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Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2011 às 00:00

Deus do Cristãos


Jornal do Comércio
Na década de 70, do século XX, um cientista norte-americano veio a Porto Alegre falar sobre o “Princípio Organizador do Universo”. Foi perguntado se este princípio não poderia ser chamado de Deus? Ele respondeu que não. E explicou que por “Deus”, as religiões entendem um “ser de proporções gigantescas, sentado impassivelmente num trono”. Terá tido diante de si a imagem de um Buda! Diante desta definição até eu me professaria ateu. Este tipo de Deus ninguém não conseguiria admitir. Os primeiros cristãos eram acusados de ateus em Roma pelo fato de não aceitarem a divindade dos ídolos pagãos e do Imperador.
Na década de 70, do século XX, um cientista norte-americano veio a Porto Alegre falar sobre o “Princípio Organizador do Universo”. Foi perguntado se este princípio não poderia ser chamado de Deus? Ele respondeu que não. E explicou que por “Deus”, as religiões entendem um “ser de proporções gigantescas, sentado impassivelmente num trono”. Terá tido diante de si a imagem de um Buda! Diante desta definição até eu me professaria ateu. Este tipo de Deus ninguém não conseguiria admitir. Os primeiros cristãos eram acusados de ateus em Roma pelo fato de não aceitarem a divindade dos ídolos pagãos e do Imperador.
Se, pois, queremos conhece a Deus não vamos recorrer aos ateus, cuja ideia de Deus é extremamente frágil. Tentam refutar um “Deus” em quem ninguém crê, porque o conceberam de modo totalmente inadequado. E todos, de sã razão, admitirão que “neste Deus” é impossível crer. Trata-se de uma discussão acerca da ideia e não da realidade. Ora a verdade é exatamente a adequação de nossa ideia à realidade, que envolve essência e existência. Para conhecer verdadeiramente precisamos recorrer àqueles que, de fato, o encontraram. Quem não o encontrou, ou seja, quem não crê em Deus não tem nada a dizer sobre Ele. Mas são inúmeros os que creem e dão testemunho de sua fé. São comoventes estes testemunhos. Trata-se mais da expressão da vida que de simples ideias. S. João chega a garantir que só quem ama conhece Deus, e quem não ama não conhece Deus, porque Ele é Amor. Em outras palavras, Deus não se expressa por ideias. Trata-se de uma vivência. É como a vida, como a convivência.
O mesmo se diga a respeito de Jesus Cristo. Ele dá testemunho de Deus. Nenhum homem levou tanta gente a Deus como Ele. Para conhecê-lo não recorremos aos que não o conheceram, e muito menos aos que não o amam; nem ao Talmud, nem aos apócrifos. Houve quem viu seu rosto e o desenhou diante de nossos olhos, como afirma Paulo; como o fazem os Evangelhos e como continua, ao longo de toda a História cristã, o testemunho dos santos. Nele vemos o rosto humano de Deus e, ao mesmo tempo, o rosto divino do homem. Nele temos vida e esta vida é a luz dos homens.
Temos quatro grandes desafios da vida. Traduzem-se em quatro acolhidas, que envolvem conhecimento, amor e sentimentos. Primeiro vem a relação consigo mesmo; seguindo a relação com o mundo; terceiro a relação com os outros e quarto a relação com Deus. Viver sem estas quatro acolhidas, que são desafiadas pelas respectivas rejeições, frutifica; no primeiro caso pela falta de auto-estima, que pode levar ao suicídio; no segundo caso pela alienação, em um idealismo acosmístico; no terceiro caso pela misantropia, com o afastamento ou ignorância dos outros; e no quarto caso pelo o ateísmo, respectivamente sem consciência de si mesmo, sem relacionamento com o mundo, sem convivência com os outros e sem fé em Deus. Assim ninguém consegue viver.
O louvor e a adoração que tributamos a Deus não beneficia a Ele que, por definição, é perfeito, infinito e eterno. Nem o pecado, ou a blasfêmia o atingem pessoalmente. É sempre o homem que necessita dele para acolher seu passado, viver seu presente e projetar seu futuro. Quem examina as orações, especialmente os Salmos, percebe como eles retratam situações humanas, que adquirem sentido pela referência a Deus. É mais fácil e lógico prescindir e até negar o mundo material – como fazem os idealistas, especialmente os acosmísticos – que prescindir de Deus. Sem esta fé não se consegue levar uma vida humana digna deste nome. Quem crê nunca está sozinho.
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