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- Publicada em 23 de Julho de 2015 às 00:00

Itaú Unibanco reduz expectativa de alta da Selic para 0,25 pp


Jornal do Comércio
A combinação do processo contínuo de perda de força da economia brasileira, da revisão para baixo das expectativas de inflação a partir de 2016 e das sinalizações mais recentes dos diretores do Banco Central (BC) de maior conforto com a desinflação do ano que vem levou o Itaú Unibanco a reduzir de 0,50 para 0,25 ponto porcentual sua previsão de alta de juros na semana que vem. A informação consta de relatório assinado pelos economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, enviado aos clientes da instituição. O Copom se reúne nos próximos dias 28 e 29 para deliberar sobre o novo patamar de juro de referência da economia do País.

A combinação do processo contínuo de perda de força da economia brasileira, da revisão para baixo das expectativas de inflação a partir de 2016 e das sinalizações mais recentes dos diretores do Banco Central (BC) de maior conforto com a desinflação do ano que vem levou o Itaú Unibanco a reduzir de 0,50 para 0,25 ponto porcentual sua previsão de alta de juros na semana que vem. A informação consta de relatório assinado pelos economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, enviado aos clientes da instituição. O Copom se reúne nos próximos dias 28 e 29 para deliberar sobre o novo patamar de juro de referência da economia do País.

Depois da fala do diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, na segunda-feira em São Paulo declarando seu voto pela alta da Selic, só resta mesmo agora saber se a majoração da taxa será de 0,50 ou 0,25 ponto porcentual.
"Os dados recentes sugerem que a recessão continuará no segundo semestre e que o mercado de trabalho continua se enfraquecendo. Nosso índice de difusão, que mede o número de indicadores em alta, com base em um conjunto amplo de dados, deve terminar junho abaixo de 20%, o quinto mês consecutivo abaixo do nível consistente com crescimento zero, estimado em 47%", reforçam Goldfajn e Megale.
Eles lembram que no mercado de trabalho houve contração líquida de 111 mil empregos formais anotados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) em junho, levando a média móvel dessazonalizada de três meses para negativos 146 mil postos.
"Com a atividade mais fraca, as expectativas de inflação de 2016 em diante começaram a recuar, a despeito da inflação corrente pressionada. Segundo a pesquisa Focus do BC, a mediana das expectativas de mercado para o IPCA em 2016 recuou de 5,50% antes da última reunião do Copom em 3 de junho para 5,40% na medição mais recente", afirmaram os dois economistas do Itaú Unibanco. Eles lembram que no mesmo período, a mediana das expectativas de 2017 recuou de 4,90% para 4,60%.
"Em declarações recentes, membros do Copom têm sinalizado maior conforto com o processo de desinflação a partir de 2016. O diretor de assuntos internacionais Tony Volpon afirmou que 'há uma combinação de fatores que apontam para um forte processo de desinflação em 2016', e completou que 'o sucesso dessa abordagem já se reflete na progressiva ancoragem das expectativas de inflação, processo que, eu acredito, deve persistir'", escreveram Goldfajn e Megale no documento.
Portanto, de acordo com eles, diante dessa melhora do balanço de riscos de médio prazo para a inflação e da sinalização do Copom, o Departamento Econômico do banco espera agora uma alta final de 0,25 ponto na taxa Selic na semana que vem.
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