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Trabalho

- Publicada em 19 de Agosto de 2011 às 00:00

Conectividade transforma saúde mental em foco da ergonomia


Jornal do Comércio
Estar permanentemente conectado ao trabalho pelo uso de dispositivos móveis, como notebooks e smartphones, torna a cada dia mais difícil separar a jornada de trabalho do restante dos momentos que deveriam ser de descanso e, consequentemente, aumenta os níveis de estresse. Mostrar a necessidade de ter tempo livre e reeducar as pessoas e as empresas para que façam uso da tecnologia de uma forma mais saudável são os novos desafios da ergonomia.
Estar permanentemente conectado ao trabalho pelo uso de dispositivos móveis, como notebooks e smartphones, torna a cada dia mais difícil separar a jornada de trabalho do restante dos momentos que deveriam ser de descanso e, consequentemente, aumenta os níveis de estresse. Mostrar a necessidade de ter tempo livre e reeducar as pessoas e as empresas para que façam uso da tecnologia de uma forma mais saudável são os novos desafios da ergonomia.
A avaliação foi feita pelo auditor fiscal do trabalho Paulo Antônio de Oliveira, durante sua palestra no seminário Gestão Integrada em Segurança e Saúde no Trabalho: Foco em Ergonomia, promovido na quinta-feira pelo Sesi, em parceria com a Abicalçados. “Os problemas de contaminação ou de lesões já foram, de certa forma, superados. O foco agora se volta para a saúde mental dos trabalhadores, pois é cada vez mais difícil controlar o tempo real de trabalho. Quando a empresa dá um notebook, um celular e um endereço de e-mail para o funcionário, é como se dissesse ‘agora tua vida é minha’”.
Oliveira afirma que a concessão de benefícios pela Previdência Social ilustra bem o quadro já que, excetuados os casos de acidente e de convalescença pós-cirúrgica, 92% dos pedidos são referentes a doenças do trabalho, que incluem sofrimento mental e lesões ósseo-musculares.
A popularização dos notebooks nos ambientes de trabalho também tem representado um retrocesso, na avaliação do especialista. Ele explica que os computadores portáteis repetem o esquema dos primeiros modelos de desktop, dos anos 1980, que tinham em um único volume o monitor, o teclado e a CPU. Fixas as partes, é impossível adaptar as distâncias necessárias ao conforto visual.
Oliveira explicou que o princípio da ergonomia é fazer com que o trabalho e as máquinas se adaptem ao homem, e não o contrário. Por isso, é preciso que as empresas proporcionem o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente - conceitos cristalizados na norma técnica NR17.
“Existem teses acadêmicas que mostram que quem trabalha descansado produz mais, e pausas ao longo da jornada aumentam a produtividade em 10%”, afirmou, ao comemorar que o Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde frigoríficos incluem períodos de descanso de forma voluntária.
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