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Coluna

- Publicada em 28 de Outubro de 2011 às 00:00

A história da mãe do escritor Domingos Pellegrini


DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
O consagrado e premiado escritor Domingos Pellegrini estreou na literatura em 1977, com o livro de contos O Homem Vermelho, premiado com o Prêmio Jabuti. Com o romance O Caso da Chácara Chão, de 2001, recebeu outro Jabuti. Com outros romances e livros de poesia, recebeu mais quatro Prêmios Jabuti. Há quinze anos o autor vive de literatura, depois de ter se mudado para uma chácara na cidade onde nasceu, Londrina. Herança de Maria é uma alentada narrativa de 416 páginas que retrata a vida da mãe do escritor, uma mulher forte, que nasceu menina humilde no interior do Paraná, tornou-se dona de pensão, engravidou sem saber direito o que era um parto, desafiou um soldado da ditadura com tapa na cara para proteger o filho e viveu separada do marido na época em que isso era uma vergonha. Era mulher com resposta para tudo. As primeiras páginas do romance iniciam com Maria, aos 80 anos, em coma. As mãos fortes, que no passado bateram o pilão, estão, agora, imóveis, repousando sobre seu peito. Este romance é a estreia de Pellegrini na Editora LeYa Brasil. A narrativa é intensa, comovente e envolve lembranças, cartas antigas encontradas em caixas de sapato, memórias e conversas com quem conheceu Maria ao longo da vida. Descrevendo a trajetória de Maria, o protagonista e alterego do autor fica ao seu lado no quarto, observando-a e acabando por reconstruir  momentos da vida de nosso Brasil destas últimas décadas, através de suas ideologias e mudanças. O filho não sabe se Maria, com o corpo inerte, vai durar dias, meses ou anos. A decisão sobre o final da vida da mãe cabe a Deus, mas a ele também. Que morte deveria ter aquela Maria especial? O que poderia ser feito depois de tantas décadas de luta? Como lembrar dos caminhos de  tantos homens, mulheres, civis, militares, jovens e crianças, envoltos num período marcante da História do Brasil? O protagonista lembra, relembra, imagina e vai construindo o possível. Ele decide que aquela mulher extraordinária, forte, íntegra, corajosa, capaz de operar verdadeiros “milagres”, merece algo mais grandioso do que simplesmente viver na inércia de um vegetal.  Editora LeYa, 416 páginas, R$ 44,90, www.leya.com.br.
O consagrado e premiado escritor Domingos Pellegrini estreou na literatura em 1977, com o livro de contos O Homem Vermelho, premiado com o Prêmio Jabuti. Com o romance O Caso da Chácara Chão, de 2001, recebeu outro Jabuti. Com outros romances e livros de poesia, recebeu mais quatro Prêmios Jabuti. Há quinze anos o autor vive de literatura, depois de ter se mudado para uma chácara na cidade onde nasceu, Londrina. Herança de Maria é uma alentada narrativa de 416 páginas que retrata a vida da mãe do escritor, uma mulher forte, que nasceu menina humilde no interior do Paraná, tornou-se dona de pensão, engravidou sem saber direito o que era um parto, desafiou um soldado da ditadura com tapa na cara para proteger o filho e viveu separada do marido na época em que isso era uma vergonha. Era mulher com resposta para tudo. As primeiras páginas do romance iniciam com Maria, aos 80 anos, em coma. As mãos fortes, que no passado bateram o pilão, estão, agora, imóveis, repousando sobre seu peito. Este romance é a estreia de Pellegrini na Editora LeYa Brasil. A narrativa é intensa, comovente e envolve lembranças, cartas antigas encontradas em caixas de sapato, memórias e conversas com quem conheceu Maria ao longo da vida. Descrevendo a trajetória de Maria, o protagonista e alterego do autor fica ao seu lado no quarto, observando-a e acabando por reconstruir  momentos da vida de nosso Brasil destas últimas décadas, através de suas ideologias e mudanças. O filho não sabe se Maria, com o corpo inerte, vai durar dias, meses ou anos. A decisão sobre o final da vida da mãe cabe a Deus, mas a ele também. Que morte deveria ter aquela Maria especial? O que poderia ser feito depois de tantas décadas de luta? Como lembrar dos caminhos de  tantos homens, mulheres, civis, militares, jovens e crianças, envoltos num período marcante da História do Brasil? O protagonista lembra, relembra, imagina e vai construindo o possível. Ele decide que aquela mulher extraordinária, forte, íntegra, corajosa, capaz de operar verdadeiros “milagres”, merece algo mais grandioso do que simplesmente viver na inércia de um vegetal.  Editora LeYa, 416 páginas, R$ 44,90, www.leya.com.br.

lançamentos

  • Lacan com Winnicott - Espelhamento e subjetivação, do professor e psicanalista Roberto Graña, é seu décimo livro. Entrelaçando estudos das obras dos dois grandes mestres, Graña criou/encontrou as circunstâncias favoráveis para desenvolver seu pensamento próprio. Casa do Psicólogo, 174 páginas, telefone (11) 3034-3600.
  • Sobrevida - a história de um médico que não sabia nada de medicina, da médica e professora J. Motta e Motta, é seu romance de estreia. O médico Daniel é acusado de ter induzido a mulher a uma morte lenta, por abuso de drogas. Culpado ou inocente, ele precisa seguir vivendo. A história lembra Milan Kundera. Geração Editorial, 212 páginas, www.geracaoeditorial.com.br.
  • Uma Arqueologia da Memória Social – Autobiografia de um moleque de fábrica, de José de Souza Martins, sociólogo e professor da USP. Com estrutura de conto e estilo de hábil contador de causos, Martins escreve suas memórias, que se mesclam com a Era Vargas e o início do Brasil moderno. Ateliê Editorial, 464 páginas, www.atelie.com.br.
  • Descobridores do Infinito- a vida espiritual de atletas radicais e suas experiências de quase morte, paranormal e o contato com o além, da jornalista Maria Coffey, vai além da arriscada vida dos aventureiros e pergunta se há conexão entre esportes radicais e o além. Editora Larousse, 256 páginas, R$ 34,90, www.larousse.com.br.
  • e palavras...

    Memória, perdoar, esquecer, Jesus etc
    Esse negócio de memória (onde as coisas acontecem muitas vezes), perdão, esquecimento e tal é conversa milenar, que não acaba nunca. É tipo a história do tempo. Talvez nem deva acabar mesmo. Bem que eu queria ser como Jesus, Gandhi, São Francisco de Assis ou Madre Teresa, por exemplo, e aí dar a outra face para bater, perdoar e esquecer tudo. Bem que eu queria que o Yom Kippur, o dia do perdão judaico, fosse todos os dias para todos. Mas somos humanos, de carne e osso, uns bem mais carne do que osso e a gente sabe que não é tão fácil sair por aí perdoando a si mesmo e aos outros. Mas acho que devemos nos esforçar, ter paciência conosco e com os outros, tão impacientes. O inferno não está só dentro de nós e nem só dentro dos outros. Está muitas vezes entre nós e os outros. Procuro perdoar meus inimigos (acho que não são muitos e nem quero saber) e até agradecer pelas palavras e gestos duros, mas seguidamente verdadeiros, com que eles me presentearam. Até os paranoicos têm inimigos e eles são importantes para fazer e dizer o que os amigos, parentes, empregados, patrões, colegas de trabalho e pessoas próximas não podem ou não devem fazer. Obrigado a meus inimigos por ações e palavras que me deram a chance de ir para frente, enquanto eles, os filhos da mãe, ficam aí atazanando com suas línguas de trapo. Perdoo meus inimigos, mas não chego ao ponto, na maior parte das vezes, de esquecer as suas “gentilezas”. Não sou lá muito de me vingar, de sujar minhas mãos com certas pessoas e coisas, apenas peço a Deus que cuide deles. Sim, todo mundo sabe que a vingança é um prato que se deve comer geladinho, tipo um sorvete. Se vingar de cabeça quente quase sempre não dá. De mais a mais, raiva, sentimentos negativos, sede de vingança, tudo isso é melhor descartar, a bem da saúde física e mental. Como dizem os sábios orientais, se tu ficas te envenenando por causa dos inimigos, aí é a vitória deles, que ficam atucanando tua pessoa, no teu interior. Melhor se livrar de certas tranqueiras, tristezas e sentimentos que deixam os domingos à noite péssimos. Melhor deixar que o tempo, as consciências e a justiça divina façam sua parte. Melhor degustar sorvete doce, sem gosto de vingança, enquanto os inimigos se estrepam por aí.

    e versos

    Santidade
    "Como poderei dizer que estou
    no céu, se ainda nem
    conheces meu segredo?
    Mas se quiseres saber o meu enigma
    não será tão difícil.
    Ele é simples como as pirâmides do Egito,
    como os  números em Pitágoras,
    como um verso de Virgílio.
    Simples como a Esfinge  que ficava
    no meio do teu caminho
    e dizia como eu, aqui e agora:
    “Decifra-me ou devoro-te!”
    Mas decifra-me principalmente
    porque eu te olho com doçura.
    Porque  quero tirar com carinho a pedra
    de tua mão.  Porque saio
    de meu segredo e de minha geometria,
    para te santificar em meu nome
    e em nome das coisas que me foram reveladas.
    Decifra-me".
    Antonio Ventura, em O catador de palavras, Topbooks, www.topbooks.com.br
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