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CONJUNTURA

- Publicada em 13 de Junho de 2011 às 00:00

Presidente do BC de Israel entra na disputa pelo FMI


Jornal do Comércio
O presidente do Banco de Israel, Stanley Fischer, anunciou que é candidato ao posto de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O chefe do banco central israelense anunciou em comunicado que decidiu brigar pela direção do FMI. "Acredito que posso contribuir para o FMI e para a economia mundial neste período pós-crise", disse. Fischer, um economista de 67 anos, respeitado por ter ajudado a economia israelense a atravessar a crise financeira internacional, enfrentará a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, considerada favorita, e o presidente do Banco do México, Agustín Carstens. O fundo tem como meta nomear um novo diretor-gerente em 30 de junho.
O presidente do Banco de Israel, Stanley Fischer, anunciou que é candidato ao posto de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O chefe do banco central israelense anunciou em comunicado que decidiu brigar pela direção do FMI. "Acredito que posso contribuir para o FMI e para a economia mundial neste período pós-crise", disse. Fischer, um economista de 67 anos, respeitado por ter ajudado a economia israelense a atravessar a crise financeira internacional, enfrentará a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, considerada favorita, e o presidente do Banco do México, Agustín Carstens. O fundo tem como meta nomear um novo diretor-gerente em 30 de junho.
Embora seja um economista mundialmente respeitado e com larga experiência no FMI, onde foi o número 2 entre 1994 e 2001, Fischer é considerado um "azarão" na disputa. Especula-se que ele poderia ser um nome de consenso em caso de impasse. Um dos trunfos de Fischer é o bom trânsito nos Estados Unidos, considerado o fiel da balança na escolha do chefe do FMI por ter a maior quantidade de cotas (17%) que dão direito a voto. Nascido na antiga Rodésia, atual Zâmbia, Fischer também tem cidadania americana. Além disso, o governo de Barack Obama ainda não manifestou apoio a Lagarde.
Desde a demissão do francês Dominique Strauss-Kahn, no mês passado, Fischer vem sendo apontado como o preferido de economistas importantes para a chefia do FMI, entre eles o americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia. Contra Fischer pesam as possíveis objeções políticas, por ser cidadão israelense, e a idade. Pelas regras do FMI, a idade máxima do gerente-geral é 65 anos. Fischer é considerado o principal responsável pelo bom desempenho da economia israelense durante a crise financeira mundial.
A francesa Lagarde, apontada como favorita, enfrenta resistência de países emergentes que exigem o fim do acordo entre as nações desenvolvidas que garante a chefia do Fundo a um europeu e a presidência do Banco Mundial a um americano. Mas a ausência de um candidato emergente forte até então apontava para a tendência de os emergentes também votarem em Lagarde. Carstens é considerado um candidato muito conservador pelos emergentes com mais peso na votação do FMI. Até sexta-feira, o mexicano havia conseguido o apoio de uma dúzia de países da América Latina, entre os quais não estavam Brasil e Argentina.

Governo brasileiro decide apoiar candidata francesa

O governo brasileiro decidiu apoiar oficialmente a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, para ocupar a direção-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo interlocutores da presidente Dilma Rousseff, Lagarde foi a candidata ao cargo que mais agradou ao Brasil, porque ela mostrou que os processos de reforma vão continuar e prometeu abrir espaço para os emergentes. O apoio do Brasil à candidatura da ministra francesa deve ser manifestado publicamente nos próximos dias.
Desde o início do processo, interlocutores do governo já tinham revelado, nos bastidores, que Lagarde era a preferida do Brasil. No entanto, o fato de o concorrente ser um candidato de um país emergente acabou criando dificuldades para que o apoio à ministra francesa fosse admitido publicamente. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem articulado um acordo com os demais países que forma o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que anunciem o apoio ao mesmo candidato.
Lagarde e Carstens estiveram em Brasília há cerca de duas semanas e se reuniram com autoridades brasileiras. Desde o início do processo de disputa, Mantega disse que o Brasil não apresentaria seu candidato até encerrar o prazo de apresentação de todos os candidatos. O Brasil quer que o novo diretor-gerente do FMI se comprometa a continuar as reformas iniciadas por Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo depois de ser acusado de agressão sexual contra uma camareira em Nova Iorque. Mantega também cobrou dos candidatos o compromisso de garantir maior participação de representantes de países emergentes nas diretorias.
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