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cultura

- Publicada em 29 de Julho de 2015 às 00:00

Bienal do Mercosul vai expor 700 obras de artistas de 21 países


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Sob o lema geral Mensagens de uma nova América, a décima edição da Bienal do Mercosul, que ocorrerá de 8 de outubro a 22 de novembro em oito espaços expositivos de Porto Alegre, selecionou 700 obras de 402 artistas representantes de 21 países. A lista de trabalhos escolhidos foi apresentada nesta quarta-feira pela manhã, em coletiva de imprensa.

Sob o lema geral Mensagens de uma nova América, a décima edição da Bienal do Mercosul, que ocorrerá de 8 de outubro a 22 de novembro em oito espaços expositivos de Porto Alegre, selecionou 700 obras de 402 artistas representantes de 21 países. A lista de trabalhos escolhidos foi apresentada nesta quarta-feira pela manhã, em coletiva de imprensa.

Esta edição do evento pretende explorar o caráter museológico da produção continental, privilegiando peças de coleções privadas ou públicas de toda a América Latina. "Nosso objetivo foi evitar uma tendência internacional de exposições que se tornaram por demais excêntricas e que mais serviram para ser realizadas como plataformas experimentais destinadas a um público reduzido", justificou o curador-chefe da Bienal, Gaudêncio Fidelis.

Segundo Fielis, o grande desafio da equipe de seis curadores foi justamente mobilizar as centenas de entidades e colecionadores proprietárias das obras para viabilizar a cessão de suas peças de arte para a mostra. "Trata-se de um conjunto que surpreende e que dificilmente deixa seus locais de origem; muitas delas são emprestadas de uma enormidade de coleções públicas e privadas. Dependemos em grande escala da generosidade, das circunstâncias, de nossos desejos e da sorte para obter as autorizações. Fomos bem-sucedidos em 95% das metas", revelou.

A décima edição estará centrada em quatro eixos conceituais e sete mostras independentes, que abordam principalmente a precariedade, a dificuldade, a resistência e a generosidade criativa da produção artística do continente - desde a edição de 2007 que a mostra não mais se restringe aos países que fazem parte do bloco. Para tanto, foram selecionadas obras "canônicas e não canônicas" abrangendo um arco histórico do século XVIII até a produção contemporânea, incluindo peças arqueológicas.

O conceito pode ser confirmado pela lista de 400 artistas divulgada pelos curadores, que inclui desde Aleijadinho (1730-1814) até Márcia X (1959-2005), passando por Volpi (1896-1988), Diego Rivera (1886-1957), Nuno Ramos (1960), Antonio Berni (1905-1981) e Magdalena Jitrik (1966), entre outros. Esta edição da Bienal tem um orçamento de R$ 6,5 milhões, 50% menos do que a de 2013. 

A principal atração da Bienal será a montagem completa da instalação A logo for America (1987), do artista chileno Alfredo Jaar (1956), que foi originalmente concebida para a Times Square e que hoje faz parte do acervo do Guggenheim de Nova Iorque. Segundo o curador-chefe, a obra dificilmente deixa o museu e possivelmente não será mais montada no Brasil, em curto ou médio prazos. "Trata-se de um norte para indicar o caminho fortemente político desta edição, que sinaliza inclusive para o enunciado da Bienal", destacou Fidelis.

Em nove edições, a Bienal do Mercosul recebeu 5 milhões de visitantes em 65 exposições distintas. Além da mostra de 3.951 objetos de arte, a fundação que realiza a exposição deixou como legado 16 obras permanentes para Porto Alegre. O acesso às sete mostras é gratuito. Com informações da Agência O Globo.

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