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Gestão

- Publicada em 19 de Agosto de 2015 às 00:00

Formação de lideranças é debatida no CEO Fórum


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
Como e o que forma um líder foram algumas das perguntas feitas na tarde de ontem durante a reunião do CEO Fórum promovido pela unidade gaúcha da Câmara de Comércio Norte-Americana, a Amcham Porto Alegre, no Teatro do Bourbon Country. Conforme o autor e professor da Universidade de Michigan, especialista em temas como Recursos Humanos e liderança, Dave Ulrich, mais importante para um líder do que o QI (quociente de inteligência) é a capacidade e rapidez de aprendizado. Além disso, precisa escutar e criar valor para as outras pessoas.
Como e o que forma um líder foram algumas das perguntas feitas na tarde de ontem durante a reunião do CEO Fórum promovido pela unidade gaúcha da Câmara de Comércio Norte-Americana, a Amcham Porto Alegre, no Teatro do Bourbon Country. Conforme o autor e professor da Universidade de Michigan, especialista em temas como Recursos Humanos e liderança, Dave Ulrich, mais importante para um líder do que o QI (quociente de inteligência) é a capacidade e rapidez de aprendizado. Além disso, precisa escutar e criar valor para as outras pessoas.
Ulrich defende que, para construir uma liderança melhor, a pessoa deve pensar sobre si mesma de maneira diferente. O professor ressalta que o líder precisa ter as habilidades necessárias para fazer o que a sua posição demanda. Ele acrescenta que os líderes devem motivar seus funcionários, tornando-os mais eficientes, e reitera que os colaboradores copiam os seus comandantes. Uma direção saudável também é valorizada fora da organização, atingindo os clientes da empresa. "Os investidores observam a qualidade da liderança, pois querem diminuir seus riscos", argumenta.
Entre o que líderes precisam fazer e saber estão questões como estratégia, gestão de talentos, disciplina (execução), proficiência pessoal e foco no capital humano. Ulrich sustenta que metade do espírito de liderança é inerente e a outra metade das características pode ser apreendida. Ele indica ainda a necessidade de ser responsável e transparente.
Outro ponto relevante frisado pelo professor é que é preciso preparar uma sucessão da liderança. Ulrich salienta que o líder é um indivíduo e deve haver uma coletividade. O palestrante cita como exemplo o caso da Apple, que, em um primeiro momento, quando se tornou pública a doença do seu fundador Steve Jobs, verificou uma forte queda das suas ações, pois eram muito vinculadas ao empreendedor. No entanto, a companhia corrigiu o rumo e, quando Jobs faleceu, não teve o mesmo impacto no grupo.

Corrente do movimento de capitalismo consciente aponta ganhos para a sociedade

Outro participante do CEO Fórum foi o cofundador do Movimento Capitalismo Consciente e professor de Marketing na Universidade de Bentley, Raj Sisodia. O especialista enfatizou que, muitas vezes, é esquecido que os negócios devem ser um meio para melhorar a vida das pessoas. Sisodia lembra que, a partir do século XVIII, com a revolução industrial, a renda per capita da população começou a melhorar. O professor sustenta que, quando a sociedade prega a liberdade, a interação e a troca, desenvolve-se mais rapidamente do que quando "um burocrata", vinculado ao Estado, toma as decisões.
Sisodia afirma que o conceito de que o capitalismo deixa muitas pessoas pobres para tornar poucos ricos é equivocado. Ele reforça que a linha de quem vive na extrema pobreza no mundo (menos de US$ 1,25 por dia) vem caindo com os séculos e hoje está abaixo de 20%. O professor acredita que seja possível erradicar a extrema pobreza do planeta no espaço de uma geração. Sisodia acrescenta que é um mito pensar que o governo tira a população da pobreza, isso é ocasionado pelas empresas e pela geração de negócios. No entanto, o estudioso admite que o modelo de consumo vigente tem exaurido recursos naturais do planeta, impactando fauna e flora, e é preciso interromper esse processo.
Sisodia ressalta que o capitalismo consciente precisa ter uma liderança e cultura conscientes, integração e focar um propósito maior do que apenas o lucro ou metas a curto prazo. O professor citou ainda uma pesquisa que apontou que 27% dos trabalhadores no Brasil são engajados em seus ofícios. O desengajamento do restante, segundo ele, gera perdas na ordem de US$ 550 bilhões ao ano em produtividade. Apesar do número, o País está acima da média global, que ficou em apenas 13% de engajamento.
O encontro de ontem do CEO Fórum foi o primeiro realizado neste ano pela Amcham Porto Alegre, que escolheu a Bossa Nova Corporativa (defendendo a criatividade dentro do ambiente de negócios) como inspiração para as três reuniões do ciclo de palestras, vivências e reflexões. O evento teve a presença de cerca de 1,5 mil pessoas no Teatro do Bourbon Country, sem contar os que assistiram às palestras pela tela de uma sala de cinema ao lado. Os demais encontros que compõem o CEO Fórum 2015 acontecerão em 15 de outubro e 3 de dezembro.
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