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trânsito

- Publicada em 03 de Novembro de 2011 às 00:00

Beto e Fortunati divergem sobre a ciclovia da Avenida Ipiranga


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
O secretário da Infraestrura e Logística do Estado, Beto Albuquerque, deu declarações polêmicas a respeito da ciclovia da Avenida Ipiranga. De acordo com ele, o traçado em construção desde o mês de setembro, em Porto Alegre, colocaria em risco os ciclistas por ter sido delimitado sob a rede de fios de alta tensão e em cima de tubos condutores de gás natural.
O secretário da Infraestrura e Logística do Estado, Beto Albuquerque, deu declarações polêmicas a respeito da ciclovia da Avenida Ipiranga. De acordo com ele, o traçado em construção desde o mês de setembro, em Porto Alegre, colocaria em risco os ciclistas por ter sido delimitado sob a rede de fios de alta tensão e em cima de tubos condutores de gás natural.
Beto Albuquerque alega que ao longo dos quase dez quilômetros do trajeto - às margens do Arroio Dilúvio, entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) e Antônio de Carvalho - os usuários da ciclovia estarão expostos a acidentes e até a possíveis explosões. Em entrevista a emissoras de rádio, ele justificou que esta é uma opinião pessoal, que não impede o andamento das obras.
Questionado sobre a possibilidade de tentar interromper as obras, já que a ingerência do cargo o permitiria, Beto fez questão de ressaltar que sua "opinião" estava embasada em ressalvas contidas no documento da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) que autorizou as obras da ciclovia. "Minha opinião é técnica e não se pode afirmar que não há riscos no local. Quando se programa este tipo de aglomeração em uma área de risco é preciso ter responsabilidade", enfatizou.
Perguntado sobre os riscos já existentes no local, Beto ainda ressaltou que os motoristas que circulam pela Avenida Ipiranga estão mais protegidos. "Os motoristas estão protegidos pelos veículos, mas os ciclistas que terão de circular, por cerca de 10 quilômetros, no traçado estão expostos aos acidentes", concluiu.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, demonstrou insatisfação com a manifestação de Beto Albuquerque. Fortunati revelou surpresa com as declarações, tendo em vista que "jamais" recebeu qualquer tipo de notificação oficial do secretário. "Tomei conhecimento das declarações pela imprensa e fiquei espantado com o conteúdo", afirmou.
Fortunati defendeu a ciclovia e disse acreditar que o verdadeiro risco aos ciclistas seria o de continuar circulando entre os veículos. O prefeito alegou que os fios de alta tensão e, sobretudo, as tubulações de gás natural foram autorizados pela CEEE. Sobre as ressalvas no laudo, ele ressalvou que "todas estão sendo observadas" e lembrou que na mesma avenida há uma passarela, feita em aço, muito próxima à rede de energia e serve para a travessia de milhares de pedestres entre a Pucrs e o Hospital São Lucas."Tenho a convicção de que os ciclistas estarão muito mais seguros na ciclovia do que circulando entre os carros", assegurou.
Apesar da polêmica, Fortunati garantiu a continuidade das obras. A previsão é de que o traçado da ciclovia seja concluído no primeiro semestre de 2012. A faixa especial para os ciclistas terá 9,4 quilômetros e está orçada em R$ 2,5 milhões, com recursos provenientes de uma parceria entre o Grupo Zaffari e o shopping Praia de Belas. O trajeto terá piso na cor vermelha, sinalização horizontal e vertical e semáforos específicos.

Sulgás apresenta comunicado sobre rede de gás natural

A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - Sulgás, empresa responsável pela construção e operação de gasodutos de distribuição no Estado, se manifestou sobre a rede de gás natural instalada na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre.
Segundo o comunicado, a tubulação de aço naquele local está enterrada a um metro de profundidade, protegida por placas de concreto e sinalizada de acordo com as normas técnicas. "O referido gasoduto foi projetado e construído, considerando-se a existência da rede elétrica de alta tensão, situação usualmente encontrada quando da construção de redes de gasodutos, plenamente contornável e admissível, sob o ponto de vista técnico".
Para neutralizar os efeitos de uma possível indução eletromagnética causada pelas linhas de alta-tensão, a empresa informa que existe um sistema de aterramento para correntes induzidas. Além disso, a tubulação é provida de um sistema de proteção catódica dimensionado para tal situação. A integridade da rede é mantida também através de um plano de inspeções e manutenções preventivas.
A Companhia ainda ressalta que constrói a sua rede de gasodutos mediante pareceres dos órgãos competentes e licenciamento ambiental. Portanto, não existem irregularidades no gasoduto em questão.
No que diz respeito à execução da ciclovia, a Sulgás afirma que já foram repassadas aos agentes responsáveis pela execução dessa obra, as orientações quanto aos cuidados necessários para manter a integridade de todos os elementos da rede de gasodutos durante a obra.
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