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Desenvolvimento

- Publicada em 18 de Outubro de 2010 às 00:00

Estado aguarda anúncio da fábrica de caminhões da NC2 Global


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
Negociações paralisadas entre governo gaúcho e representantes da associação da Navistar e Caterpillar, que deu origem a NC2 Global, podem ter deixado distante a instalação de uma fábrica de caminhões no Estado. O último capítulo da novela deve vir com o anúncio, nesta quarta-feira, dos planos para o Brasil previstos pela direção mundial da joint venture. A assessoria de comunicação da Global não confirmou se a definição do endereço da futura planta, investimento anunciado no começo do ano, estará no roteiro do evento para a imprensa, quando será oficializada a associação no País. Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), as tratativas com a companhia cessaram no começo deste ano. 
Negociações paralisadas entre governo gaúcho e representantes da associação da Navistar e Caterpillar, que deu origem a NC2 Global, podem ter deixado distante a instalação de uma fábrica de caminhões no Estado. O último capítulo da novela deve vir com o anúncio, nesta quarta-feira, dos planos para o Brasil previstos pela direção mundial da joint venture. A assessoria de comunicação da Global não confirmou se a definição do endereço da futura planta, investimento anunciado no começo do ano, estará no roteiro do evento para a imprensa, quando será oficializada a associação no País. Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), as tratativas com a companhia cessaram no começo deste ano. 
No Estado, as expectativas se dividem, entre a perda do negócio e uma chance, mesmo que remota, de que a fábrica possa ser implantada no Sul. Hoje os estados de Minas Gerais e São Paulo seriam os concorrentes mais fortes. O empreendimento, cuja produção deve começar em dois anos, ganha força neste momento devido ao aquecimento do mercado de venda de caminhões no Brasil. A Fenabrave registra alta de 51,34% nos emplacamentos de unidades entre Janeiro e setembro deste ano, frente ao mesmo período de 2009. A NC2 Global deve competir com líderes como Volkswagen, 30% das vendas, e Mercedes Benz, com 24,3%.
O titular da Sedai, Josué Barbosa, confessa uma ponta de esperança sobre as chances gaúchas. Para Barbosa, o evento, que deve trazer o presidente mundial da NC2, Al Saltiel, pode não contemplar a escolha da sede da primeira fábrica da joint venture. Na semana passada, o secretário estadual fez contato com representantes da parceria, ante notícias de que a sede da unidade deve ser revelada e que não seria o Estado, e não obteve informação. A última conversa entre interlocutores da associação e governo gaúcho ocorreu no começo do ano, depois de sequência de dez encontros, segundo Barbosa. “Mas continuo absolutamente convicto de que estamos no páreo.”
No Rio Grande do Sul, Guaíba, que busca preencher espaços que ainda restam no agora Distrito Industrial criado na antiga área destinada à montadora da Ford (que desistiu da planta em 1999), seria a candidata mais forte. Também Caxias do Sul e Rio Grande teriam sido cogitadas. A cidade serrana, segundo polo metalmecânico do Estado, é sede hoje da única operação da Navistar, que ocupa instalações da Agrale para montar partes de componentes para exportação.
“Fomos até onde podíamos nas vantagens fiscais”, completa Barbosa, que aponta condições contratadas pela General Motors para sua planta de automóveis, que incluem adiamento de dez anos para recolher o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com pagamento por 12 anos, livre de correção monetária e com juros muito baixos. O modelo será replicado na nova expansão da unidade de Gravataí, com investimento de R$ 1,4 bilhão. O formato teria de ter aval da Assembleia Legislativa, caso fosse estendido à Global. Para Barbosa, a existência de um polo automotivo local seria argumento de fôlego em favor do Estado.
diretor da Associação das Indústrias de Máquinas e Equipamentos no Rio Grande do Sul (Abimaq-RS), Hernane Cauduro, informa que a entidade se reuniu com dois representantes da joint venture há seis meses, na sede da associação na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). Um deles era um executivo americano do grupo. Os interlocutores, que pediram sigilo sobre a conversa, confirmaram que o Rio Grande do Sul era uma das opções para a implantação da unidade, que deve operar a partir de 2012, com modelos de grande potência, acima de 400 cavalos de potência, e com aplicação de R$ 600 milhões. Segundo Cauduro, na época, eles colocaram que a definição dependia de acerto sobre benefícios fiscais. O dirigente da Abimaq-RS admite que o Estado tem sido o menos agressivo nesses atrativos, comparado com paulistas e mineiros. “Se o anúncio for feito esta semana, possivelmente o escolhido será outro lugar, não aqui”, frustra-se Cauduro, basendo-se na interrupção das negociações.
O dirigente ainda se agarra a potenciais vantagens locais, como existência de operação da Navistar em Caxias do Sul, mão de obra qualificada e relação com fornecedores. Um deles é a fábrica de motores MWM, em Canoas. Em Guaíba, o ambiente mistura decepção e busca de outras alternativas. A área da antiga Ford tem cinco empresas confirmadas, além do centro de distribuição da Toyota. Restam 600 hectares para instalar negócios.
O chefe de Gabinete do prefeito Henrique Tavares, Carlos Alberto Scalco, diz que duas empresas fabricantes de elevadores sediadas no município que devem se mudar e ampliar produção no distrito, uma delas confirmada é a GT Tech. “Se a Navistar não vier, outros virão”, garante Scalco. Na última quinta-feira, novo alento após encontro de prefeitos com o futuro governador Tarso Genro. O chefe de gabinete diz que o governador eleito assegurou que cumprirá as condições aos investimentos anunciados pelo atual governo, que inclui unidades da Terex Corporation, Vipal, Andrita Supply, Gaya Serviços Florestais, International PET e Renobrax.
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