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MERCADO FINANCEIRO

- Publicada em 25 de Julho de 2015 às 00:00

Ibovespa completa a sexta sessão seguida de queda


MAURICIO LIMA/AFP/JC
Jornal do Comércio
A Bovespa completou nesta sexta-feira (24), a sexta sessão consecutiva de perdas, ainda pressionada pela mudança, oficializada na última quarta-feira, da meta fiscal do governo para este e os próximos dois anos. O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,13%, aos 49.245,84 pontos, renovando o menor nível desde 16 de março deste ano, quando marcou 48.848,21 pontos. No mês, acumula perda de 7,22% e, no ano, queda de 1,52%.
A Bovespa completou nesta sexta-feira (24), a sexta sessão consecutiva de perdas, ainda pressionada pela mudança, oficializada na última quarta-feira, da meta fiscal do governo para este e os próximos dois anos. O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,13%, aos 49.245,84 pontos, renovando o menor nível desde 16 de março deste ano, quando marcou 48.848,21 pontos. No mês, acumula perda de 7,22% e, no ano, queda de 1,52%.
Na mínima do dia, a Bolsa marcou 48.624 pontos (-2,37%) e, na máxima, 49.831 pontos (+0,05%). Na semana, a Bovespa caiu 5,91%, o menor resultado semanal desde a queda de 7,67% registrada no período encerrado em 12 de dezembro passado. O giro financeiro totalizou R$ 6,758 bilhões.
Se na última sexta-feira o quadro de governabilidade da presidente Dilma Rousseff parecia deteriorado, nesta sexta-feira não pareceu muito diferente, considerando a dificuldade de se completar um forte ajuste fiscal. Desde quarta-feira, a pressão aumentou, após o governo reduzir a meta de superávit primário do País. A meta fiscal deste ano foi de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%; a de 2016, de 2,0% para 0,3%; e a de 2017, de 2,0% para 1,3%.
Para o mercado financeiro, aumentaram os riscos de que o País tenha sua classificação de risco rebaixada pelas principais agências de rating e possa, inclusive, perder o grau de investimento. No limite, sem o grau de investimento, muitos fundos internacionais, por questões estatutárias, não poderia investir em ações no Brasil.
Uma das preocupações é quanto à revisão que a Moody's está fazendo da nota brasileira - principalmente, se o outlook será neutro ou negativo. No segundo caso, o grau de investimento brasileiro poderia ser retirado no futuro.
Neste cenário, Nova York também não ajudou: o índice de ações Dow Jones cedeu 0,92%, aos 17.568,53 pontos, o S&P 500 teve baixa de 1,07%, aos 2.079,65 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,12%, aos 5.088,63 pontos.
No Brasil, Petrobras ON caiu 1,77% e a PN cedeu 1,28%%, em dia de reunião do Conselho de Administração. Vale ON recuou 3,06% e o papel PNA da mineradora teve baixa de 2,30%.
Taxa de juros  - As taxas dos contratos futuros de juros dispararam nesta sexta-feira, 24, após o diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, afirmar que as expectativas para a inflação em 2016 ainda estão acima da meta, em cerca de 90 pontos-base. Ele sinalizou ainda que, apesar de progressos recentes no combate à inflação, existem novos riscos para as projeção sobre o IPCA no ano que vem.
Na avaliação do mercado financeiro, estes novos riscos podem estar ligados às mudanças na meta fiscal, exigindo esforço maior do Banco Central para controlar a inflação - ou seja, uma Selic mais alta.
Na renda fixa, no fim da sessão regular de hoje, a taxa do contrato para setembro de 2015 ficou em 14,020%, ante 13,901% do ajuste de ontem. O DI para outubro deste ano marcou 14,150%, ante 13,979%, enquanto o vencimento para janeiro de 2016 ficou com taxa de 14,29%, ante 14,10%.
A taxa do DI para janeiro de 2017 fechou a sessão regular em 13,87%, ante 13,64% de ontem, enquanto o para 2021 marcou 13,02%, ante 13,00%. Considerando a curva, os investidores precificam agora mais de 80% de chances de, na semana que vem, o Banco Central elevar os juros em mais 0,50 ponto porcentual.
Dólar -  O dólar passou hoje pelo terceiro dia consecutivo de forte valorização ante o real. O dólar à vista de balcão oscilou durante todo o dia em alta e fechou cotado a R$ 3,3490, com ganhos de 1,76%. Este é o maior valor de fechamento em mais de 12 anos, desde 31 de março de 2003. Em três dias, a moeda acumulou avanço de 5,71%. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 3,3565, em alta de 1,76%.
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