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Investimentos

- Publicada em 06 de Outubro de 2011 às 00:00

Lanxess vai produzir borracha de cana-de-açúcar em Triunfo


LANXESS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A cidade gaúcha de Triunfo entrará para a história em novembro como o local da primeira produção comercial de borracha de cana-de-açúcar do mundo. O grupo alemão Lanxess anunciou ontem em São Paulo que a unidade instalada junto ao Polo Petroquímico irá produzir, até o final do ano, 10 mil toneladas de borracha monômero de etileno propileno dieno (EPDM) a partir do etileno de cana-de-açúcar.
A cidade gaúcha de Triunfo entrará para a história em novembro como o local da primeira produção comercial de borracha de cana-de-açúcar do mundo. O grupo alemão Lanxess anunciou ontem em São Paulo que a unidade instalada junto ao Polo Petroquímico irá produzir, até o final do ano, 10 mil toneladas de borracha monômero de etileno propileno dieno (EPDM) a partir do etileno de cana-de-açúcar.
A matéria-prima será fornecida pela Braskem, através de um gasoduto, que já está em operação. Esse tipo de borracha, reconhecido pela sua resistência em ambiente aberto, é normalmente produzido com etileno e propileno à base de petróleo. Segundo o presidente mundial da companhia, Axel Heitmann, a novidade foi desenvolvida em conjunto por pesquisadores do Brasil, da China e da Alemanha.
Ele disse ainda que aproximadamente dois mil clientes de todo o mundo (de diversos setores) já mostraram interesse no produto. O CEO da Lanxess no Brasil, Marcelo Lacerda, demonstrou confiança de que toda a produção de borracha verde possa ser absorvida pela indústria automotiva nacional. "Já temos 16 montadoras e poderemos chegar, nos próximos anos, a englobar 27 players. O mercado brasileiro é uma realidade", afirmou.
A produção de EPDM de base biológica está alinhada à estratégia da empresa para atender a uma demanda iminente por pneus verdes. Entrará em vigor no ano que vem uma resolução da União Europeia que determina a rotulagem dos pneus, medida que, segundo projeta a Lanxess, deve fazer a fatia de mercado de pneus ecologicamente corretos (feitos com borracha de alta performance) crescer dos atuais 35% para 50%. A prática já é adotada pelas indústrias de pneus do Japão e medidas semelhantes estão em discussão no Brasil, nos Estados Unidos e na China.
Lacerda detalhou que a unidade da Lanxess em Triunfo produz atualmente 40 mil toneladas ao ano de EPDM convencional (derivado de petróleo) e a introdução da nova linha de produção não deve alterar a estrutura, sendo que os únicos empregos gerados foram na equipe de vendas, que passou de oito para 16 vendedores dedicados ao EPDM no Brasil.
O chefe da unidade de negócios Technical Rubber Products, Guenther Weymans, disse, ainda, que a empresa trabalha junto à Braskem para chegar a uma relação custo-benefício que permita ampliar a produção de EPDM verde para até 98% do total feito em Triunfo.
A borracha derivada da cana-de-açúcar será comercializada com a marca Keltan Eco e o nome Keltan será estendido às borrachas feitas pela empresa nas unidades de Gellen (Holanda), Marl (Alemanha) e Orange (Texas, Estados Unidos). Esse tipo de borracha é usado, sobretudo, na indústria automotiva, mas também é aplicado nas indústrias de modificação de plásticos, cabos e fios, construção e aditivos de óleo. O EPDM tem densidade muito baixa, boa resistência ao calor, à oxidação, a produtos químicos e às intempéries.
Heitmann antecipou que na metade do ano que vem a empresa poderá anunciar um novo investimento em Triunfo. Estudos devem demonstrar a viabilidade de instalar no Rio Grande do Sul uma nova tecnologia a fim de mudar a produção de emulsão de estireno-butadieno (ESBR) utilizado em pneus padrão para solução de borracha de butadieno estireno (SSBR) utilizada nos pneus verdes.
Atualmente, em Triunfo, está instalada uma indústria capaz de produzir 110 mil toneladas por ano e a conversão iria requerer "um investimento de dois dígitos em milhões de euros". Usada nas bandas de rolagem dos pneus, a substância SSBR ajuda a reduzir a resistência ao rolamento e a melhorar a aderência em pisos molhados.A cidade gaúcha de Triunfo entrará para a história em novembro como o local da primeira produção comercial de borracha de cana-de-açúcar do mundo. O grupo alemão Lanxess anunciou ontem em São Paulo que a unidade instalada junto ao Polo Petroquímico irá produzir, até o final do ano, 10 mil toneladas de borracha monômero de etileno propileno dieno (EPDM) a partir do etileno de cana-de-açúcar.
A matéria-prima será fornecida pela Braskem, através de um gasoduto, que já está em operação. Esse tipo de borracha, reconhecido pela sua resistência em ambiente aberto, é normalmente produzido com etileno e propileno à base de petróleo. Segundo o presidente mundial da companhia, Axel Heitmann, a novidade foi desenvolvida em conjunto por pesquisadores do Brasil, da China e da Alemanha.
Ele disse ainda que aproximadamente dois mil clientes de todo o mundo (de diversos setores) já mostraram interesse no produto. O CEO da Lanxess no Brasil, Marcelo Lacerda, demonstrou confiança de que toda a produção de borracha verde possa ser absorvida pela indústria automotiva nacional. "Já temos 16 montadoras e poderemos chegar, nos próximos anos, a englobar 27 players. O mercado brasileiro é uma realidade", afirmou.
A produção de EPDM de base biológica está alinhada à estratégia da empresa para atender a uma demanda iminente por pneus verdes. Entrará em vigor no ano que vem uma resolução da União Europeia que determina a rotulagem dos pneus, medida que, segundo projeta a Lanxess, deve fazer a fatia de mercado de pneus ecologicamente corretos (feitos com borracha de alta performance) crescer dos atuais 35% para 50%. A prática já é adotada pelas indústrias de pneus do Japão e medidas semelhantes estão em discussão no Brasil, nos Estados Unidos e na China.
Lacerda detalhou que a unidade da Lanxess em Triunfo produz atualmente 40 mil toneladas ao ano de EPDM convencional (derivado de petróleo) e a introdução da nova linha de produção não deve alterar a estrutura, sendo que os únicos empregos gerados foram na equipe de vendas, que passou de oito para 16 vendedores dedicados ao EPDM no Brasil.
O chefe da unidade de negócios Technical Rubber Products, Guenther Weymans, disse, ainda, que a empresa trabalha junto à Braskem para chegar a uma relação custo-benefício que permita ampliar a produção de EPDM verde para até 98% do total feito em Triunfo.
A borracha derivada da cana-de-açúcar será comercializada com a marca Keltan Eco e o nome Keltan será estendido às borrachas feitas pela empresa nas unidades de Gellen (Holanda), Marl (Alemanha) e Orange (Texas, Estados Unidos). Esse tipo de borracha é usado, sobretudo, na indústria automotiva, mas também é aplicado nas indústrias de modificação de plásticos, cabos e fios, construção e aditivos de óleo. O EPDM tem densidade muito baixa, boa resistência ao calor, à oxidação, a produtos químicos e às intempéries.
Heitmann antecipou que na metade do ano que vem a empresa poderá anunciar um novo investimento em Triunfo. Estudos devem demonstrar a viabilidade de instalar no Rio Grande do Sul uma nova tecnologia a fim de mudar a produção de emulsão de estireno-butadieno (ESBR) utilizado em pneus padrão para solução de borracha de butadieno estireno (SSBR) utilizada nos pneus verdes.
Atualmente, em Triunfo, está instalada uma indústria capaz de produzir 110 mil toneladas por ano e a conversão iria requerer "um investimento de dois dígitos em milhões de euros". Usada nas bandas de rolagem dos pneus, a substância SSBR ajuda a reduzir a resistência ao rolamento e a melhorar a aderência em pisos molhados.
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