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- Publicada em 12 de Agosto de 2010 às 00:00

Crusoe Foods abrirá em Rio Grande uma indústria de pescados


HYPE FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Dona de um faturamento de € 381 milhões no segmento de pescados industrializados, a espanhola Jealsa-Rianxeira chega ao Brasil por sua controlada Crusoe Foods. As operações, inicialmente, serão concentradas em Rio Grande na planta da Leal Santos adquirida há cerca de 10 anos por familiares dos fundadores da Jealsa. Hoje, a unidade gaúcha pesca atum, eviscera, congela, processa e distribui, porém não embala o pescado. Com a parceria, a empresa, além de enlatar o produto, passará a processar também sardinha.

Dona de um faturamento de € 381 milhões no segmento de pescados industrializados, a espanhola Jealsa-Rianxeira chega ao Brasil por sua controlada Crusoe Foods. As operações, inicialmente, serão concentradas em Rio Grande na planta da Leal Santos adquirida há cerca de 10 anos por familiares dos fundadores da Jealsa. Hoje, a unidade gaúcha pesca atum, eviscera, congela, processa e distribui, porém não embala o pescado. Com a parceria, a empresa, além de enlatar o produto, passará a processar também sardinha.

O investimento, que será direcionado principalmente a maquinários, está estimado em cerca de € 1 milhão. As melhorias deverão ser concluídas até o final do ano para adequar a capacidade da planta ao processamento de até 10 mil toneladas ao ano. O diretor-geral da Crusoe Foods, Sidnei Rosa, adianta que a estrutura poderá ser ampliada no futuro, se o mercado estiver aquecido.

O diretor-geral da Jealsa-Rianxeira, Jesús Alonso, destaca que a motivação de entrar no Brasil deve-se ao fato de o País possuir uma economia em desenvolvimento, com um mercado interno com grande potencial de crescimento. Conforme dados apresentados pela empresa, o mercado de pescados em conserva no Brasil, em 2009, faturou aproximadamente R$ 1 bilhão. Isto, considerando a venda de sardinhas e atuns. A meta do grupo é conquistar, em dois anos, 5% de market share. A empresa pretende atuar com produção local e importação.

No ano passado, no Brasil, foram comercializadas em torno de 60 mil toneladas de sardinha e 17 mil toneladas de atum. A região Sul é responsável pela movimentação de 15% do volume de atum consumido no Brasil e por 16% do volume de sardinha. Rosa afirma que esse mercado tem um incremento médio de 12% ao ano. Ele acrescenta que há uma oportunidade a ser aproveitada nesse segmento e para isso é preciso disponibilizar oferta, implementar um sistema de distribuição adequado e difundir os benefícios dos produtos ao consumidor.

"O mercado está carente de oferta de produtos enlatados", aponta o executivo. Atualmente, lembra Rosa, o mercado nacional está concentrado em três companhias (Gomes da Costa, Coqueiro e Femepe), que absorvem em torno de 80% da demanda.

Depois de investir na operação gaúcha, o grupo deve encaminhar a implantação de uma nova unidade no País. Ainda está em estudo onde será instalada a nova unidade. Rio de Janeiro e Itajaí são duas localidades avaliadas. Contudo, a proximidade da cidade catarinense com a planta de Rio Grande pode não ser interessante do ponto de vista da logística de distribuição. O Nordeste, por ser um mercado consumidor em expansão, é outra possibilidade. A nova unidade deve absorver um investimento de cerca de € 20 milhões.

Em uma primeira etapa, a Crusoe Foods trabalhará com as seguintes linhas de produtos: atum sólido e ralado e sardinhas (com molho de tomate ou óleo). Esses produtos deverão chegar ao consumidor final, com a marca Robinson Crusoe, até o início do próximo mês. Logo em seguida, serão lançados produtos como atum em cubos, salmão em pedaços, patês, mexilhões em conserva e caranguejo. A companhia também trabalhará com a linha norte-americana para saladas Fresh Gourmet, cuja distribuição na Europa e América Latina é feita pelo grupo Jealsa. Os produtos serão distribuídos no varejo, mas também em restaurantes, hotéis, entre outros.

No que diz respeito à produção mundial, a Jealsa-Rianxeira atingiu no ano passado em torno de 30 mil toneladas de produtos relacionados à pesca. A empresa espera um crescimento de 15% para 2010.

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