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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 15 de Junho de 2010 às 00:00

Produtor de trigo gaúcho luta por preço para evitar desestímulo


Emater-RS/Divulgação/JC
Jornal do Comércio
Os triticultores gaúchos aguardam para os próximos dias uma nova reunião com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para que seja estabelecido o preço mínimo para o cereal, cujas lavouras avançam no Estado. A preocupação do setor se deve ao fato de que há poucos dias o Ministério da Fazenda sugeriu a redução desses valores, iniciativa que pode trazer sérios prejuízos para o setor. "O produtor já está desestimulado, em função dos preços baixos e da dificuldade de comercialização do trigo. Caso baixe o preço em 10% como solicitado, a situação se agravará", disse o presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.

Os triticultores gaúchos aguardam para os próximos dias uma nova reunião com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para que seja estabelecido o preço mínimo para o cereal, cujas lavouras avançam no Estado. A preocupação do setor se deve ao fato de que há poucos dias o Ministério da Fazenda sugeriu a redução desses valores, iniciativa que pode trazer sérios prejuízos para o setor. "O produtor já está desestimulado, em função dos preços baixos e da dificuldade de comercialização do trigo. Caso baixe o preço em 10% como solicitado, a situação se agravará", disse o presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.

Na opinião do dirigente, se a redução dos valores estabelecidos pelo governo for efetivada, a tendência é de que se confirme a queda de até 20% na área plantada no Rio Grande do Sul, caindo dos 950 mil hectares para 720 mil. "A Emater fala em 8% de redução de área, mas acreditamos que será muito maior", reforça Jardim.

Os preços mínimos estabelecidos para a safra passada foram de R$ 31,80 para o trigo tipo pão e R$ 26,46 para o cereal tipo brando.

Outra demanda urgente pleiteada pelo setor se refere ao aumento da Tarifa Comum de Exportação (TEC), dos atuais 10% para 35%, como forma de taxar a entrada de trigo de outros países e melhorar a competitividade do produto nacional. "Com essa medida protegemos o produto nacional, que sofre também com a concorrência do dólar baixo, que estimula as importações." Jardim destacou ainda a necessidade de que sejam estabelecidos mecanismos de comercialização por parte do governo federal, como AGF e PEP, para garantir que as mais de 500 mil toneladas estocadas no Estado sejam escoadas e que o preço possa reagir. "Aguardamos também a definição do governo estadual sobre a redução do ICMS de 12% para 2% para que se possa exportar melhor para outros estados", disse o dirigente da Farsul. No total, o Estado colheu 2 milhões de toneladas na safra passada.

Na opinião do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que está intermediando os pleitos dos agricultores junto ao ministro Rossi, o mais urgente é a redução da TEC. "Precisamos chegar num entendimento como ocorreu com os arrozeiros, pois é a TEC que garante uma comercialização eficiente."

Para Heinze, a manutenção do preço é importante, mas não deve ser tomada como principal demanda. Para ele, a situação de desestímulo já se instalou, o que demonstra a urgência de que sejam encontradas formas de negociação mais efetivas. "Preço não garante nada, pois mesmo se fixado em R$ 31,00, tem produtor que vai vender a R$ 22,00. O que se precisa é proteger o trigo nacional", afirmou. O deputado acrescentou que em um cenário de câmbio baixo, fica quase impossível os triticultores competirem com países como a Rússia, Estados Unidos e Canadá, que dispõem de trigo subsidiado. "O dólar como está convida à importação", salientou.

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