Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Secretário Extraordinário

- Publicada em 24 de Maio de 2011 às 00:00

Representação em Brasília busca recursos federais


MIRIAM VALESCA FERREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
"A principal missão do Secretário Extraordinário do Gabinete de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília é estabelecer a relação entre governo estadual e federal, buscando potencializar projetos e trazer recursos."
"A principal missão do Secretário Extraordinário do Gabinete de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília é estabelecer a relação entre governo estadual e federal, buscando potencializar projetos e trazer recursos."
A afirmação é do secretário Ronaldo Teixeira (PT), o Professor "Nado", observando que "existe uma rubrica específica no orçamento federal que estabelece R$ 358 milhões previstos para o Rio Grande.
Os recursos disponíveis em Brasília, explica o secretário, tem que ser acessados através da organização e estruturação de projetos. E "é isso que estamos estabelecendo, desenvolvendo com nossas secretarias para que os pedidos sejam apresentados e para não perdermos o valor já estabelecido no orçamento federal".
Com a autoridade de quem conhece as entranhas do poder, Teixeira afirma que "apresentando projetos, existem recursos potenciais para atender às necessidades do Estado e das prefeituras".
A prioridade, neste momento, segundo o professor "Nado", é a liberação de recursos para os municípios em estado de emergência. Nos investimentos, avalia que o polo naval, na zona Sul do Estado, vai transforma a realidade da região.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, destaca que mais importante que a proximidade entre o governador Tarso Genro (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT) é a "opção de mudança do povo gaúcho". E define o alinhamento com a bancada do Rio Grande do Sul como decisivo para os resultados positivos do trabalho que é realizado conjuntamente.
O professor Nado ressalta ainda a recuperação das estradas gaúchas e reforça que a segurança é "prioridade do governo Tarso".
Ronaldo Teixeira nasceu em São Leopoldo. É formado em Letras e pós-graduado em Ciência Política. Foi vereador em sua cidade natal, onde se elegeu em 1992. Teve atuação marcante na comissão processante que cassou 12 dos 21 vereadores da Câmara de São Leopoldo por corrupção e desvio de recursos. Muitos deles foram presos.
Sua trajetória na vida pública continuou ao lado de Tarso. O caminho na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, começou pelo Ministério da Educação. Passou também pelo Palácio do Planalto e pelo Ministério da Justiça, onde participou ativamente da criação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Na campanha de Dilma Rousseff à presidência da República, o professor "Nado" foi responsável pela redação do programa na área de segurança pública, o que lhe proporcionou interação com integrantes de todas as áreas da administração federal. É o titular do Gabinete de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília desde fevereiro.
Jornal do Comércio - Como está a liberação de recursos para atender aos casos de emergências em municípios do Rio Grande do Sul?
Professor Nado - Um ponto fundamental na ação junto ao governo federal é a liberação de recursos para as cidades em estado de emergência. Uma Medida Provisória do então presidente Lula (PT) autoriza que a partir da catástrofe, da enxurrada, em 10 dias é possível entrar em contato com o Ministério dos Transportes, com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e acessar recursos para recuperar a trafegabilidade. Estamos fazendo isso para Bom Princípio, Fazenda Vila Nova, Novo Hamburgo e Ivoti. Várias outras cidades, como Montenegro, estão apresentando planos de trabalho que, num prazo de 30 dias, em regime emergencial, estarão recebendo recursos para recuperar as estradas.
JC - Quais são hoje os maiores investimentos do governo federal no Estado?
Professor Nado - O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem a previsão de alocação de recursos muito significativos. O polo naval (em Rio Grande) é um exemplo. É talvez o projeto capaz de transformar a nossa zona Sul, que por muito tempo vem sendo considerada abandonada. Vai gerar uma mão de obra qualificada e, portanto, gerar cursos técnicos que o Ministério da Educação leva para lá. Outro projeto importante é o Minha Casa, Minha Vida.
JC - A intimidade da presidente Dilma com o Rio Grande e o governador ajudam?
Professor Nado - Não tenha dúvida. Até a minha presença aqui (em Brasília) se deve à experiência que tive nos quase oitos anos de governo Lula e trabalhando e despachando com a então ministra Dilma. É fundamental essa relação do governador Tarso com o governo da presidenta Dilma. O que considero mais fundamental é a demonstração de sabedoria do povo gaúcho, que compreendeu que havia um projeto no governo federal que estava fazendo o Brasil crescer com taxas generosas, na média de 5%, 5,7%, um projeto que se desenvolve economicamente, mas que distribui renda. E aí decidiu fazer com que o Rio Grande do Sul fosse contemplado com essa posição política no seu governo.
JC - E a relação com a bancada gaúcha no Congresso como está?
Professor Nado - A política fica muito em gestos e símbolos. Temos boa relação com a bancada, cuja coordenação era da deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB). Agora assumiu o deputado Paulo Pimenta (PT). A posse foi aqui no gabinete de representação. E agora temos o presidente da Câmara, que é o nosso deputado Marco Maia (PT-RS), que já esteve também conversando conosco. Estamos preparando, por orientação do governador Tarso e também do próprio Marco Maia, um encontro de ministros e outras autoridades do governo para aproximar mais o secretariado do Rio Grande do Sul dos ministérios.
JC - Qual a principal dificuldade que o senhor enfrenta na função em Brasília?
Professor Nado - A principal preocupação é o resgate da credibilidade desse espaço. Temos uma representação e com status de secretaria, como quer o governador. Isso é uma sinalização para dizer: "Olha! Aqui em Brasília o Rio Grande fincou a bandeira". Queremos estabelecer uma relação cotidiana com o governo federal.
JC - E a distribuição dos royalties do petróleo, o que representaria para o Estado?
Professor Nado - O governo do Estado tem acompanhado, através da sua bancada, e verifica que esse é um dado que precisa que se busque poder ter igualdade. Aquele pressuposto que diz que a riqueza encontrada, que o petróleo encontrado é nosso como Estado brasileiro tem que ser considerado. Se é nosso, é também das suas unidades da federação. Então, deve-se ter uma equidade e vamos buscar isso através dos nossos deputados.
JC - O que ainda falta na relação governo do Estado e governo federal?
Professor Nado - A recuperação das estradas gaúchas. Se conseguirmos potencializar nosso sistema viário, já será uma transformação muito oportuna. Quanto ao metrô, já conseguimos tratar desse tema com desenvoltura junto ao governo federal e está avançando. Agora o prefeito de Porto Alegre (José Fortunati, PDT) teve uma iniciativa positiva com o apoio, do secretário estadual de Planejamento, João Motta (PT), em nome do governador e do presidente da Câmara, Marco Maia, para apresentar as reivindicações necessárias. Tivemos a sinalização de que teremos o metrô contemplado. Mas o escoamento da economia gaúcha passa por boas estradas. E essa é a nossa luta.
JC - E a segurança pública?
Professor Nado - "É outra questão que é recorrente, e quero reforçar, que é prioridade do governo Tarso. O Rio Grande do Sul historicamente foi sempre um Estado potencialmente seguro. Foi sempre desenvolvido economicamente, sempre teve índices elevados educacionais. Mas hoje vivemos uma situação um pouco diversa. Como grandes metrópoles, também a Grande Porto Alegre sofre com a violência. E o governador colocou no centro da sua campanha a questão da segurança com cidadania. E o governador está buscando recursos que estavam previstos para o Pronasci.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO