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INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

- Publicada em 30 de Julho de 2015 às 00:00

Gravataí espera ganhos com a ampliação da GM


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
Nada como uma notícia de investimento para quebrar a onda de ânimo em baixa. Essa foi a reação de integrantes da prefeitura e do sindicato de metalúrgicos de Gravataí, na Região Metropolitana, após o anúncio do novo plano de investimentos da General Motors no Brasil, que inclui o Complexo Industrial Automotivo (Ciag) local. Serão R$ 6,5 bilhões a mais até 2019, elevando a R$ 13 bilhões o aporte total da empresa no País. Será uma nova linha, com seis modelos, entre novos e versões atualizadas de alguns existentes.
Nada como uma notícia de investimento para quebrar a onda de ânimo em baixa. Essa foi a reação de integrantes da prefeitura e do sindicato de metalúrgicos de Gravataí, na Região Metropolitana, após o anúncio do novo plano de investimentos da General Motors no Brasil, que inclui o Complexo Industrial Automotivo (Ciag) local. Serão R$ 6,5 bilhões a mais até 2019, elevando a R$ 13 bilhões o aporte total da empresa no País. Será uma nova linha, com seis modelos, entre novos e versões atualizadas de alguns existentes.
A planta de Gravataí, que completou 15 anos no dia 20, de São Caetano do Sul (São Paulo) e a de motores em Joinville (Santa Catarina) entraram no pacote, que excluiu São José dos Campos (SP). A planta gaúcha responde por 60% dos carros fabricados pela marca no País e é uma das cinco mais produtivas e modernas da empresa no mundo.
A companhia não revelou onde serão feitos os produtos. O foco é abastecer mercados emergentes do Brasil, México, Índia e China. Na unidade de Gravataí, já se programa o ingresso de dois modelos na plataforma Ônix, considerada a mais exitosa das linhas atuais, e a aposentadoria do Celta, primeiro modelo do complexo. As informações não foram comentadas pela GM, mas apuradas com fontes ouvidas pelo Jornal do Comércio. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, disse que o anúncio confirmou boatos sobre investimentos. Ascari adiantou que a direção solicitará uma reunião com a empresa para saber mais detalhes do plano. "Se tem investimento forte assim, podemos buscar uma fatia maior para cá", planeja o sindicalista. A pasta de Desenvolvimento do Estado já teve conversa com a companhia, ao saber, há cerca de três meses, da possibilidade de ampliação.
"O fato dela (GM) anunciar esse aporte prova que o mercado não se exauriu. A empresa deve ter mais informação do que nós sobre as perspectivas futuras", comemora o secretário da Fazenda de Gravataí, Davi Keller. A crença local é de que há espaço no terreno onde fica o Ciag, às margens da Freeway, para erguer uma nova linha. "Com certeza, Gravataí é um player e está no jogo", avisa o secretário da Fazenda, que deve avaliar com a administração municipal como será a atitude para tentar trazer ao Estado o maior bolo da cifra prevista. "A fábrica aqui é uma das mais modernas no mundo e a mais produtiva no País, e temos aqui mão de obra qualificada", enumera Keller, admitindo que nenhuma informação ainda chegou aos gestores locais.
A conta das finanças já começa a ser feita. "Lembro que, em 2012, a produção de Celta e Prisma parou três meses para a entrada do Ônix, o que derrubou nosso valor adicionado fiscal", contabiliza o secretário. Hoje, a situação é mais dramática, sem modelo novo e com mercado em baixa. De janeiro a maio, o valor adicionado gerado nas vendas somou apenas R$ 1,8 bilhão, sendo apenas R$ 653 milhões do negócio com automóveis, que ficou em 37% do montante. Em 2014, o segmento alcançou R$ 4,1 bilhões, 60% dos R$ 7 bilhões de valor adicionado fiscal total da cidade. A GM comanda mais de 40% dessa receita a cada ano. Com maior volume de carros feito na Região Metropolitana, o município assegura multiplicação da renda no futuro.
No mercado de trabalho, Ascari espera que o plano da companhia norte-americana, que aposta em maior demanda por carros, ajude a superar a fase de vacas magras e pátio cheio. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam pouco mais de 8,2 mil vagas até maio deste ano no setor automotivo do município, menor estoque desde 2013, que chegou ao pico de 10,1 mil postos, mais elevado em 15 anos. Em 2014, quando o Ciag bateu recorde ao montar 315 mil automóveis, o estoque de vagas ficou em 8,7 mil. Maiores cortes de vagas, além da rotatividade, são amenizados por férias coletivas.
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