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Opinião

Editorial

- Publicada em 30 de Setembro de 2011 às 00:00

Na revitalização do Cais Mauá basta de formalismos


Jornal do Comércio
Impressionante como nós, brasileiros, adoramos o formalismo e descuramos dos resultados, das finalidades e dos fins em si. Assim tem sido em obras públicas. Porém, aqui e ali parece que a mentalidade muda. É o caso da Bahia, onde o governador Jaques Wagner divulgou o projeto da Ponte Salvador-Itaparica. A ponte terá 11,7 quilômetros de extensão, com seis faixas de trânsito, três em cada pista, mais acostamentos. O custo projetado é de R$ 7 bilhões.
Impressionante como nós, brasileiros, adoramos o formalismo e descuramos dos resultados, das finalidades e dos fins em si. Assim tem sido em obras públicas. Porém, aqui e ali parece que a mentalidade muda. É o caso da Bahia, onde o governador Jaques Wagner divulgou o projeto da Ponte Salvador-Itaparica. A ponte terá 11,7 quilômetros de extensão, com seis faixas de trânsito, três em cada pista, mais acostamentos. O custo projetado é de R$ 7 bilhões.
Pois a maioria da população porto-alegrense apoia o projeto de revitalização do Cais Mauá. A Rua da Praia é a prova de que nascemos, nos expandimos e estamos sempre vivendo à beira do Guaíba. Felizmente, o projeto de revitalização do Cais Mauá entrou nos finalmente, depois de teorias, análises e birra absolutamente descabida com o muro de proteção contra as cheias. Teremos a revitalização e, com ela, uma atração turística a mais como existe em tantas cidades do mundo e de onde, após visitá-las, os gaúchos voltam elogiando e se perguntando por qual motivo aqui não temos algo semelhante.
A cidade pulsa em um ritmo mais lento do que poderia em termos de qualidade de vida, de atrações e de progresso, mesmo com os reconhecidos esforços dos atuais e antigos dirigentes. Então, dá inveja saber que a revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro entrou na segunda fase, com as obras do chamado Porto Maravilha. Começou depois de Porto Alegre e está mais adiantada.  No Rio serão R$ 4 bilhões na infraestrutura, mais a manutenção da região, e tudo pago com recurso privado. É a conta mais fechada de todo o processo de Olimpíadas e Copa do Mundo no Rio de Janeiro, em uma Parceria Público-Privada. A verba será captada com a venda de títulos emitidos pelo município, os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). A Caixa Econômica Federal arrematou todos os títulos por R$ 3,5 bilhões, para vender às construtoras interessadas.
Aqui, será dada prioridade às obras dos armazéns, passando ao centro comercial ao lado do Gasômetro e, após, às torres de escritórios e hotéis. Haverá o Hotel Hyatt. Para a Copa de 2014 espera-se que pelo menos os armazéns e o centro comercial estejam prontos. Será construído um terminal turístico para navios de passageiros com calado entre 5 e 6 metros fora do Cais Mauá, mas integrado a este por uma via interna que também será construída pelo consórcio. Torres terão, no máximo, 70 metros, embora o permitido seja 100 metros. O valor do empreendimento ficará em torno de R$ 500 milhões, incluindo a iniciativa privada. Ficarão por conta do consórcio os custos e a construção de um novo acesso viário tanto ao Cais Mauá como ao Cais Navegantes, com a abertura de um túnel para acessar a área do cais. Também a ligação aérea ou em nível sobre a avenida Presidente João Goulart, integrando a praça Brigadeiro Sampaio ao Cais Mauá, será realizada e paga pelo consórcio, em contrapartida ao arrendamento da área. Vamos aguardar que as obras comecem efetivamente. O Centro Histórico é a alma da Capital e ela precisa resplandecer.
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