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Opinião

Artigo

- Publicada em 27 de Outubro de 2011 às 00:00

Uma conquista dos arquitetos


Jornal do Comércio
O ano de 2011 será inesquecível para a arquitetura e urbanismo brasileiros. Após décadas de lutas, os arquitetos deste País podem votar e ser votados na composição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU). Por tanto tempo aprisionada no conselho multiprofissional que se define como “área tecnológica”, a profissão teve o seu desenvolvimento tolhido como instrumento de progresso social e cultural, sem um agente púbico que zelasse pela sua valorização e crescimento, protegesse sua boa prática profissional e exigisse o cumprimento das leis existentes que favorecem seu acesso a toda a população. A luta pela aprovação da Lei 12.378/10, que garante nossas atribuições profissionais e cria o CAU, foi dura e vitoriosa apenas porque temos um instrumento de luta política organizado em todo o Brasil: nossas entidades representativas, em especial o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), fundado em 1921 exatamente para defender os interesses de todos os arquitetos.
O ano de 2011 será inesquecível para a arquitetura e urbanismo brasileiros. Após décadas de lutas, os arquitetos deste País podem votar e ser votados na composição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU). Por tanto tempo aprisionada no conselho multiprofissional que se define como “área tecnológica”, a profissão teve o seu desenvolvimento tolhido como instrumento de progresso social e cultural, sem um agente púbico que zelasse pela sua valorização e crescimento, protegesse sua boa prática profissional e exigisse o cumprimento das leis existentes que favorecem seu acesso a toda a população. A luta pela aprovação da Lei 12.378/10, que garante nossas atribuições profissionais e cria o CAU, foi dura e vitoriosa apenas porque temos um instrumento de luta política organizado em todo o Brasil: nossas entidades representativas, em especial o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), fundado em 1921 exatamente para defender os interesses de todos os arquitetos.
Mas agora que temos o CAU, uma nova etapa se inicia, mais desafiadora que a própria conquista recente. Temos um conselho democrático, que depende de nossas escolhas. Como iremos fazê-lo? Como iremos aproveitar ao máximo o potencial dessa organização? Se os arquitetos vivem uma situação profissional penosa de desvalorização de seu trabalho, devem procurar reverter a situação, demonstrando à sociedade como a arquitetura e urbanismo são necessários para o Brasil crescer como nação civilizada.
Outras alterações na profissão acompanham a criação do CAU. A expansão e interiorização do ensino de arquitetura e urbanismo, a mudança do perfil etário e social dos profissionais são realidades novas cujos efeitos ainda serão percebidos. As novas gerações rapidamente se transformarão em maioria, mas como unir em uma ação política de defesa da profissão tantos jovens criados em um contexto de individualismo e competição por migalhas? Como fazer para que o arquiteto recupere o prestígio que a profissão tem em qualquer país que reconhece o valor do conhecimento como gerador de progresso? A criação do CAU em si não garante esses progressos, é apenas o ponto de partida de uma construção complexa.
 Arquiteto e urbanista, presidente do IAB/RS

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