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infraestrutura

- Publicada em 08 de Setembro de 2010 às 00:00

Infraero reativa antigo terminal do aeroporto Salgado Filho


João Mattos/JC
Jornal do Comércio
O fluxo crescente de passageiros fez a Infraero antecipar cronogramas para retomar voos regulares no antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho. A estrutura, desativada para esta operação há dez anos e que hoje é usada ocasionalmente por aeronaves executivas, aumentará em 30% a capacidade de pousos e descolagens simultâneos no complexo aeroportuário. Já a tão aguardada ampliação da pista ganhou novo rumo: a estatal que administra os terminais no País decidiu que o Exército executará a obra. O convênio com este propósito deve ser firmado até outubro, conforme o superintendente do Salgado Filho, Jorge Herdina.
O fluxo crescente de passageiros fez a Infraero antecipar cronogramas para retomar voos regulares no antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho. A estrutura, desativada para esta operação há dez anos e que hoje é usada ocasionalmente por aeronaves executivas, aumentará em 30% a capacidade de pousos e descolagens simultâneos no complexo aeroportuário. Já a tão aguardada ampliação da pista ganhou novo rumo: a estatal que administra os terminais no País decidiu que o Exército executará a obra. O convênio com este propósito deve ser firmado até outubro, conforme o superintendente do Salgado Filho, Jorge Herdina.
O aumento da capacidade e a melhoria na operação - a nova extensão da pista permitirá voos diretos sem escalas para a Europa e Estados Unidos, por exemplo -, são vitais para assegurar condições de transporte para a Copa do Mundo de 2014, que terá uma das sedes em Porto Alegre. O superintendente informou que a preparação para dotar o antigo terminal com equipamentos e espaços adequados a passageiros já está em curso. O investimento será de R$ 2 milhões.
No saguão do antigo terminal, as movimentações das obras de preparação já são visíveis. Serão instalados 20 balcões de ckeck in e dois conjuntos de raio-X para processamento de passageiros. Salas de embarque e desembarque serão ampliadas e a esteira de bagagem sofrerá reforma. Para a reativação, o superintendente explica que itens obrigatórios serão assegurados, que incluem ainda banheiros com acessibilidade e área de táxis e terminal de ônibus. Está em estudo o dimensionamento de funcionários da Infraero e equipes de apoio. A estatal dispõe de banco de concursados para suprir a necessidade.
As conversações com as empresas aéreas que podem se interessar pela nova opção estão aceleradas. O apelo de dezembro, que marca uma das temporadas de maior movimento no setor, também é uma carta na manga. "A decisão é de ter que garantir a operação em dezembro. Não tenho dúvida de que isso ocorrerá", reforça Herdina, que enaltece o clima de nostalgia na volta do antigo terminal. A ativação ganhou maior relevância com o fluxo recorde de agosto. Dados preliminares registram mais de 600 mil pessoas transportadas. Com isso, a expectativa de fluxo para 2010 de 6,5 milhões pode ser superada.
A antiga estrutura é dotada de pátio com nove posições para aeronaves. A intenção é disponibilizar sete. O atual terminal, inaugurado há dez anos, tem 21 posições. Por isso, a capacidade aumenta em 30%. O potencial de voos quem ditará é o mercado, condiciona Herdina. Mas a direção do Salgado Filho é otimista e projeta em 1 milhão de passageiros por ano. Segundo o executivo, a nova alternativa deverá ser um recurso para ampliar a oferta nos horários mais disputados, e com maior preço, entre 6h e 8h.
Já no atual terminal, a direção faz ajustes finais para a contratação da instalação do chamado Módulo Operacional Provisório (MOP), que agregará o dobro dos atuais balcões de check in, alcançando 60 posições, disponibilizará nova sala de embarque e mais canais de verificação (raio-X). O MOP deve ser implantado até a metade de 2011.
A estrutura, que já foi chamada de "puxadinho" por um diretor da Azul Linhas Aéreas, será mantida enquanto não estiver pronta a ampliação do terminal, orçada em R$ 345 milhões e incluída em julho no rol de prioridades para a Copa de 2014. Em três anos, deverá ser executada a primeira fase, elevando para 8,5 milhões a capacidade de fluxo de pessoas por ano.
A meta final é de 12 milhões de passageiros. Outra frente de obras é o complexo logístico, com terminal de cargas e novo pátio, em contratação. O Salgado Filho ganhará ainda novo edifício garagem e a pista atual também está em obras.

Exército vai realizar obra de ampliação da pista para reduzir custos e assegurar cronograma

A opção pela ampliação da pista utilizando recursos de engenharia e construção domésticos, já que a área militar integra a União, cumpre duas finalidades, segundo o superintendente do Salgado Filho, Jorge Herdina: reduzir custos e assegurar cronogramas. O orçamento, caso a via fosse empreiteira privada, era previsto em R$ 188 milhões. Quanto ao novo valor do projeto, Herdina informa não conhecer detalhes. "A contratação e toda negociação são feitas pela Infraero", justifica.
Segundo o superintendente, a complexidade da obra também pesou na escolha. Ele foi comunicado da decisão pela estatal no começo de agosto e garante que o prazo para largada na execução se mantém entre outubro e novembro deste ano. Herdina cita que a solução militar não será privilégio de Porto Alegre. Ela vem sendo usada em outros terminais. A alternativa seria uma prevenção ainda a riscos de atrasos na conclusão da licitação.
A meta é concluir a extensão, que será elevada dos atuais 2.280 metros para 3.190 metros, em final de 2012. "Teremos depois alguns meses antes da Copa das Confederações, na metade de 2013, para homologar equipamentos e o novo status para pouso e decolagens de aeronaves de maior porte", projeta Herdina. O upgrade da pista possibilitará a instalação de instrumentos que permitirão pousos com visibilidade menor - hoje um dos maiores gargalos do Salgado Filho. Nevoeiros frequentes provocam cancelamento e adiamentos de voos principalmente na largada da manhã, justamente os horários mais cobiçados pela companhias.
O início da obra depende ainda do cumprimento pela prefeitura da Capital da remoção de 204 famílias da vila Dique, situadas na área onde ocorrerá a expansão e que terá as primeiras medidas de preparação do terreno. O prazo é setembro. O governo estadual comandará ainda as desapropriações de residências do Jardim Floresta e de terrenos industriais, avaliadas em R$ 60 milhões e com recursos já reservados pela Infraero, situadas nas mediações da Avenida Severo Dullius e destinadas ao novo complexo de cargas.

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