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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 30 de Janeiro de 2012 às 00:00

Armazém de secos e molhados deu origem à rede CR Diementz


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Na década de 1950 ainda eram muito comuns no Interior do Rio Grande do Sul os armazéns de secos e molhados, lojas que tentavam atender a todas as necessidades dos consumidores do entorno. Foi exatamente essa a preocupação que guiou Reinaldo Mentz, quando em 1956 inaugurou a Casa Reinaldo, em Capela de Santana, então distrito de São Sebastião do Caí. “Naquela época, a família Mentz levava os ranchos nas casas dos fregueses de carrinho de mão ou carroça. Só em 1962, seis anos depois da inauguração, foi adquirido o primeiro veículo, uma pick-up usada”, conta o superintendente da empresa, Homero de Toledo.
Na década de 1950 ainda eram muito comuns no Interior do Rio Grande do Sul os armazéns de secos e molhados, lojas que tentavam atender a todas as necessidades dos consumidores do entorno. Foi exatamente essa a preocupação que guiou Reinaldo Mentz, quando em 1956 inaugurou a Casa Reinaldo, em Capela de Santana, então distrito de São Sebastião do Caí. “Naquela época, a família Mentz levava os ranchos nas casas dos fregueses de carrinho de mão ou carroça. Só em 1962, seis anos depois da inauguração, foi adquirido o primeiro veículo, uma pick-up usada”, conta o superintendente da empresa, Homero de Toledo.
A oferta de móveis e eletrodomésticos teve início em 1967 e a expansão da empresa começou na década seguinte, quando, em 1973, foi inaugurada a primeira filial, na cidade de São Sebastião do Caí. A rede atualmente está presente em Porto Alegre, na Região Metropolitana, no Vale do Sinos, Vale do Caí, Vale do Paranhana, Vale do Rio Pardo e Litoral Norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. “Temos 63 lojas em 45 municípios gaúchos, além de unidades nos catarinenses Araranguá, Jaguaruna e Tubarão. Somos especializados na venda de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, bazar, cama, mesa e banho, brinquedos, celulares, informática”, resume o administrador.
A Casa Reinaldo alterou seu nome fantasia para CR Diementz no ano 2000 e preserva na marca suas origens. CR faz referência à Casa Reinaldo, Die é a abreviação de Dietrich (família que teve participação acionária por muito tempo) e Mentz é o sobrenome do fundador. Segundo Toledo, o slogan Lojas da Comunidade reforça a missão da empresa: oferecer produtos de qualidade com ótimas ofertas e o melhor atendimento. “Nossa estratégia está focada no varejo popular. Orientamos os vendedores a não forçar a venda quando o cliente se sentir inseguro quanto à sua condição financeira, não queremos  que o consumidor fique com dívida acima do seu orçamento mensal”, explica.
Para o executivo, os pontos fortes da empresa são o preço baixo e a facilidade para pagamentos parcelados, com planos em até 24 vezes com entrada para 60 dias. O superintendente diz que, em 2011, os altos preços de aluguel praticados pelo mercado imobiliário impediram a concretização dos planos de expansão. Mas projeta que neste ano devem ser abertas quatro novas lojas, em Criciúma (SC), Pelotas, Lajeado e Sapucaia do Sul.  A administração da rede é feita na cidade de Portão, onde a empresa mantém um prédio de 10 mil metros quadrados que aloja os escritórios e um centro de distribuição, que opera com frota própria de caminhões. “No início trabalhavam somente familiares na empresa, e hoje possuímos um quadro de 700 colaboradores diretos e mais de 300 indiretos”, indicou Toledo.

Precariedade da rede telefônica determinou mudança da sede

CR DIEMENTZ/DIVULGAÇÃO/JC
Capela de Santana foi a cidade que deu origem à rede de lojas
As atividades da CR Diementz foram sempre pautadas pela precária infraestrutura de Capela de Santana. A empresa, que começou como Casa Reinaldo, enfrentava em seus primórdios a falta de acesso asfáltico à localidade e a ausência dos serviços de energia elétrica e telefonia – o que não era de todo incomum na década de 1950. Mas foram as mesmas precariedades que 40 anos depois determinaram a transferência da sede administrativa da empresa para Portão, o que ocorreu em 1994.
Nos anos 1990, a empresa tentou solucionar o problema da telefonia de forma particular, estendendo uma rede própria de cabos entre Portão e Capela de Santana. Naquela época, a CR Diementz acelerava seu processo de expansão regional. Só em 1992, a rede abriu lojas nas cidades de Sapiranga, Campo Bom e Dois Irmãos. “Mas as dificuldades ocasionadas pela falta de telefone na cidade iam se tornando insuportáveis”, apontam os registros históricos.
A empresa manteve, por bastante tempo, a estrutura administrativa ligada à família do fundador. Ainda nos anos 1950 três filhos começaram a trabalhar na companhia: Maria Emília, Sueli Terezinha e José Ernesto. Claci Marlene e Luís Carlos, irmãos mais novos, entraram alguns anos depois. Posteriormente, a administração foi profissionalizada, e o controle acionário é mantido pela família – que não comenta os recorrentes rumores de que a CR Diementz poderia ser vendida para redes do centro do País.
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