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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 23 de Janeiro de 2012 às 00:00

Argentinos e importação têxtil ameaçam a indústria


Jornal do Comércio
Tudo indica que as nuvens da crise internacional recém começam a chegar ao Brasil. Vieram se acumulando no horizonte, passaram por cima de 2011 sem que se registrassem chuvas e trovoadas, mas a bonanza está terminando. Como está fazendo a presidente Cristina Kirchner, o governo terá de proteger a indústria nacional de têxteis. Se antes todos os tecidos estrangeiros eram melhores e se fazia questão de dizer que tal pano era inglês ou italiano, agora as fiações estão bem mais longe, na Ásia. Sendo assim, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) lançou o ‘Importômetro’. Tal qual o ‘Impostômetro’; o sistema estima, em tempo real, quantos dólares o País gasta com a importação de produtos têxteis e quantos empregos, assim, deixam de ser criados no Brasil. Entre os oito maiores exportadores para o País no setor, seis são asiáticos, a saber, a China, a Índia, a Indonésia, Taiwan, a Coreia do Sul e Bangladesh. Estados Unidos, em quarto lugar, e Argentina, em quinto, completam a lista. O volume de importações aumentou 17 vezes desde 2003, uma demasia. Enquanto isso, empresários preocupados com a adoção de novas medidas protecionistas pela Argentina pedirão uma audiência com a presidente Cristina Kirchner. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), informou que o grupo tentará uma solução amigável para a retirada da Resolução nº 3252 da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), a Receita Federal da Argentina. Seria em troca de alternativas que mantenham o superávit comercial do país vizinho em torno de US$ 11 bilhões. As novas medidas argentinas podem afetar 79% das exportações brasileiras. Skaf sugeriu, por exemplo, que o país vizinho utilizasse seus estaleiros para a construção de navios para a Petrobras. O comércio bilateral entre Brasil e Argentina somou US$ 39,6 bilhões em 2011, superávit para o Brasil de US$ 5,8 bilhões.
Tudo indica que as nuvens da crise internacional recém começam a chegar ao Brasil. Vieram se acumulando no horizonte, passaram por cima de 2011 sem que se registrassem chuvas e trovoadas, mas a bonanza está terminando. Como está fazendo a presidente Cristina Kirchner, o governo terá de proteger a indústria nacional de têxteis. Se antes todos os tecidos estrangeiros eram melhores e se fazia questão de dizer que tal pano era inglês ou italiano, agora as fiações estão bem mais longe, na Ásia. Sendo assim, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) lançou o ‘Importômetro’. Tal qual o ‘Impostômetro’; o sistema estima, em tempo real, quantos dólares o País gasta com a importação de produtos têxteis e quantos empregos, assim, deixam de ser criados no Brasil. Entre os oito maiores exportadores para o País no setor, seis são asiáticos, a saber, a China, a Índia, a Indonésia, Taiwan, a Coreia do Sul e Bangladesh. Estados Unidos, em quarto lugar, e Argentina, em quinto, completam a lista. O volume de importações aumentou 17 vezes desde 2003, uma demasia. Enquanto isso, empresários preocupados com a adoção de novas medidas protecionistas pela Argentina pedirão uma audiência com a presidente Cristina Kirchner. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), informou que o grupo tentará uma solução amigável para a retirada da Resolução nº 3252 da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP), a Receita Federal da Argentina. Seria em troca de alternativas que mantenham o superávit comercial do país vizinho em torno de US$ 11 bilhões. As novas medidas argentinas podem afetar 79% das exportações brasileiras. Skaf sugeriu, por exemplo, que o país vizinho utilizasse seus estaleiros para a construção de navios para a Petrobras. O comércio bilateral entre Brasil e Argentina somou US$ 39,6 bilhões em 2011, superávit para o Brasil de US$ 5,8 bilhões.
As medidas adotadas pela Argentina entrarão em vigor em 1 de fevereiro e são mais um golpe dentro do Mercosul. Deveríamos unir forças para enfrentar os produtos asiáticos. Todos os anos tem um problema com a Argentina. Sabemos que o espírito de nacionalidade se perde pela imitação e admiração servil das instituições, usos e costumes dos povos estrangeiros. O ‘Importômetro’ faz parte de uma campanha lançada pelos industriais têxteis para reunir 1 milhão de assinaturas para mudar o regime de tributação da indústria nacional do setor. Com o lançamento do programa de política industrial Brasil Maior, no ano passado, os produtores de calçados, confecções, móveis de madeira e empresas que prestam serviços de tecnologia de informação e software ganharam o direito de ter zerada a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, substituída por uma alíquota de 1,5% (2,5% para software) sobre o faturamento bruto. A Abit, no entanto, reivindica a redução da alíquota de 1,5% para 0,8%. Em menos de duas semanas desde o início de 2012, o ‘Importômetro’ indicava US$ 305,786 milhões em produtos importados que entraram no País e o total de empregos que o País poderia ter gerado: 33.117 vagas. Vamos agir, pois os governos são tais quais os povos que os fazem e elegem, toleram e acabam por merecê-los.
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