Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Editorial

- Publicada em 21 de Dezembro de 2010 às 00:00

Mercosul continua uma quimera a ser completada


Jornal do Comércio
O Mercado Comum do Sul, Mercosul, tem se mostrado, ao longo dos anos, mais uma frente contra os Estados Unidos do que uma associação para integrar, na área comercial, tecnológica e de circulação de pessoas os seis países-membros. Pois na sua última representação internacional como presidente, o presidente Lula voltou aos seus tempos de sindicalista e atacou tanto os Estados Unidos (EUA) quanto a União Europeia (UE). Os anos passam e o Mercosul não consegue assinar acordos que livrem das amarras os seus países-membros. Pior do que isso, aos poucos voltou o protecionismo do nosso maior parceiro comercial do bloco, a Argentina, e produtos brasileiros são proibidos de entrar no vizinho país. Luiz Inácio Lula da Silva considera normais as divergências comerciais entre Brasil e Argentina. Ele se refere a mais uma discussão entre os dois países, desta vez na área têxtil. Empresários argentinos acusam os brasileiros de vender toalhas abaixo do preço de custo para desbancar os concorrentes, e já discutem uma sobretaxa para a entrada do produto. “Divergências fazem parte do processo democrático”, declarou o presidente. “O Mercosul não é um encontro de freiras. É um encontro de chefes de Estado, de países soberanos, que sempre vão ter divergências. Sempre haverá um país com interesses diferentes do outro, não tentando prejudicar o outro, mas defendendo a sua soberania e o seu interesse de desenvolver o seu País”, afirmou Lula.
O Mercado Comum do Sul, Mercosul, tem se mostrado, ao longo dos anos, mais uma frente contra os Estados Unidos do que uma associação para integrar, na área comercial, tecnológica e de circulação de pessoas os seis países-membros. Pois na sua última representação internacional como presidente, o presidente Lula voltou aos seus tempos de sindicalista e atacou tanto os Estados Unidos (EUA) quanto a União Europeia (UE). Os anos passam e o Mercosul não consegue assinar acordos que livrem das amarras os seus países-membros. Pior do que isso, aos poucos voltou o protecionismo do nosso maior parceiro comercial do bloco, a Argentina, e produtos brasileiros são proibidos de entrar no vizinho país. Luiz Inácio Lula da Silva considera normais as divergências comerciais entre Brasil e Argentina. Ele se refere a mais uma discussão entre os dois países, desta vez na área têxtil. Empresários argentinos acusam os brasileiros de vender toalhas abaixo do preço de custo para desbancar os concorrentes, e já discutem uma sobretaxa para a entrada do produto. “Divergências fazem parte do processo democrático”, declarou o presidente. “O Mercosul não é um encontro de freiras. É um encontro de chefes de Estado, de países soberanos, que sempre vão ter divergências. Sempre haverá um país com interesses diferentes do outro, não tentando prejudicar o outro, mas defendendo a sua soberania e o seu interesse de desenvolver o seu País”, afirmou Lula.
Lula tem um admirador incondicional em Buenos Aires, pois “O Brasil possui uma visão estratégica. Há anos que estou dizendo ‘olhemos o Brasil’, desde antes que Lula chegasse ao poder. Vamos copiá-los. Eles não são ‘pelotudos’ - equivalente a imbecil). Nós somos ‘pelotudos’”. A frase de elogio ao Brasil como modelo a ser imitado - e de dura crítica à Argentina - foi pronunciada pelo ex-presidente provisório Eduardo Duhalde, entre 2002 e 2003. Lula defendeu a liderança brasileira como a compreensão de que a paz nesta parte do mundo não tem preço”, disse o presidente em Foz do Iguaçu, no Paraná, na 40ª Cúpula do Mercosul. Lula criticou a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que abrange 34 países da região e foi reprovada pelo PT à época de sua criação. Para ele, com a proposta da Alca, os Estados Unidos não queriam fazer um acordo com a América do Sul, e sim com o Brasil, que é a maior economia sul-americana. “Ainda falta muito. Não conquistamos tudo, eu sei que ainda tem muitas críticas, mas é importante saber onde a gente estava e aonde a gente chegou. Dilma Rousseff vai ser igual ou melhor do que qualquer um de nós aqui, porque ela tem na sua origem um sonho de conquista da democracia”, prometeu Lula. Mas houve algumas decisões. Tímidas, de longo prazo, mas que podem ajudar na integração. Entre elas está a adoção de uma placa comum para veículos de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e a criação do cargo de alto-representante do Mercosul. Também foi aprovado acordo que permite a prisão de pessoas procuradas pela Justiça nos territórios dos quatro países. Os chanceleres assinaram pré-acordos com a Síria e com a Autoridade Nacional Palestina, que podem levar à criação de zonas de livre comércio entre estes países e o Mercosul. Enfim, mais uma sessão de discursos, uma “cimeira” (cúpula) bem ao estilo latino-americano. Soluções? Pouco mais do que nada.
Editorial
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO