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Tendência

- Publicada em 25 de Julho de 2011 às 00:00

Customização se transforma em tendência de projetos imobiliários


ANDRÉ NETTO/JC
Jornal do Comércio
Preocupadas em atender às necessidades dos consumidores nos mínimos detalhes, construtoras e incorporadoras buscam saídas cada vez mais personalizadas para entregar aos felizes proprietários o imóvel dos sonhos. Para isso, muitas vezes sequer levantam paredes, deixando a cargo dos futuros moradores a disposição das peças. Através da oferta de plantas diferenciadas e opções de acabamento, clientes conseguem fazer adaptações antes da entrega das chaves.
Preocupadas em atender às necessidades dos consumidores nos mínimos detalhes, construtoras e incorporadoras buscam saídas cada vez mais personalizadas para entregar aos felizes proprietários o imóvel dos sonhos. Para isso, muitas vezes sequer levantam paredes, deixando a cargo dos futuros moradores a disposição das peças. Através da oferta de plantas diferenciadas e opções de acabamento, clientes conseguem fazer adaptações antes da entrega das chaves.
A gerente de personalização da construtora BKO, Paula Abud, explica que esse é um conceito que começa a aparecer e deve se tornar tendência na construção civil brasileira. Ela lembra que esse tipo de oferta se iniciou há alguns anos com empreendimentos que possibilitavam a escolha de diferentes plantas. O modelo foi se desenvolvendo na companhia e hoje a BKO atua com um programa de personalização, onde cada projeto conta com diversas opções de planta, bem como diferentes kits de acabamentos comercializados junto às unidades pela construtora.
"A gente oferece esse diferencial para que a pessoa não precise fazer as reformas depois de receber o apartamento, mas sim durante a construção", destaca Paula. A executiva explica que há quatro anos a companhia adotou o modelo, dividido em três fases. A primeira constitui a própria escolha das plantas, o que permite certa mobilidade dos cômodos, como ampliação da sala no espaço tradicionalmente ocupado por um dormitório, por exemplo.
Depois, o comprador escolhe as características do acabamento e, por fim - em iniciativa que começa a ser implantada agora - pode optar também pela decoração. A BKO está firmando uma série de parcerias com estabelecimentos para entregar os imóveis totalmente mobiliados e decorados. "A vantagem é poder fazer isso diretamente na construção, com a garantia da construtora, sem precisar quebrar paredes e futuramente gerar problemas na estrutura", observa a gerente.
Na última edição do Seminário Sinduscon-RS, o empresário José Paim de Andrade apresentou o modelo Maxhaus, onde a customização é a ordem do dia. Todos os apartamentos construídos são iguais: possuem 70 metros quadrados e são desenvolvidos sem paredes. A proposta é que os compradores possam desfrutar de sua individualidade e de seu gosto. "Hoje há uma busca pelo individual, as pessoas querem ser únicas", disse.
Crendo no ideal de que o mundo não precisava de mais uma incorporadora, a Maxhaus tirou o foco do produto e se voltou para o indivíduo. Com esse mote, iluminação, acabamento e disposição das peças são escolhidas pelos proprietários também antes da entrega das chaves.
O vice-presidente do Sinduscon-RS, Mauro Touguinha, afirma que, apesar de ser uma tendência, esse é um modelo que não deve se disseminar por todo o mercado. De acordo com ele, os custos para customização devem impedir que esse tipo de iniciativa chegue aos imóveis populares. "Acho que é muito interessante, mas é para nichos específicos", alerta. Segundo o dirigente, o mercado para esses produtos é restrito e se contrapõe, por exemplo, aos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida, onde os imóveis, em prol da redução de custos, acabam padronizados.

Necessidades futuras geram as mudanças

De olho no envelhecimento da população e nas demandas da indústria automobilística, a Tecnisa está adaptando seus empreendimentos. Por um lado, compôs uma equipe de arquitetos e profissionais da saúde que ajudam na concepção de imóveis que se preocupam com o passar dos anos. Nesses condomínios, as áreas sociais são pensadas não só para moradores da terceira idade, mas para aqueles que vão chegar lá.
A gerente de projetos da empresa, Patrícia Valadares, revela que, após as vendas de um empreendimento, foi constatado que 15% das unidades foram adquiridas por pessoas com mais de 55 anos. "Esse envelhecimento significa que estão chegando na terceira idade ativos, querendo qualidade de vida, então percebemos que precisávamos focar nesse cliente", diz. São vários os opcionais pensados para o público, desde as escadas da piscina maiores e com corrimão, pista de caminhada mais larga e áreas sociais com rampas e artigos de lazer atrativos para os mais velhos. Agora, a Tecnisa começa a desenvolver um projeto de customização total de apartamentos para idosos.
A construtora também está adaptando as garagens dos edifícios prevendo a entrada de carros elétricos no mercado brasileiro. Alguns empreendimentos estão previstos para que todas as vagas sejam adaptadas. "Essa é uma demanda que vai começar a surgir. Fora do Brasil já existe, então entendemos que é uma tendência e queremos estar preparados", frisa Patrícia. "A vaga já vai estar preparada para tomada híbrida", explica.
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