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Conjuntura internacional

- Publicada em 30 de Junho de 2011 às 00:00

Grécia aprova plano de austeridade


LOUISA GOULIAMAKI/AFP/JC
Jornal do Comércio
Em meio a um dos dias mais conturbados desde o início da crise, o Parlamento da Grécia aprovou ontem um novo plano de austeridade que prevê uma economia de até € 28 bilhões aos cofres públicos por meio de cortes de gastos e aumento de impostos até 2015. Em Atenas, milhares de jovens atearam fogo a prédios públicos em violentos protestos e confrontos com policiais.
Em meio a um dos dias mais conturbados desde o início da crise, o Parlamento da Grécia aprovou ontem um novo plano de austeridade que prevê uma economia de até € 28 bilhões aos cofres públicos por meio de cortes de gastos e aumento de impostos até 2015. Em Atenas, milhares de jovens atearam fogo a prédios públicos em violentos protestos e confrontos com policiais.
O pacote foi aprovado com 155 votos a favor, 138 contra e sete abstenções ou faltas. O governo precisava de uma maioria simples, de 151 dos 300 votos do Parlamento. Os cortes eram exigidos para que a quinta parcela - no valor de € 12 bilhões - de um pacote de € 110 bilhões fosse liberada para o país. Um segundo pacote de € 110 bilhões já foi solicitado pelo governo grego.
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, saudou os cortes que possibilitam a continuidade do resgate financeiro negociado com a União Europeia (UE), FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Central Europeu (BCE). Caso as medidas não fossem aprovadas, a Grécia não receberia o dinheiro necessário para evitar um calote da dívida que afetaria toda a zona do euro e que poderia chegar tão cedo quanto mês que vem.
O pacote era defendido há meses pelo governo, que enfrentou greve geral, manifestação e violência nas ruas de Atenas contra os novos cortes. O premiê grego, Georges Papandreou, se comprometeu a fazer todo o possível para evitar o impacto da dívida do país. "Não há plano B para salvar a Grécia", insistiu Papandreou na tribuna do Parlamento. "Faremos tudo para evitar ao país o que supõe a bancarrota", declarou.

Atenção se volta à reunião de ministros no próximo domingo

Após a aprovação do pacote de austeridade fiscal pelo parlamento da Grécia, as atenções agora irão se voltar para a reunião dos ministros europeus no próximo domingo, dia 3 de julho. De lá, deve sair a aprovação para a próxima parcela do empréstimo tomado no ano passado da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
A Grécia precisa da quinta tranche, de € 12 bilhões, para arcar com os vencimentos do próximo mês - de € 2,4 bilhões em 15 de julho e € 1,6 bilhão em 22 de julho. Dentro da ajuda adicional, deve estar as participações dos credores privados, ponto acompanhado de perto pelos investidores. Existe a expectativa de que os bancos franceses e alemães concordarão com a renegociação de suas dívidas, num processo classificado como voluntário.
Entretanto, as agências de rating vêm insistindo que qualquer mudança nas condições dos títulos gregos será classificada como default. Dessa forma, as instituições financeiras teriam de contabilizar perdas em seus balanços.

Sindicatos convocam greve dos serviços públicos hoje no Reino Unido

Trabalhadores e professores do setor público devem paralisar as atividades hoje no Reino Unido. A expectativa é de que milhares de funcionários públicos participem do movimento grevista, que protesta contra o projeto que prevê mais anos de trabalho e contribuições mais longas antes da aposentadoria.
Quatro sindicatos estão envolvidos com a greve, que deve durar um dia. As entidades prometem um dos maiores protestos contra o pacote de austeridade de 111 bilhões de libras.
O governo britânico quer que os funcionários do setor público se aposentem mais tarde e contribuam por mais tempo até pararem de trabalhar.
O primeiro-ministro David Cameron disse que a greve é irresponsável e que não é o caso para paralisação, já que as negociações com sindicatos sobre as aposentadorias estão ocorrendo. Ele advertiu que o sistema estatal de previdência vai quebrar, a menos que os trabalhadores se aposentem mais tarde e paguem mais ao sistema.
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