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Memória

- Publicada em 28 de Janeiro de 2011 às 00:00

Na Capital, Dilma lembra as vítimas do Holocausto


GILMAR LUÍS/JC
Jornal do Comércio
Já não é mais novidade a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, estar em Porto Alegre. Gaúcha por adoção, ela costuma vir com frequência à cidade, onde passa boa parte do seu tempo na companhia da filha. A passagem da presidente pela Capital nesta quinta-feira, porém, teve um ingrediente especial: foi a primeira visita oficial dela a cidade como mandatária principal do País.
Já não é mais novidade a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, estar em Porto Alegre. Gaúcha por adoção, ela costuma vir com frequência à cidade, onde passa boa parte do seu tempo na companhia da filha. A passagem da presidente pela Capital nesta quinta-feira, porém, teve um ingrediente especial: foi a primeira visita oficial dela a cidade como mandatária principal do País.
A presidente prestigiou a cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, data definida pela Organização das Nações Unidas (ONU). A atividade, promovida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), em parceria com a Federação Israelita do Rio Grande do Sul, foi realizada no Palácio do Ministério Público Estadual, no Centro da cidade.
O encontro teve como um dos pontos altos o acendimento de seis velas, em lembrança às seis milhões de vítimas do Holocausto. Uma das velas foi acesa por três sobreviventes do genocídio: Bem Abraham, Max Schanzer e Herta Spier.
A homenagem, instituída há seis anos pela Assembléia Geral das Nações Unidas, marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1945. A ONU, em resolução apoiada pelo Brasil, pede aos países-membros que elaborem programas de educação sobre o Holocausto e "condena sem reservas todas as manifestações de intolerância religiosa, de incentivo ao ódio, de perseguição ou de violência contra pessoas ou comunidades por causas étnicas ou religiosas e rejeita qualquer negação do Holocausto como fato histórico".
A presidente, que acendeu a última das velas, reafirmou a posição do Brasil de repúdio às discriminações e aos atos de violência praticados contra um povo determinado. "Foram vítimas porque eram consideradas inferiores. Lembramos hoje uma das mais lamentáveis violências praticados pelo homem contra o homem. O uso da força e o emprego da dor para a desumanização das vítimas", enfatizou Dilma.
Conforme a presidente, a partir do Holocausto teve início a prática da "violência industrializada" e da "tortura científica". "O dever da memória não pode ser confundido com a banalidade da lembrança. A memória é uma arma para impedir a repetição da barbárie", afirmou a mandatária.
O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, alertou para as práticas antissemitas que são feitas sem alarde, de modo silencioso. "Muitos imaginam que as perseguições são sempre ostensivas. O que nos preocupa são as silenciosas, envoltas em sentido discriminatório não aparente, mas perversas e cruéis", ressaltou. A Conib é o órgão de representação da comunidade judaica brasileira, composta por cerca de 120 mil pessoas.
É realizada uma alternância entre cidades brasileiras para receber a cerimônia, que em anos anteriores ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Holocausto, palavra de origem grega que significa sacrifício pelo fogo, é o nome dado à perseguição e ao extermínio sistemático, apoiado pelo governo nazista de Adolf Hitler, de cerca de seis milhões de judeus, durante a Segunda Guerra Mundial, conflito que ocorreu entre 1939 e 1945.
A solenidade contou com a presença da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do governador do Estado, Tarso Genro. Além deles, compareceram à atividade o governador da Bahia, Jaques Wagner; o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; e o embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher.

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