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Meio Ambiente

- Publicada em 22 de Novembro de 2011 às 00:00

ANP poderá proibir a Chevron de operar no País


ROGÉRIO SANTANA/GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JAN/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse ontem que, dependendo do resultado das investigações que estão sendo feitas pela agência, a Chevron pode ser proibida de operar no País. Segundo ele, a agência já está preparando duas multas para a empresa, uma delas pela falta de equipamento adequado para estancar o vazamento e a outra por ocultação de informações.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse ontem que, dependendo do resultado das investigações que estão sendo feitas pela agência, a Chevron pode ser proibida de operar no País. Segundo ele, a agência já está preparando duas multas para a empresa, uma delas pela falta de equipamento adequado para estancar o vazamento e a outra por ocultação de informações.
"Eles mitigaram informações importantes sobre o vazamento e esconderam fotos que mostravam a real proporção do acidente. Pelos cálculos da ANP, uma média de 330 barris por dia vazou durante mais de uma semana", informou Haroldo. Lima disse, entretanto, que não há, ainda, qualquer determinação de proibir a atuação da Chevron no Brasil. "Decisão de proibir a empresa de atuar no Brasil não foi examinada, por enquanto.
O que vamos examinar é se ela pode atingir o pré-sal. Ela incorreu em erro sério, que pode prejudicar essa intenção", afirmou.
O Ibama aplicou uma multa de R$ 50 milhões à Chevron por causa do vazamento de óleo do campo de Frade, na bacia de Campos. A cifra é a máxima prevista para penalidades administrativas aplicadas pelo órgão ambiental.
Dos 28 pontos de vazamento, um ainda continua escapando e outros nove estão gotejando. A ANP informou que está acompanhando todo o processo, examinando as causas e avaliando os possíveis erros na operação da Chevron. "Eles (Chevron) não estavam preparados para executar o plano de abandono do poço que eles mesmos nos apresentaram. A agência vai investigar a fundo e não vamos passar a mão na cabeça", afirmou Haroldo.
O secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse que a TransOcean, empresa que perfurou o poço que vazou óleo na Bacia de Campos, será descredenciada a atuar no Rio de Janeiro. O secretário contou ainda que também pedirá a proibição dessa empresa em território nacional. "Além de inepta, essa empresa é pé-frio, pois é a mesma que causou o vazamento no Golfo do México. Por isso, além de proibir sua atuação no estado do Rio, vou pedir ao presidente do Ibama que a proíba de atuar o território nacional", afirmou. Minc estima que o vazamento seja de 25 mil barris, muito acima da previsão oficial da ANP, que calculou o vazamento em três mil barris.
O presidente da subsidiária brasileira da Chevron, George Buck, calculou que o vazamento total de petróleo no Campo de Frade chegue a 381,6 mil litros. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água. Buck negou que a empresa, no trabalho de contenção do vazamento, tenha jateado areia na tentativa de empurrar o petróleo para o fundo do mar. "Não utilizamos nem areia, farinha ou nem um outro produto dispersante. Usamos apenas recolhimento do óleo e dispersão mecânica", disse.
Minc vai sugerir que metade do valor da multa seja investida em parques costeiros do Rio de Janeiro. Além disso, ele decidiu ingressar com uma ação civil pública em valor que pode chegar a R$ 100 milhões, por danos aos bens difusos, à biodiversidade marinha e ao ecossistema costeiro.
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