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Opinião

Editorial

- Publicada em 05 de Novembro de 2010 às 00:00

A arriscada estratégia do Federal Reserve dos EUA


Jornal do Comércio
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que o presidente Lula da Silva deverá expor na reunião do Grupo dos 20 (G-20) em Seul, na próxima semana, suas preocupações com a disputa cambial que ocorre hoje no planeta. Todos esperavam a decisão do governo dos Estados Unidos (EUA) de emitir mais US$ 600 bilhões a fim de tentar reanimar a economia daquele país. Segundo Meirelles, a decisão do banco central norte-americano levou o dólar a ceder bastante no exterior. “Vamos aguardar um pouco o desenvolvimento. Essa é uma questão do mundo todo”, ressaltou. “Em resumo: o Brasil tomou medidas certas, na hora certa. Estamos tranquilos aguardando o desenrolar da situação”, disse. “Quando se trabalha com o regime de metas de inflação não se pode ter uma meta de juros, inclusive porque existem os ciclos monetários, independente do país, todos os países têm”, comentou. Enquanto não chega a reunião do G-20, cada país trata de se resguardar contra a guerra cambial. A China mantém artificialmente desvalorizada a sua moeda e, com isso, além da competitividade dos seus produtos, facilita as compras lá, enquanto dificulta as importações. O problema é tão grave que a desindustrialização chegou ao Brasil. Sendo mais fácil e barato importar da China, por que fabricar aqui? O efeito correlato que nenhum antibiótico econômico combate é o desemprego e o atraso, na razão inversa do avanço do dragão chinês. Entidades empresariais alertaram para o problema que está sendo ampliado, com a menor participação dos fabricantes nacionais no mercado interno.
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que o presidente Lula da Silva deverá expor na reunião do Grupo dos 20 (G-20) em Seul, na próxima semana, suas preocupações com a disputa cambial que ocorre hoje no planeta. Todos esperavam a decisão do governo dos Estados Unidos (EUA) de emitir mais US$ 600 bilhões a fim de tentar reanimar a economia daquele país. Segundo Meirelles, a decisão do banco central norte-americano levou o dólar a ceder bastante no exterior. “Vamos aguardar um pouco o desenvolvimento. Essa é uma questão do mundo todo”, ressaltou. “Em resumo: o Brasil tomou medidas certas, na hora certa. Estamos tranquilos aguardando o desenrolar da situação”, disse. “Quando se trabalha com o regime de metas de inflação não se pode ter uma meta de juros, inclusive porque existem os ciclos monetários, independente do país, todos os países têm”, comentou. Enquanto não chega a reunião do G-20, cada país trata de se resguardar contra a guerra cambial. A China mantém artificialmente desvalorizada a sua moeda e, com isso, além da competitividade dos seus produtos, facilita as compras lá, enquanto dificulta as importações. O problema é tão grave que a desindustrialização chegou ao Brasil. Sendo mais fácil e barato importar da China, por que fabricar aqui? O efeito correlato que nenhum antibiótico econômico combate é o desemprego e o atraso, na razão inversa do avanço do dragão chinês. Entidades empresariais alertaram para o problema que está sendo ampliado, com a menor participação dos fabricantes nacionais no mercado interno.
Pesquisa apontou que o Fed deverá comprar cerca de US$ 600 bilhões de bônus do Tesouro dos EUA por trimestre e prosseguir até meados de 2011. A intenção do Fed é elevar os preços dos bônus de longo prazo, o que, em troca, reduzirá as taxas de juros de longo prazo. Com isso o banco central espera estimular mais investimentos e gastos e acelerar a recuperação econômica dos EUA. No entanto, as autoridades querem evitar o estilo “choque e medo” usado durante a crise em favor de uma abordagem que permita que eles ajustem a política conforme a recuperação se desenrolar. Embora os detalhes do plano ainda não tenham sido definidos, as linhas gerais vêm tomando forma. O Fed poderá deixar aberta a possibilidade de mais compras de bônus no futuro, particularmente se as projeções para a inflação forem de que ela permanecerá abaixo de 2% e as perspectivas para o desemprego sejam de continuação das altas taxas, que atualmente são as expectativas de muitas autoridades do Fed. Por outro lado, o Fed poderá suspender o programa se a economia ou a inflação voltarem a se fortalecer.
Mas os preços das commodities também estão aumentando, o que pode provocar mais inflação do que o pretendido pelo Fed. Ao mesmo tempo, o dólar caiu quase 10% diante do euro, o que ajuda os exportadores dos EUA, mas cria tensões com seus parceiros comerciais. Então, na questão cambial, temos um autêntico salve-se quem puder. Em Seul, o presidente Lula, levando a tiracolo a presidente eleita Dilma Rousseff, fará o seu canto de cisne no cenário internacional. Por isso mesmo, é capaz de engrossar nas reclamações contra a China e os Estados Unidos que mantêm a sua guerra cambial.
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