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Turismo

- Publicada em 27 de Junho de 2011 às 00:00

Dólar baixo traça novos roteiros de férias


GABRIELA DI BELLA/JC
Jornal do Comércio
A estabilidade do dólar baixo nos últimos meses tem influenciado um dos investimentos que mais exige um planejamento a longo prazo dos brasileiros. Seguros de um câmbio favorável até a data do embarque para viagens de férias, os turistas brasileiros, que já têm viajado mais graças à maior oferta de voos e tarifas e à melhora nas condições de vida, têm optado cada vez mais por destinos no exterior. Nem a compra das passagens com cerca de três meses de antecedência, para aproveitar as melhores ofertas, inibe o sonho de cruzar fronteiras.
A estabilidade do dólar baixo nos últimos meses tem influenciado um dos investimentos que mais exige um planejamento a longo prazo dos brasileiros. Seguros de um câmbio favorável até a data do embarque para viagens de férias, os turistas brasileiros, que já têm viajado mais graças à maior oferta de voos e tarifas e à melhora nas condições de vida, têm optado cada vez mais por destinos no exterior. Nem a compra das passagens com cerca de três meses de antecedência, para aproveitar as melhores ofertas, inibe o sonho de cruzar fronteiras.
"As pessoas sabem que, em alguns meses, quando for realizada a viagem, o dólar provavelmente vai estar baixo", comenta o diretor da agência STB, Beto Conte. Isso tem sido um fator importante, conforme ele, para que o crescimento do setor de turismo ultrapasse os 30% neste ano. Além disso, a demanda tem sido para novos destinos. Na STB, os clientes têm comprado pacotes para lugares pouco procurados antes, como Ásia e África, e têm retomado a busca pela Europa. Praticamente todos os grupos que o STB lançou neste ano para os destinos do exterior têm ocupação de 100%, além de lista de espera.
Conforme a presidente da Associação Brasileira de Agência de Viagens (Abav-RS), Rita Vasconcelos, 70% do turismo brasileiro ainda é interno. No período de descanso de julho, sobretudo, a Serra gaúcha continua sendo uma das maiores procuras. O Nordeste brasileiro e o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda são buscados por gaúchos, mas a escolha se deve, em geral, pelos poucos dias de folga ou pela preferência por praia e calor.
Apesar de as cinzas do vulcão chileno terem diminuído os voos para o Mercosul, o Chile e a Argentina, sobretudo a região da Patagônia em ambos os países, esses ainda são os principais destinos para quem procura o frio no inverno do hemisfério Sul.
Destinos como Espanha, Portugal, Estados Unidos e mesmo lugares mais exóticos, como Croácia e República Checa - países em que o custo de vida é ainda menor -, têm sido os principais programas de férias para quem tem tempo e paciência para se programar. Afinal, como observa Conte, uma viagem para o Nordeste pode sair pelo mesmo valor que uma viagem internacional.
Mesmo que tenham que abrir mão de alguns confortos, os turistas preferem ir para destinos mais distantes que lhes custarão praticamente o mesmo que alguns dias no território nacional. A funcionária do setor de vendas da PortoSul Turismo, Luisa Guigou, vai aproveitar os grupos organizados pela empresa para viajar pela segunda vez para a região da Escandinávia e para a Rússia. Há alguns meses ela previu que o câmbio estaria favorável e, nessas férias, calcula que terá um gasto total de R$ 13 mil, o que, segundo ela, gastaria em território nacional.
Luisa acredita que o melhor é aproveitar para conhecer os lugares mais próximos durante um período menor de tempo. Com todo o mês de julho livre, ela prefere se programar para conhecer o mundo, como já fez ao ir para Canadá, México, Turquia e países da América Latina. "Se colocamos na ponta do lápis, vemos que vale mais a pena. E a estabilidade do câmbio nos permite um planejamento maior", afirma.
A maior tranquilidade para fazer compras sem se assustar tanto com a conversão em reais também é um fator importante para os brasileiros. "Agora o costume do brasileiro de trazer uma sacolinha de compras é muito mais viável", comenta Rita. Ela recomenda, no entanto, que para que os gastos sejam menores, em função do aumento tarifa de IOF para 6,38%, as pessoas adquiram o máximo de necessidades para a viagem em agências no Brasil, como reserva de hotel e aluguel de veículo.
No Estado, essa porta está ainda mais aberta após a inauguração de voos diretos para Portugal, com a TAP, para o Panamá, com a Copa, e para o Peru, por meio da Taca. Segundo a Abav-RS, no entanto, o aumento da demanda ainda não é significativo. "Mas a forma de sustentarmos essas rotas é que as pessoas viajem para o exterior e mantenham esses voos lotados", projeta Conte.

Gol lança voo direto entre Porto Alegre e o Chile

A Gol inicia no dia 7 de julho a operação direta entre Porto Alegre e Santiago, no Chile. "A operação mostra a importância de Porto Alegre para nossa malha internacional no Cone Sul. Da Capital gaúcha, decolamos diretamente para Buenos Aires, Córdoba e Rosário, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai", destaca Leonardo Pereira, vice-presidente responsável pela área de Planejamento da Gol. "O voo também facilitará a vida de nossos clientes de outras regiões, que não precisarão ir até Guarulhos para embarcar para o Chile."
Para os passageiros de Porto Alegre, o percurso até Santiago será ainda mais conveniente: com duração de apenas 3h13min, reduzindo pelo menos duas horas no tempo de viagem exigido pelas opções atuais. "Nenhuma outra companhia disponibiliza essas facilidades aos passageiros do Rio Grande do Sul", acrescenta o vice-presidente.
A nova operação partirá diariamente de Porto Alegre com destino a Santiago às 23h57min (horário local), com previsão de chegada em Santiago às 2h10min (horário local). No sentindo contrário, a decolagem está prevista para 2h40min (horário local), com pouso estimado para as 6h30min (horário local).
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