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TRABALHO

- Publicada em 27 de Agosto de 2015 às 00:00

Desemprego na RMPA atinge 9,4% em julho


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
O desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) alcançou 9,4% em julho, maior taxa para o mês desde 2009, que havia ficado em 12%. Os números divulgados ontem, em Porto Alegre, aumentaram o nível de preocupação pela aproximação com o quadro do ano seguinte à última grande turbulência na área financeira global, em 2008. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) para a região cravou o quinto mês de elevação da taxa. Os cortes de vagas na indústria, comércio e serviços pesaram na deterioração do mercado de trabalho, destacaram os analistas da PED. Em um mês, o indicador aumentou 1,1 ponto percentual.
O desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) alcançou 9,4% em julho, maior taxa para o mês desde 2009, que havia ficado em 12%. Os números divulgados ontem, em Porto Alegre, aumentaram o nível de preocupação pela aproximação com o quadro do ano seguinte à última grande turbulência na área financeira global, em 2008. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) para a região cravou o quinto mês de elevação da taxa. Os cortes de vagas na indústria, comércio e serviços pesaram na deterioração do mercado de trabalho, destacaram os analistas da PED. Em um mês, o indicador aumentou 1,1 ponto percentual.
Desde fevereiro, a taxa subiu 3,7 pontos percentuais (saindo de 5,7% para 9,4%). Pelos dados, 179 mil pessoas estavam desempregadas em julho, 16 mil a mais que o mês anterior. A taxa mensal cresceu mais entre negros (22%, alcançando 13,6%), jovens de 16 a 24 anos (19,6%, ficando em 21,4%), e chefes de domicílio (22%, chegando a 6,7%). A ocupação recuou 1,4% em relação a junho, mesmo que em 12 meses ainda mantenha leve alta de 0,6%. Para os especialistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Dieese e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Fgtas), o nível ascendente da desocupação contraria o reaquecimento da atividade que costumava marcar outros anos de desocupação menor nos primeiros meses do ano.
"O segundo semestre seria marcado por encomendas para a indústria, preparando as festas de fim de ano", ilustra a economista do Dieese Virginia Donoso. Mas a ausência de melhora do ambiente frustrou expectativas dos técnicos. "O contexto é difícil. Os setores não sinalizam alteração de tendência para repor a ocupação", admite Virginia. A maior queda de postos foi de 4,5% no comércio, seguida por 3,4% dos setores da indústria de transformação e 0,6% em serviços. Construção civil registrou crescimento de 6,1%.
O setor privado caiu 2,1%, e o público, com menos 10 mil vagas, 4,7%. Assalariados com carteira assinada lideraram as perdas (menos 20 mil ou -2,1%). Até o contingente de autônomos foi mal, com menos 9 mil ocupados, -3,6%. O rendimento médio real caiu 0,2% para ocupados e 0,7% entre assalariados. Virginia citou que o emprego doméstico avançou 11,4%, sendo que o saldo de 7 mil dos 10 mil postos foi depostos com carteira. Parte desse aquecimento do ramo doméstico pode refletir a volta a esse mercado de trabalhadores que haviam migrado a outros ramos (atrás de maior remuneração). "É um emprego que está reaparecendo em um contexto mais precário", assinalou a coordenadora técnica do Sistema PED, Lúcia Garcia.
O descompasso entre o ritmo da ocupação e o da População Economicamente Ativa (PEA) agravou o cenário. Foram perdidos 24 mil postos, enquanto a PEA retraiu 8 mil integrantes - o grupo reúne ocupados e desocupados. O confronto com julho do ano passado mostra alta de 72,1% no estoque de desempregados na região (que somava 104 mil residentes sem trabalho ante 179 mil do mês passado). Na taxa, o avanço é de 64,9% - julho de 2014 ostentou 5,7%. O economista da FEE Raul Assumpção Bastos citou que o emprego público representa 11% da ocupação na RMPA. "A proporção é bem inferior ao das nações desenvolvidas, como Estados Unidos (16%) e França (22%)", compara Bastos.
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