Porto Alegre pede ajuda para o Centro de Convenções

No entendimento de representantes gaúchos do setor, Porto Alegre não consegue competir por eventos que atraiam acima de 9 mil pessoas devido a inexistência dessa estrutura. Na ocasião, Moraes também criticou o fato de o Brasil divulgar, em seus materiais promocionais, apenas destinos turísticos do Sudeste e do Nordeste. Na sua visão, é preciso apresentar a diversidade de opções do turismo brasileiro aos estrangeiros, o que valorizaria a região Sul. "O País é maior do que o Rio de Janeiro e Nordeste. Temos que regionalizar e segmentar esse mercado, pois temos produtos diferentes para vender no Rio Grande do Sul que não são ofertados", destaca Moraes.

De acordo com Manente, que prometeu levar a demanda relativa ao Centro de Convenções ao governo federal, o principal objetivo da Ctur, em curto prazo, é aprovar a Lei de Incentivo ao Turismo. Entre outras questões, o texto propõe a isenção de tributos para empresas que investirem em infraestrutura para o setor, a criação de zonas especiais e o aumento de recursos para o ministério em questão, que teve cortes de 73% em 2015. "Com toda a potencialidade do Brasil, recebemos apenas 6 milhões de visitantes por ano. Para se ter uma ideia, a República Dominicana recebe 8 milhões de pessoas", compara.

Outros pontos discutidos durante o painel foram a situação do aeroporto Salgado Filho e a revitalização do Cais Mauá. Conforme o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região, Henry Starosta Chmelnitsky, os estabelecimentos da Capital têm uma taxa de ocupação inferior aos 50%. Para melhorar nesse quesito, a cidade deveria se consolidar como porta de entrada do Mercosul, tirando vantagem competitiva da sua localização. Para isso, pontuou a necessidade de ampliar a pista do Salgado Filho em 900 metros, além de duplicar o terminal II.