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Medicina

- Publicada em 06 de Julho de 2011 às 00:00

Semana Científica do Hospital de Clínicas mostra cirurgia robótica que ajuda a minimizar erros


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) está realizando sua 31ª Semana Científica. São diversos cursos, oficinas, palestras, mesas-redondas e conferências para debater e analisar a evolução e as novas técnicas médicas. Na manhã de ontem, o Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Ufrgs apresentou, em uma videoconferência em tempo real, uma cirurgia robótica de redução de estômago.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) está realizando sua 31ª Semana Científica. São diversos cursos, oficinas, palestras, mesas-redondas e conferências para debater e analisar a evolução e as novas técnicas médicas. Na manhã de ontem, o Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Ufrgs apresentou, em uma videoconferência em tempo real, uma cirurgia robótica de redução de estômago.
A tecnologia, presente apenas em três hospitais em São Paulo, é um sonho de consumo para o departamento.
Os professores estão estudando e desenvolvendo projetos para contar com este tipo de cirurgia no Rio Grande do Sul. Além de diminuir a chance de erro, o procedimento permite uma recuperação mais rápida do paciente e uma intervenção bem menor do que a cirurgia convencional.
O professor-adjunto da Ufrgs Leandro Cavazzola explica que a faculdade está se organizando para apresentar
um projeto aos ministérios da Saúde e da Educação, gestores do HCPA, que viabilize a compra de um desses robôs. "O investimento é um pouco alto, são US$ 2,5 milhões, mais a manutenção anual de US$ 400 mil. Porém, a ideia, do ponto de vista econômico, é diminuir custos no caso de algum erro durante os procedimentos cirúrgicos", argumenta o professor. Caso seja necessária uma nova operação, os gastos com internação, medicação e profissionais encarecem ainda mais o processo, o que pode ser evitado com a cirurgia robótica.
A precisão e a estabilidade propiciada pelos equipamentos impressionaram a todos que assistiram, por meio de um telão, a uma cirurgia ao vivo feita no Hospital Celebration Health, na Flórida, Estados Unidos. O procedimento foi conduzido, com êxito, pelo médico Keith Kim. Durante a cirurgia, ele respondeu aos questionamentos feitos pelos participantes do encontro, que foi mediado pelo professor Cavazzola.
Com imagens em terceira dimensão, o cirurgião controla o robô através de equipamentos atrelados aos braços e com o auxílio dos pés, enquanto a cabeça fica fixada em um console. "Embora o robô permita uma menor sensação tátil, as imagens em 3D e a precisão auxiliam e beneficiam em muito o cirurgião", explica Kim.
O robô conta com outros dois braços, que permitem ainda a participação de um assistente especializado em instrumentalização para auxiliar durante o procedimento. A estrutura possibilita a realização de cirurgias bariátricas, ginecológicas, urológicas e para retirada da vesícula biliar.
O hospital norte-americano conta com dez robôs que realizam esse tipo de cirurgia. São quatro para execução dos procedimentos e mais seis para treinamentos. Kim explicou que nos últimos 400 procedimentos não foi registrado nenhum problema operatório. "Depois da implantação da cirurgia robótica, realizamos no máximo duas operações sem o auxílio desta tecnologia", afirma o médico.
O professor Paulo Sandler, membro do departamento e organizador da videoconferência junto com Cavazzola, acredita que, ao assistir à cirurgia robótica, a universidade traz o futuro para perto dos residentes e profissionais da área médica. "Esperamos em breve contar com esse equipamento e aproximar esse processo da nossa realidade. Precisamos trazer a medicina para mais perto dos jovens", completa Sandler.
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