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Opinião

Artigo

- Publicada em 18 de Julho de 2011 às 00:00

De Brunel a Coester


Jornal do Comércio
O aperfeiçoamento da técnica é um processo colaborativo no qual contribuições individuais são justapostas, tornando difícil apontar uma paternidade única para esta ou aquela inovação, que sempre evoca algum conceito preexistente. Muitos são os nomes imortalizados por suas realizações fantásticas. Dentre eles está Isambard­ Kingdom Brunel (1806-1859). Este reverenciado engenheiro inglês está associado a grandes obras de pontes, túneis, navios e ferrovias. Uma nota de rodapé em sua biografia, todavia, foi a malograda tentativa de aplicar elevadas pressões de ar para impelir veículos sobre trilhos em rampas acentuadas. Em 1848, após um ano de operação, sua linha foi descontinuada pelas limitações dos materiais (o couro lubrificado das vedações ornar-se-ia banquete para roedores), e dificuldades como a operação em desvios e precariedade das comunicações da época.
O aperfeiçoamento da técnica é um processo colaborativo no qual contribuições individuais são justapostas, tornando difícil apontar uma paternidade única para esta ou aquela inovação, que sempre evoca algum conceito preexistente. Muitos são os nomes imortalizados por suas realizações fantásticas. Dentre eles está Isambard­ Kingdom Brunel (1806-1859). Este reverenciado engenheiro inglês está associado a grandes obras de pontes, túneis, navios e ferrovias. Uma nota de rodapé em sua biografia, todavia, foi a malograda tentativa de aplicar elevadas pressões de ar para impelir veículos sobre trilhos em rampas acentuadas. Em 1848, após um ano de operação, sua linha foi descontinuada pelas limitações dos materiais (o couro lubrificado das vedações ornar-se-ia banquete para roedores), e dificuldades como a operação em desvios e precariedade das comunicações da época.
Mas Brunel não foi o único. Os “trens atmosféricos” tiveram diversas encarnações, como a heterodoxa versão de Alfred Beach. Inspirada nos correios pneumáticos, dez passageiros sem uma “cápsula” eram empurrados dentro de um túnel ao longo de cem metros por um ventilador de cinquenta toneladas, o “Tornado do Oeste”. As aventadas semelhanças desses experimentos com o Aeromóvel repousam no campo conceitual e são meras curiosidades históricas. O veículo gaúcho está para um trem atmosférico assim como a máquina a vapor está para os modernos motores de combustão interna. Ambos têm cilindros e pistões, fim. No Aeromóvel, a propulsão se dá por uma corrente de ar de alta vazão, porém, com baixa diferença de pressão (0,13 atmosfera). Gerado por sopradores airfoil, com rendimento de quase 90%, o empuxo é controlado remotamente através da variação de rotação. Em 1978 seria concedida a OskarCoester a primeira patente pela mesma Inglaterra de Brunel e da tradição ferro-carril. Seu “Sistema de Propulsão Veicular” teve ainda a originalidade reconhecida por Japão, Alemanha, EUA e França. Outras tantas patentes seguiram-se e estão acessíveis em sites. Cento e sessenta e três anos mais tarde, com a linha Trensurb-Aeroporto, Coester terá a chance de triunfar onde Brunel falhou.
Engenheiro mecânico
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