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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 26 de Agosto de 2015 às 00:00

Exportações de calçados refletirão dólar


Jornal do Comércio
Em julho, as exportações de calçados registraram US$ 80 milhões, com o embarque de 9,5 milhões de pares. Apesar de o resultado ser, levemente, superior ao registro de junho (US$ 78,5 milhões), ainda ficou aquém do auferido no mesmo mês de 2014, US$ 86,36 milhões. A queda, frente a um ano ruim para as exportações, é preocupante.
Em julho, as exportações de calçados registraram US$ 80 milhões, com o embarque de 9,5 milhões de pares. Apesar de o resultado ser, levemente, superior ao registro de junho (US$ 78,5 milhões), ainda ficou aquém do auferido no mesmo mês de 2014, US$ 86,36 milhões. A queda, frente a um ano ruim para as exportações, é preocupante.
Para se ter uma ideia da perda nas exportações, no mês de julho de 2010, exportamos US$ 152 milhões, quase o dobro do registro deste ano. Passamos, em poucos anos, da condição de 4º maior exportador mundial para a 15ª posição. A perda da competitividade da indústria calçadista brasileira, ao longo dos anos, foi acentuada por uma carga tributária altíssima, pela burocracia, por uma legislação trabalhista arcaica, por problemas de infraestrutura, entre outros pontos de ordem interna. O dólar, certamente, sempre influenciou para bem ou para o mal neste ínterim, mas o certo é que teríamos resultados mais estáveis se tivéssemos condições adequadas para concorrer com os nossos competidores internacionais. Hoje, com uma situação prejudicada no mercado interno, que já registrou queda de 5% no volume de vendas de calçados no semestre, e um dólar valorizado, os olhos dos calçadistas se voltam novamente para o mercado além-fronteiras, apesar de todos os entraves já citados. A participação brasileira nas feiras internacionais também é um indicativo de que teremos uma recuperação ainda em 2015.
O registro de julho demonstra que a euforia do dólar valorizado ainda não refletiu positivamente nas exportações, já que os pedidos das coleções de primavera-verão, comercializadas no segundo semestre, só devem chegar aos destinos daqui três meses ou mais. O que está sendo registrado agora ainda é resultado de negociações anteriores à alta substancial da moeda norte-americana. A expectativa dos calçadistas é de recuperação nas exportações a partir do último trimestre, sendo o incremento mais substancial registrado somente a partir do próximo ano. Em 2015, devido à injeção de ânimo aplicada pela valorização cambial, devemos buscar o empate com as cifras de 2014, chegando a US$ 1 bilhão em embarques, ainda muito aquém do potencial da indústria nacional.
Presidente executivo da Abicalçados
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