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Inovação

- Publicada em 14 de Março de 2011 às 00:00

FCC lança produto que substitui argamassa


FCC/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A ideia de achar um substituto para o cimento é antiga e, depois de muitos estudos e testes, a FCC lança na próxima semana um produto que promete atender a esse desafio. A Massa DunDun substitui a argamassa convencional na construção de paredes e oferece uma economia de até 50% no custo do assentamento de tijolos ou blocos.
A ideia de achar um substituto para o cimento é antiga e, depois de muitos estudos e testes, a FCC lança na próxima semana um produto que promete atender a esse desafio. A Massa DunDun substitui a argamassa convencional na construção de paredes e oferece uma economia de até 50% no custo do assentamento de tijolos ou blocos.
A empresa é gaúcha e fabrica sistemas de colagens e vedantes, compostos termoplásticos e resinas poliuretânicas. Redução dos custos, melhora na performance e maior durabilidade são apontadas como as principais vantagens da adoção desse produto. O lançamento está sendo feito em todo o País, em embalagens de 5kg e 15kg.
O produto tem ainda como característica o alto rendimento, pois precisa de menos de 10% da quantidade usada de argamassa convencional. Para cada metro quadrado de parede erguida são necessários entre 17 kg e 25kg de argamassa industrializada ou uma quantidade ainda maior de mistura cimento-cal-areia. Com o uso da massa DunDun, são consumidos apenas 1,5kg.
Isso se reflete também no cálculo estrutural da obra, resultando em uma alvenaria mais leve. Além disso, a promessa é que com o uso do produto as perdas sejam praticamente zeradas, na medida em que o processo de aplicação é mais eficiente e o material dura até 90 dias após aberta a embalagem.
O gerente de novos negócios da FCC, Marcelo Reichert, explica que a massa DunDun já vem pronta para ser usada. O modelo tradicional de argamassa, tanto o formado pela mistura de cimento, cal e areia quanto o industrializado, exige a mistura com água. Outras vantagens são a maior rapidez no término da obra e redução dos custos com mão de obra para executar o serviço.
Cálculos realizados pela empresa apontam que para construir 25 metros quadrados de parede, no modelo convencional, são necessários um pedreiro e dois assistentes, trabalhando um dia inteiro. “Com o novo produto, o trabalho pode ser feito em três horas, reunindo apenas um pedreiro e um assistente”, diz.
Reichert explica que o produto já recebeu todas as aprovações necessárias e está sendo utilizado no Estado e em outras regiões do País, como o Nordeste. Para comprovar a durabilidade, a empresa realizou dois tipos de testes com laboratórios independentes.
A performance foi comprovada através de duas avaliações, uma da resistência à compressão e outra da tração na flexão. Entre um tijolo e outro, a argamassa precisa suportar o peso e não rachar ao ser comprimida. Da mesma forma, foi considerada a reação da parede quando feita uma força perpendicular. “O nosso produto apresentou uma durabilidade maior que a da argamassa convencional”, comenta.
Alguns cuidados, porém, devem ser tomados no uso desse produto. Reichert explica que o DunDun substitui a argamassa, mas não é um equivalente desse insumo, então possui aplicações específicas. “Os ganhos são muito grandes, mas as orientações do rótulo devem ser observadas”, acrescenta. A massa é indicada para a construção de casas e de prédios menores. Prédios maiores exigem o uso de mais de um tipo de cimento em cada andar, para garantir a segurança estrutural.
Do ponto de vista do ambiente, as vantagens também são consideráveis. A produção da massa não emite nenhum gás na atmosfera, enquanto a fabricação de cada tonelada de cimento é responsável por 5% de toda a emissão de CO2 pelo homem na natureza. No ano passado, foram consumidos cerca de 3 bilhões de toneladas de cimento no mundo. O Brasil consumiu mais de 50 milhões de toneladas.
A fabricação do cimento libera ainda monóxido de carbono (CO), óxido nítrico (NO), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2) e compostos orgânicos voláteis, todos prejudiciais ao meio ambiente. O passivo ambiental da DunDun se limita ao consumo de energia elétrica dos equipamentos utilizados na sua produção, que ainda assim é considerado baixo.
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