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LOGÍSTICA

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2012 às 00:00

Hidrovias gaúchas recebem R$ 270 milhões


Jornal do Comércio
A assinatura de um termo de cooperação nesta quinta-feira em Porto Alegre deu a largada para o início de uma série de investimentos calculados em R$ 270 milhões para a modernização da hidrovia Uruguai-Brasil. O documento firmado pelo secretário de Infraestrutura e Logística do Estado (Seinfra), Beto Albuquerque, e o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Adão Proença, inicia a gestão conjunta entre as esferas estadual e federal por meio da Administração de Hidrovias do Sul – AHSUL e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).

A assinatura de um termo de cooperação nesta quinta-feira em Porto Alegre deu a largada para o início de uma série de investimentos calculados em R$ 270 milhões para a modernização da hidrovia Uruguai-Brasil. O documento firmado pelo secretário de Infraestrutura e Logística do Estado (Seinfra), Beto Albuquerque, e o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Adão Proença, inicia a gestão conjunta entre as esferas estadual e federal por meio da Administração de Hidrovias do Sul – AHSUL e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).

A parceria começa com a liberação de R$ 12 milhões, de um total de R$ 34 milhões previstos para a recuperação do parque de máquinas da SPH, a dragagem, a sinalização e o balizamento dos rios Jacuí, Taquari, Gravataí, Sinos, Caí, lago Guaíba, Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Rio Jaguarão.
A medida, conforme destaca Beto Albuquerque, permitirá a navegação noturna ao longo de todo o trajeto hidroviário até 2013. Atualmente, por questões de segurança, determinados tipos de cargas só podem percorrer a rota durante o dia. Com isso, a capacidade passará dos atuais 6 milhões de toneladas para 17,5 milhões ao ano em 2017. “As dragas não serão mais da SPH, mas sim das hidrovias gaúchas, seja na parte que até ontem era administrada pelo governo federal, ou no que era de responsabilidade do Estado”, esclarece.
O diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit explica que o termo de cooperação promove a gestão conjunta dos recursos federais através do aproveitamento dos conhecimentos técnicos do Estado. Segundo ele, até 2014, serão aportados R$ 48 milhões no Rio Grande do Sul, além dos R$ 735 milhões projetados pelo Plano Nacional de Desenvolvimento Hidroviário (PNDH) até 2025. “O investimento será em toda a extensão da hidrovia que passa a ter uma gestão compartilhada única. A recuperação da matriz hidroviária contempla uma série de itens e o novo modelo de gestão facilita a viabilidade dos recursos”, destaca Proença.
A reestruturação ainda prevê a construção de terminais de contêineres em Estrela, Porto Alegre e Rio Grande, dedicados à navegação interior. O secretário de Infraestrutura afirma  que novos terminais devem surgir ao longo da hidrovia. “Diante de empreendedores concretos, vamos discutir as alternativas. Não podemos cometer os erros do passado, quando foram feitos terminais sem a prospecção de empreendedores nas regiões”, defende. Segundo Beto Albuquerque, a ideia é estar atento às exigências de mercado. Ele garante que toda a proposta da iniciativa privada será tratada com prioridade pela Seinfra.

Secretaria de Infraestrutura acredita que trajeto pode atrair o transporte de passageiros 

O secretário de Infraestrutura e Logística de Infraestrutura e Logística (Seinfra) do Estado, Beto Albuquerque, acredita que os investimentos em melhorias na hidrovia gaúcha abram os caminhos para o transporte de passageiros no trajeto. Segundo ele, além de aumentar a competitividade logística nos setores produtivos, a reestruturação da malha inaugura um potencial turístico para a Copa de 2014. A expectativa é atrair rotas de navios-hotéis que possam desembarcar em Porto Alegre.

“Temos um projeto para isso, encaixado dentro da utilização dos recursos disponíveis. A Lagoa dos Patos é desconhecida de todos os gaúchos, e o potencial turístico da região é inegável. Poucos são os que navegam pela lagoa, com exceção de navios comerciais de cargas. No bojo da atividade econômica, há o espaço para o agregado turístico”, revela.
Mesmo sem destacar as embarcações tripuladas, o secretário ressalta que o foco prioritário está na navegação comercial. O objetivo, ressalta, é dar condições de competitividade e facilitar a redução de custos de transportes aos mais variados segmentos. Ele não descarta a possibilidade  de empreendimentos nos modelos das Parcerias Público-Privadas (PPP) ao longo do percurso.
“Realizamos estudos que repetem o óbvio. Temos o que muitos países gostariam de ter e utilizamos muito pouco deste potencial. A dinamização da gestão da administração da hidrovia serve como um atrativo para a abertura de novas operações portuárias”, assegura.
Entre os retornos de curto prazo, o secretário destaca que 100% do Parque de Dragagem da SPH estará reformado e operando em toda a malha hidroviária do Rio Grande do Sul até o final do ano. De acordo com Beto Albuquerque, o principal benefício será aproveitado pelos empresários gaúchos, que terão vantagens competitivas com a utilização da hidrovia, a partir da estruturação de um plano logístico.
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