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governo do estado

- Publicada em 31 de Julho de 2015 às 00:00

Após parcelamento de salários, servidores prometem paralisações na segunda-feira


Daniela Barcellos/Palácio Piratini/Divulgação/JC
Jornal do Comércio
Diversas categorias de servidores do Estado prometem parar as atividades e uma série de protestos a partir da próxima segunda-feira (3/8). Os atos foram convocados após o anúncio do parcelamento dos salários no Rio Grande do Sul, feito esta manhã pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes. 
Diversas categorias de servidores do Estado prometem parar as atividades e uma série de protestos a partir da próxima segunda-feira (3/8). Os atos foram convocados após o anúncio do parcelamento dos salários no Rio Grande do Sul, feito esta manhã pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes. 
As associações gaúchas de policiais militares e de bombeiros anunciaram que as tropas da Brigada Militar ficarão "aquarteladas" na próxima segunda, e serão atendidas apenas ocorrências de urgência. Já os professores e funcionários da rede estadual de educação paralisam as atividas na segunda. O sindicato da categoria, o Cpers, preparou uma agenda de mobilizações em cidades do interior.
Mais de 40 entidades de servidores públicos marcaram uma assembleia conjunta no dia 18 de agosto com perspectiva de greve.
A nota das entidades policiais recomenda que a população do Estado "não saia de suas casas" na segunda-feira, já que não haverá policiamento ostensivo nas ruas. "Os servidores da Brigada Militar e dos bombeiros se encontram psicologicamente atingidos e desestruturados juntamente com suas famílias e, assim, não tem condições de efetuarem o serviço de policiamento ostensivo", diz a nota.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado afirmou que "compreende a situação de todos os servidores da Segurança Pública", mas "possui plena confiança de que o efetivo manterá o atendimento à população".

À tarde, o governador gaúcho, José Ivo Sartori, divulgou um vídeo nas redes sociais em que afirma que esta "é uma notícia que ninguém gostaria de dar, mas não é uma questão de escolha ou de vontade". No vídeo, de pouco menos de dois minutos, Sartori afirma que fala em "crise global" e "desequilíbrio financeiro" e pede "união, compreensão e solidariedade". 

Segundo as contas do governo, os tributos estaduais tiveram uma queda de R$ 50 milhões em relação ao mês anterior. Além disso, os repasses federais também apresentaram comportamento negativo em R$ 24 milhões em relação a junho. A arrecadação do Estado ficou em R$ 2 bilhões em julho para uma folha de R$ 1,2 bilhão.

Além do anúncio do atraso, o governo também confirmou que enviará à Assembleia, na próxima sexta-feira, um pacote de projetos para a terceira fase do ajuste fiscal do Estado. O secretário Márcio Biolchi admitiu a possibilidade de que um dos projetos preveja aumento nas alíquotas de ICMS.

A última vez que o funcionalismo gaúcho havia enfrentado atraso de salários foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius (PSDB). Na época, foram pagos salários até R$ 2,4 mil - o que significava 90% das matrículas em dia. Os atrasos se mantiveram entre março e julho daquele ano. 

Pelas redes sociais, Tarso Genro critica decisão de Sartori 

Pelo Twitter, o ex-governador Tarso Genro (PT) criticou o atraso no salário dos servidores e ironizou Sartori dizendo que "o povo gaúcho não foi enganado". Segundo Tarso, o atual governador disse na campanha eleitoral que não sabia o que iria fazer para resolver a situação de desequilíbrio financeiro. "(Sartori) está cumprindo a sua promessa", escreveu. Além disso, o ex-governador disse que não é difícil sair de uma crise "ferrando os de baixo".
"Se não pagar e arrochar salários salvasse o Estado o Estado já estaria salvo e seria simples. Mas não é. É complexo e demorado. Digo de novo. Esta agenda, de jogar a crise nas costas dos servidores e reduzir as funções públicas foi a que evitamos durante os nossos quatro anos", finalizou.
Com informações da Folhapress e da Agência O Globo.
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