferente com a Riachuelo, um dos seis empreendedores âncoras do novo shopping. Para atuar no local, a empresa investiu R$ 8 milhões em um ambiente de dois andares e contratou 110 funcionários.
“As nossas expectativas são as melhores. O shopping já nasce com grande porte e ótima localização e acessos. A loja do Bourbon Wallig é uma forte candidata a liderar o ranking de vendas em Porto Alegre”, acredita o diretor de patrimônio da Riachuelo, Pedro Siqueira. Mesmo assim, a marca manterá um perfil de atuação similar ao adotado nos seus outros dois pontos em empreendimentos da Companhia Zaffari.
Para Siqueira, a proximidade com o Bourbon Country, onde a empresa também opera, pouco atrapalhará a movimentação de cada ponto. “É evidente que algum ‘canibalismo’ ocorrerá, mas acreditamos que será percentualmente pequeno. A proximidade física não reflete a grande superposição de área de influência”, enfatiza.
Nesse sentido, a projeção é agregar público oriundo de bairros como Jardim Lindoia, Sarandi e Rubem Berta e de cidades vizinhas, como Alvorada. “O corredor da avenida Assis Brasil fará grande diferença na irrigação da nova loja, tornando as regiões Nordeste e Leste da cidade áreas de influência primária”, constata o dirigente.
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