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Partidos

- Publicada em 14 de Outubro de 2010 às 00:00

Debate sobre apoio a gestão de Tarso Genro causa racha no PP


GEANCARLA DE AGUIAR/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A reunião da executiva estadual do PP ontem que confirmou o apoio ao presidenciável José Serra (PSDB) no segundo turno evidenciou um racha do partido em outra questão: a possibilidade de integrar a futura gestão de Tarso Genro (PT) no Estado.
A reunião da executiva estadual do PP ontem que confirmou o apoio ao presidenciável José Serra (PSDB) no segundo turno evidenciou um racha do partido em outra questão: a possibilidade de integrar a futura gestão de Tarso Genro (PT) no Estado.
Apesar de não figurar oficialmente na pauta do encontro, o assunto gerou discussões entre os progressistas. Desde que foi aclamado pelas urnas, o petista tem manifestado interesse em compor com o PP, além de PTB e PDT. Hoje, o presidente do PP gaúcho, Pedro Bertolucci, deve se encontrar com Tarso para iniciar as conversações.
O deputado estadual reeleito Mano Changes avalia que o apoio a Serra pode dificultar o entendimento estadual. "Aclamar essa posição não será bom para o diálogo com a futura gestão no Estado, onde podemos ocupar espaços", declarou, sob protestos dos colegas da partido.
Mano, que almeja se colocar como interlocutor nas negociações com Tarso, fez críticas à coligação feita com o PSDB no Estado. "Nenhum acordo com eles foi cumprido", reclamou, referindo-se à falta de estrutura oferecida aos candidatos proporcionais e ao tímido apoio dado à senadora eleita Ana Amélia Lemos - que não compareceu à reunião por estar em Brasília.
O parlamentar também irritou os partidários ao afirmar que acredita na reeleição de Tarso e avalia que sua opinião é coerente com a posição nacional do PP - que está na base do governo Lula (PT).
"Já temos um governador eleito do PT. Se pudermos eleger uma presidente do mesmo partido, será melhor para o Rio Grande", considerou, emendando que a governabilidade está acima de questões partidárias.
Ao contrário dele, o ex-presidente da juventude estadual do PP e candidato a deputado Marcel van Hattem, conclamou a sigla a assumir uma identidade. "Somos a favor das liberdades, por isso iremos com Serra. Quem é contra vai para a imprensa, ganha nome e sobrenome, e desmoraliza o partido", incitou, referindo-se de forma velada à vice-prefeita de Canoas, Beth Colombo - que está coligada com o prefeito petista Jairo Jorge e abriu voto para Dilma e Tarso já no primeiro turno.
"O que decidimos foi manter a coerência com o que foi defendido no primeiro turno. Minha coerência é Dilma presidente e Tarso governador", declarou Beth em entrevista após o encontro. Durante a reunião, a progressista não se manifestou em respeito aos colegas, mas garantiu que fará forte campanha para que o PP integre a gestão petista no Estado.
Outro destoante da decisão regional, o prefeito de São Jerônimo e vice-presidente do partido, Marcelo Schreinert, acredita que as inclinações ideológicas não são obstáculos para a composição com os petistas. "Queremos romper com esse paradigma de que PP e PT não podem se coligar aqui no Rio Grande."
Schreinert avalia que sua posição não é isolada no Interior. "Sinto que muitos outros prefeitos têm o mesmo sentimento", projetou.
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